Sessão de regressão e morte de Otávio movimentam semana de A Viagem

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A Viagem – Semana #18

Até que enfim a trama de A Viagem andou, hein! Eu não comentei nas reviews anteriores, mas já estava incomodado com a barriga das últimas semanas. Após uma sessão de regressão a vidas passadas, chegou um dos momentos clímax da novela: a morte de Otávio.

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Bem didáticas as cenas em que Alberto explica os passes (e dá passes em Otávio) e a sessão de regressão. No site Teledramaturgia, descrevo o momento em que Otávio descobriu que a sua última encarnação foi no século 18.

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Otávio era Lord Jordan, apaixonado por Diana (Diná), filha de um duque, prometida do Conde Alessandro (Alexandre). O duque, não aceitando esse casamento, enviou o rapaz para o oriente. No dia do casamento de Jordan e Diana, Alessandro retorna. Os dois pretendentes da moça se enfrentam em um duelo e Alessandro é morto. Diana, sentindo-se culpada pelo que aconteceu, afasta-se de Jordan e cai doente, vindo a falecer em seguida, chamando por Jordan.

Se não me engano, a novela cita ainda uma encarnação anterior, na Idade Média. Aguardemos.

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E nasce mais um meme: Alexandre na rodovia, com o olhar fixo. Muito usado para personagens insuportáveis de novelas: “Tá na hora de Fulano fazer a viagem!”

Exibir morte de personagem importante em novela é sempre muito complicado. Até para gravar. Os atores precisam fazer cara de sofrimento, muitos devem chorar e fazer cenas dramáticas. Nunca me esqueço do capítulo de Rainha da Sucata em que morre Betinho (Paulo Gracindo). Se não me engano foi exibido em um sábado. Foi o capítulo inteiro de choradeira.

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Em A Viagem, não poderia ser diferente. Vamos analisar os atores chorões? Denise Del Vecchio, a meu ver, foi uma das melhores. Aliás, grande atriz relegada a um papel tão limitado. Não que Glória não seja importante, mas está muito aquém do que Denise pode e do status que a atriz já desfrutava em 1994. Pobre Glória, que merecia uma trama de amor mais consistente do que o namoro insosso (e repentino, do nada!) com Kazuo.

Entretanto, a melhor cena – e uma das melhores da novela – foi a conversa (no final do capítulo de sábado) entre Diná e Alberto, na presença de Estela. Uma cena importante, emocionante, bem dirigida, bem escrita e, principalmente, bem interpretada por Claudio Cavalcanti e Christiane Torloni.

Aliás, acho que alguém me cobrou que nunca elogiei Torloni aqui. Realmente não lembro, mas este é momento! Sim, a atriz está ótima na personagem e essa cena foi sensacional.

Agora, me ajudem a entender. Por que Dona Maroca não podia ficar sabendo da morte de Otávio? Quero crer que é porque ela está na fazenda tomando conta de Guiomar, o que poderia afetar a sua doença. Não vejo muito sentido. Se Alexandre morreu e ela não foi poupada (nem poderia), por que poupá-la da notícia do falecimento de Otávio?

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Muito bonitas as primeiras imagens de Otávio no “céu”. Porém, acho que ainda não é o Nosso Lar, que, em minha lembrança, era um campo de golfe.

Já comentei antes e repito: a ausência de Laura Cardoso é muito danosa à novela. A trama de Raul e Andreza ficou truncada. Ainda bem que Thaís de Campos está se saindo muito bem, em um de seus melhores trabalhos. Pena que não se pode dizer o mesmo de Miguel Falabella, visivelmente pouco à vontade em seu personagem.

Agora… não tinha um ator mais convincente para fazer o novo par de Thaís de Campos? Química de um pé de alface entre ela e Jorge Pontual.

Eu ri na cena em que Dona Maroca flagra Andreza e Antônio aos beijos.

A morte de Otávio não só marca uma nova fase da novela, como também o novo penteado de Diná, com o cabelo maior, por cima das orelhas. A personagem assumiu, pela primeira vez, ao ir ao velório de seu amado.

SOBRE O AUTOR
Desde criança, Nilson Xavier é um fã de televisão: aos 10 anos já catalogava de forma sistemática tudo o que assistia, inclusive as novelas. Pesquisar elencos e curiosidades sobre esse universo tornou-se um hobby. Com a Internet, seus registros novelísticos migraram para a rede: no ano de 2000, lançou o site Teledramaturgia, cuja repercussão o levou a publicar, em 2007, o Almanaque da Telenovela Brasileira.

SOBRE A COLUNA
Um espaço para análise e reflexão sobre a produção dramatúrgica em nossa TV. Seja com a seriedade que o tema exige, ou com uma pitada de humor e deboche, o que também leva à reflexão.

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