Sem trabalho, promessa da Globo perdeu a vida após overdose
12/11/2022 às 17h45
De origem humilde, Antônio Firmino era natural de Belo Horizonte (MG) e inicialmente não pensava em ser ator. Ele começou a trabalhar aos 13 anos em uma agência dos Correios e chegou a ser jogador de basquete, mas acabou deixando o esporte de lado.
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Aos 18 anos, foi convidado para desfilar em um evento e acabou se descobrindo na profissão de modelo. Anos depois, resolveu estudar teatro e dança, se tornando ator ao participar de algumas peças no Rio de Janeiro.
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Seu primeiro trabalho na televisão foi na novela Pé na Jaca (2006), dando vida ao personagem Beto.
Papéis de destaque
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Mas foi em 2007 que ele teve o seu primeiro destaque. Ele deu vida ao mecânico Apolo, que fazia sucesso com as mulheres em Duas Caras, novela de Aguinaldo Silva. O ator se fixou no elenco da Globo e fez outros trabalhos, como nas séries Guerra & Paz (2008) e Toma Lá, Dá Cá (2009).
Firmino voltou ao horário nobre em 2009, na novela Viver a Vida, dando vida ao ex-namorado de Helena (Taís Araújo), protagonista da trama. Após esse trabalho, o artista esteve presente em Morde e Assopra (2011) e Sangue Bom (2013), sendo esse o seu último trabalho.
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Partida precoce
No dia 11 de novembro de 2013, Antônio Firmino morreu aos 34 anos, no banheiro de sua casa, no bairro de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. Na residência, foi encontrada cocaína e um cachimbo para crack. O corpo do artista tinha pó no nariz, que estava sangrando.
Ele chegou a ser socorrido por uma equipe médica, mas acabou não resistindo. A polícia investigou o caso e, na época, declarou que a casa estava revirada e que havia indícios de uma overdose.
“Ela disse que quando chegou em casa estava tudo revirado e que ele já tinha surtado outras vezes. A família queria levá-lo para ser internado em Minas Gerais, mas ele não foi”, informou a delegada Daniela Terra, citando a namorada do ator, Débora Melo, que estava grávida de seis meses – ele já tinha uma filha de outro relacionamento.
Já Núbia Alice, irmã de Firmino, negou, em entrevista ao R7, que o irmão era usuário de drogas.
“Há um ano meu irmão bebia, às vezes extrapolava, mas foi pro AA (Alcoólicos Anônimos). A gente é cristão, ele foi num encontro com Deus e viu que queria tomar cuidado para não se tornar alcoólatra. Ele estava triste com o fim da novela e tomava antidepressivos, mas não acredito. Não fazia sentido uma pessoa que parou de beber usar algo pior”.
A polícia acabou confirmando a suspeita de overdose após laudo cadavérico e toxicológico feito pelo IML (Instituto Médico Legal). A partida precoce de um jovem ator talentoso causou comoção entre amigos, colegas e familiares.