Começou bem a reapresentação de Sortilégio no SBT. Exibida por aqui pela primeira vez em 2014, a produção da Televisa – veiculada no México em 2009 e que conta com astros como Jacqueline Bracamontes e William Levy – registrou 5,7 de média, 10,7% de share e 7 pontos de pico. A Record, no mesmo horário, se manteve próxima, com 5,5 pontos para o Cidade Alerta.
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A expectativa é que a trama enfim levante os índices do primeiro horário das Novelas da Tarde, dedicado a reapresentações desde novembro de 2016, quando teve início a sexta exibição de A Usurpadora (5,2 pontos); seguiram-se Rubi (5,9) e No Limite da Paixão (que acumula, até o momento, 5,4). Apesar do desempenho satisfatório, as reapresentações estão longe de atingir índices de tramas inéditas, como Teresa (7,3), Mar de Amor (7,5), Coração Indomável (7,8 – já cotada para uma eventual reapresentação) e Abismo da Paixão (8,4).
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Para os apreciadores de reprises, o regresso de Sortilégio faz despertar aquela vontade de rever outros títulos. Listamos abaixo 10 tramas mexicanas, nunca reexibidas pelo SBT, que – “parafraseando” a Globo – vale a pena ver de novo.
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Não deve demorar muito para que o SBT aposte numa versão tupiniquim de Luz Clarita na sua vitoriosa faixa de remakes infantis – ontem (16), Carinha de Anjo e Chiquititas ocuparam a vice-liderança com, respectivamente, 11 e 7,4 de média. Nesta adaptação de Chispita (1982), a então estrela mirim Daniela Luján vivia Luz Clarita, a órfã que Mariano (César Évora) adota, para fazer companhia à sua filha irritadinha Mariela (Ximena Sariñana). O que o empresário não imagina é que a mãe desaparecida de Luz está próxima da menina: trata-se da desmemoriada Soledad (Verónica Merchant), a cozinheira do orfanato onde a pequena morava. A novelinha foi exibida por aqui nas férias da primeira versão de Chiquititas (1997).
Com Sigo Te Amando, as novelas mexicanas, que vinham se saindo muito bem à noite, ganharam prestígio também nas tardes do SBT. A produção – com direito a tema de abertura “brazuca” (‘Teu Beijo’, com Família Lima) – chegou ao fim com 9 pontos de média; ou seja, uma considerável fatia do público ligado na programação vespertina dos canais de TV aberta se comoveu com o drama de Luiza (Claudia Ramírez), obrigada a casar com Inácio (Sergio Goyri) para salvar a avó da falência e o irmão da cadeia, e apaixonada por Luís Angel (Luis José Santander), o médico encarregado de curar o inválido fazendeiro.
Esmeralda, produzida em 1997, foi a novela escolhida pelo SBT para substituir A Mentira, que manteve a confortável média de audiência atingida por O Privilégio de Amar e A Usurpadora, contra o quase inabalável Jornal Nacional, da Globo. Bem-sucedida em sua empreitada, com 14 pontos, Esmeralda não teve o mesmo destino das antecessoras, todas já reexibidas. Em 2004, o canal de Silvio Santos gravou sua versão do folhetim; exitosa em todos os sentidos, a trama já foi reapresentada em duas ocasiões, sempre com sucesso. Já a original mexicana, estrelada por Letícia Calderón e Fernando Colunga, permanece na gaveta.
Quase não há registros da exibição de Maria Isabel por aqui – a chamada acima é “fictícia”. A saga da índia (defendida por Adela Noriega), apaixonada pelo patrão (Fernando Carillo) e rejeitada pela filha de criação (Ximena Sariñana), antecedeu a das gêmeas Paulina e Paola (Gabriela Spanic), de A Usurpadora, no México. Já no Brasil, elevou a audiência de Sigo Te Amando, chegando ao último capítulo com 12 pontos, o mais alto índice da Tarde de Amor – e tendo vencido a Sessão da Tarde em dezembro, quando concorreu com uma até então imbatível Xuxa Meneghel, em Super Xuxa Contra o Baixo Astral.
Estrelada pelo casal Bibi Gaytán e Eduardo Capetillo, Camila narrava a trajetória de uma jovem (Bibi) abandonada pelo marido (Eduardo) em um povoado; tempos depois, ela decide ir buscá-lo na capital e o encontra casado com outra mulher (Adamari López). Substituta de Maria Isabel na Tarde de Amor, Camila enfrentou problemas com a Classificação Indicativa antes mesmo da estreia – o Ministério da Justiça a classificou como imprópria para menores de 12 anos – e saiu do ar com 11 pontos de média. Nos anos 80, o SBT exibiu (e reexibiu) o folhetim que inspirou esta produção, Viviana – Em Busca do Amor, estrelado por Lúcia Mendez.
Tal e qual No Limite da Paixão, A Alma Não Tem Cor não foi um fenômeno em audiência – média de 8 pontos. Mas possui uma trama interessante, bem defendida por astros de primeira grandeza das novelas mexicanas. Em foco, o casal Guadalupe (Laura Flores) e Lisandro (Arturo Peniche), assombrados pelo fantasma de uma traição que nunca ocorreu. Desconhecendo suas verdadeiras origens – a moça era filha da governanta Macaria (Célia Cruz) -, Guadalupe passa a rejeitar a filha, que nasce negra como a avó, enquanto Lisandro acredita ter sido vítima de uma mulher infiel. Os conflitos se acentuam com as intrigas de Ana Luísa (Lorena Rojas), prima da protagonista.
A recém-encerrada O Que A Vida Me Roubou nada mais era do que uma versão descontextualizada de Amor Real, produção de época que o SBT veiculou em 2004, em horário atípico (13h45). Uma tímida plateia (cerca de 8 pontos) acompanhou o complicado relacionamento de Matilde (Adela Noriega) e Manuel (Fernando Colunga), o escolhido de Augusta (Helena Rojo) para desposar sua filha. O problema é que a mocinha era apaixonada por Adolfo (Maurício Islas) – e sua mãe e seu irmão tratam de fazê-la acreditar que ele está morto, precipitando seu casamento com Manuel, alvo do interesse da criada Antônia (Chantal Andere). Até que, já enamorada pelo marido arranjado, Matilde se depara com o ex.
O SBT pretendia substituir Canavial de Paixões com uma versão de A Outra, folhetim exibido pela Televisa em 2002. Mesmo com a protagonista já escalada (Mel Lisboa), a produção acabou suspensa e o jeito foi providenciar a dublagem da trama original, que, lamentavelmente, não segurou os índices da faixa (8 pontos). Contudo, valeu a pena acompanhar as trajetórias das sósias Carlota, a boazinha, e Cordélia, a maquiavélica – defendidas por Yadhira Carrillo -, que enlouquecem o apaixonado Álvaro (Juan Soler). No terço final da narrativa, Carlota assume o posto da “outra”, enfrentando a hostilidade de Álvaro, que a acusa de cometer inúmeros crimes.
Em 2010, com As Tontas Não Vão ao Céu, o SBT retomou a exibição de mexicanas nas tardes de segunda-feira a sexta-feira. Jacqueline Bracamontes vivia Candy, a heroína que descobre, no dia de seu casamento, que o noivo Patrício (Valentino Lanus) está de caso com sua irmã Alice (Fabiola Campomanes). Anos depois, Candy ainda não conseguiu colocar a cabeça no lugar – até que o interesse por Santiago (Jaime Camil) e o emprego como articulista numa conceituada revista devolvem à ela a alegria de viver. Substituta da série Chuck, ‘As Tontas’ teve um início difícil, tendo marcado míseros 2 pontos. Em suas últimas semanas, chegou a 6!
Por fim, a venezuelana Kassandra, primeira trama inédita da Tarde de Amor – faixa que “antecedeu” as Novelas da Tarde. Exibido pela RCTV em 1992, este roteiro de Delia Fiallo (também autora dos argumentos de Esmeralda e Sigo Te Amando) desembarcou no Brasil em 2000, conquistando respeitáveis 8 pontos (mais do que o registrado pelo Programa Livre, que a antecedeu no horário). Em destaque, a trajetória da cigana Kassandra (Coraima Torres), envolvida pelos irmãos gêmeos Inácio e Luiz David (Osvaldo Ríos) – filhos de Hermínia (Nury Flores), a vilã que afastou a moça, ainda bebê, de seus pais biológicos.