Estava sofrendo muito: como foram os últimos meses de Cláudio Marzo

Considerado um dos maiores galãs da televisão brasileira, Cláudio Marzo brilhou em inúmeras novelas. Atualmente, ele pode ser visto como Rafael em Mulheres Apaixonadas (2003), trama que está sendo reapresentada no Vale a Pena Ver de Novo.

O ator Cláudio Marzo (Reprodução / Globo)

Cláudio Marzo nasceu em 26 de setembro de 1940, na capital paulista. Ele estreou na televisão em 1963, fazendo um pequeno papel em uma produção da TV Tupi.

O ator teve mais algumas participações em novelas da Globo, como Eu Compro Esta Mulher e O Sheik de Agadir, em 1966, A Rainha Louca, em 1967, A Grande Mentira e Sangue e Areia, em 1968, e A Última Valsa, em 1969.

Cláudio Marzo como Velho do Rio (Reprodução / Web)

Ele se consagrou nacionalmente como o protagonista de Véu de Noiva, contracenando ao lado de Regina Duarte, que acabara de ser contratada pela emissora.

Cláudio Marzo e Regina Duarte em Véu de Noiva

Em 1970, veio um sucesso maior ainda, quando ele viveu o jogador de futebol Duda em Irmãos Coragem, novela que bateu recordes de audiência em todo o Brasil.

Mais destaques

Cláudio Marzo com Susana Vieira em Minha Doce Namorada (Reprodução / Web)

Os destacados papéis continuaram em Minha Doce Namorada (1971), O Bofe (1972), Carinhoso (1973), O Espigão (1974), Senhora (1975) e Saramandaia (1976).

Após uma rápida passagem pela Tupi, em Roda de Fogo (1978), se fixou novamente na Globo, fazendo Olhai os Lírios do Campo (1980), Plumas e Paetês (1980), Brilhante (1981), Quem Ama Não Mata (1982), Pão Pão, Beijo Beijo (1983), Partido Alto (1984), Tenda dos Milagres (1985), Cambalacho (1986) e Bambolê (1987), exibida recentemente no canal Viva.

Pantanal e volta para a Globo

Claudio Marzo em Pantanal (Reprodução / Web)

Marzo aceitou convite da Manchete, onde viveu Noronha em Kananga do Japão (1989) e se destacou como José Leôncio e o Velho do Rio no grande sucesso Pantanal (1990).

Voltou para a Globo em 1993, participando de Fera Ferida. Depois, esteve em Irmãos Coragem (1995), Vira Lata (1996), A Indomada (1997), Era uma Vez (1998), quando interpretou Xistus, e o vilão de Andando nas Nuvens (1999).

Nos anos 2000, esteve em Aquarela do Brasil (2000), Coração de Estudante (2002), Mulheres Apaixonadas (2003), A Lua me Disse (2005) e Amazônia, de Galvez a Chico Mendes (2007). Sua última novela foi Desejo Proibido, em 2007; em 2008, fez uma participação em um episódio da série Guerra e Paz, seu derradeiro trabalho na televisão.

O ator também foi muito ativo no cinema, fazendo filmes entre 1967 e 2007, incluindo A Dama do Lotação, Se Segura, Malandro, Pra frente, Brasil, O Homem Nu e A Casa da Mãe Joana.

O que aconteceu com Cláudio Marzo, o Rafael de Mulheres Apaixonadas?

Cláudio Marzo

Nos últimos anos de vida, o ator conviveu com problemas de saúde. Ele foi internado, por exemplo, com pneumonia e, mais tarde, com hemorragia digestiva e diverticulite; em fevereiro de 2015, com problemas respiratórios.

Cláudio Marzo morreu na madrugada do dia 22 de março de 2015, aos 74 anos, após ficar internado por vários dias com um quadro infeccioso de pneumonia. Segundo o boletim médico, ele faleceu vítima de complicações de enfisema pulmonar – o ator fumava muito. O corpo foi cremado no Memorial do Carmo, no Rio de Janeiro (RJ).

Ex-mulher de Marzo, Betty Faria, em entrevista ao site Ego, falou sobre a morte do ex-companheiro, com quem mantinha boa relação.

“Nós estamos muito tristes, mas ele estava sofrendo”, comentou. Com ela, ele teve a também atriz Alexandra Marzo, nascida em 1968.

Além de Betty, Marzo foi casado com Denise Dumont, com quem teve Diogo, Xuxa Lopes, com quem gerou Bento, e com Miriam Mehler. Sua última esposa foi Neia Marzo – eles foram casados por 27 anos.

Ao portal R7, Eva Wilma também lamentou a morte do ator:

“Sinto muito porque ele era um grande parceiro. Tivemos uma parceria muito grande em A Indomada, em que ele interpretou o personagem Pedro Afonso. Fizemos muitas cenas divertidas, cenas de atrito, de confusão. Sempre nos divertimos bastante. Ele tinha o prazer lúdico do ator. Foi marcante. Era um amigo, um querido”, declarou.