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Sem saudade: 10 novelas dos anos 80 que a Globo se arrependeu de ter feito

Roque Santeiro e Vale Tudo, dois dos maiores sucessos da história da Globo, são dos anos 1980.

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Mas a emissora também tem novelas dessa década para esquecer. É o que vamos mostrar na lista de hoje.

Confira:

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Olhai os Lírios do Campo

Cláudio Marzo e Nívea Maria em Olhai os Lírios do Campo

Única novela de Geraldo Vietri na Globo, foi exibida entre janeiro e maio de 1980 e estrelada por Nívea Maria e Cláudio Marzo.

Baseada no romance de Érico Veríssimo, a reconstituição de época foi caprichada, mas o resultado não foi o esperado pela emissora.

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Além da baixa audiência, houve uma briga entre o autor e o diretor Herval Rossano durante a novela.

Vietri acabou dispensado antes do fim e a trama foi encurtada em 12 capítulos.

As Três Marias

Maitê Proença, Glória Pires e Nádia Lippi em As Três Marias

Outra novela das seis que derrapou e não deixou saudade. Exibida entre novembro de 1980 e maio de 1981, foi estrelada por Nádia Lippi, Glória Pires e Maitê Proença.

Foi uma infeliz adaptação do romance de Rachel de Queiróz, que irritou a autora, tanto que ela chegou a pedir para que a novela fosse cancelada.

Com pouca repercussão e baixa audiência, o autor Wilson Rocha foi trocado por Walter Negrão durante a novela.

Curiosamente, a produção foi reprisada no Vale a Pena Ver de Novo no ano seguinte, mas acabou sendo totalmente picotada pela emissora.

O Amor é Nosso

Fábio Jr. em O Amor é Nosso

Considerada um dos maiores fiascos da história da Globo, O Amor é Nosso foi estrelada por Fábio Júnior e Míriam Rios e exibida ente abril e outubro de 1981.

A novela das sete tinha muitos personagens e uma trama que confundiu os telespectadores. O autor Walther Negrão assumiu a obra a partir do capítulo 80, mas restava pouco a ser feito.

Cogitou-se, inclusive, um acidente de ônibus que mataria boa parte dos personagens e recomeçaria a história do zero. Mas o ônibus da morte, como ficou conhecido, foi descartado.

O trauma da Globo foi tão grande que todas as fitas da novela foram apagadas.

Vale lembrar que, normalmente, entre seis e oito capítulos das produções eram guardados, mesmo daquelas que não fizeram sucesso, mas dessa não restou um sequer.

Brilhante

Dennis Carvalho e Fernanda Montenegro em Brilhante

Novela de Gilberto Braga exibida entre setembro de 1981 e março de 1982, Brilhante foi taxada de cansativa e teve muitos problemas nos bastidores.

O próprio autor disse que a novela foi um fracasso retumbante, com uma história impossível de se contar e que ainda sofreu nas mãos da censura. Já o diretor Daniel Filho classificou a obra como um desastre.

Homossexual, o personagem Inácio, vivido por Denis Carvalho, teve sua trama proibida de ser desenvolvida pela censura.

Além disso, Vera Físcher chocou ao aparecer com os cabelos curtos e mais escuros, o que foi rejeitado pelo público.

Para desviar o foco, a personagem passou a usar uma bandana colorida no pescoço, que se tornou febre entre as mulheres na época.

Terras do Sem Fim

Claudio Cavalcanti e Nívea Maria em Terras do Sem Fim

Assim como Olhai os Lírios do Campo, a Globo não teve sorte com essa novela das seis de Walter George Durst, que juntou três romances de Jorge Amado.

Exibida de novembro de 1981 a fevereiro de 1982, a trama, que era muito forte para o horário, teve apenas 90 capítulos, já que foi encurtada em dois meses pela Globo pela falta de audiência e repercussão, além de diversos problemas nos bastidores.

Voltei pra Você

Cristina Mullins em Voltei pra Você

Exibida entre outubro de 1983 e março de 1984, a novela foi uma espécie de continuação de Meu Pedacinho de Chão, primeira novela das seis da Globo, de 1971.

Seis personagens retornaram, mais velhos, e muitos outros foram citados. O que parecia ser uma boa ideia acabou se perdendo com o passar dos capítulos.

O autor Benedito Ruy Barbosa revelou que essa foi a novela que mais detestou fazer.

Ele ressaltou que escreveu uma obra para um elenco que não tinha escolhido, ambientada em um cenário que não era o dele e que tomou 75 litros de vodka para conseguir concluir a trama.

Champagne

Tony Ramos em Champagne

No ar entre outubro de 1983 e maio de 1984, Champagne teve uma repercussão bem menor do que se esperava.

Primeira das duas novelas de Cassiano Gabus Mendes na faixa das oito, a trama ficou marcada pela derrota histórica que a Globo sofreu da Manchete ao não exibir o Carnaval de 1984.

De acordo com os críticos, a história tinha muitos personagens e o autor acabou tropeçando no roteiro, que também foi prejudicado pelos cortes impostos pela censura.

Nem mesmo o grande mistério da novela, quem matou Zaíra, chamou a atenção do público, que queria saber mesmo qual das três mulheres casadas era a amante de Ronaldo.

Partido Alto

Divulgação / Globo

A novela não foi um fracasso, mas também não se tornou um grande sucesso. O grande problema dessa produção, exibida entre maio e novembro de 1984, foi uma imposição da Globo.

A emissora fez dois autores novatos, Glória Perez e Aguinaldo Silva, escreverem a trama a quatro mãos. Eles nem se conheciam e o arranjo não deu certo, já que cada um tinha seu estilo de escrever.

Aguinaldo pediu para sair e Glória tocou a história sozinha a partir do centésimo capítulo.

Além do desencontro entre os autores, a trama tinha muitos personagens, com excesso de tramas e mistérios, o que acabou confundindo o público.

De Quina Pra Lua

Isabela Garcia em De Quina pra Lua

Uma das novelas mais esquecidas da história da Globo, De Quina Pra Lua foi exibida entre outubro de 1985 e abril de 1986. Um dos protagonistas era o humorista Agildo Ribeiro.

O próprio autor, Alcides Nogueira, não gostou do resultado, classificando a novela como fraca.

Além disso, ele disse que foi muito perturbado por Benedito Ruy Barbosa, que fez a sinopse inicial e telefonava todo dia para reclamar da trama.

Os críticos taxaram a novela como decepcionante, com uma história inconsistente e mal conduzida, além de um elenco mal escalado e irregular.

Walther Negrão, sempre ele, foi escalado para auxiliar o autor a salvar a produção, mas já era tarde demais.

O Sexo dos Anjos

Bia Seidl em O Sexo dos Anjos

Ivani Ribeiro escreveu diversos sucessos para a Globo, mas detestou fazer O Sexo dos Anjos entre setembro de 1989 e março de 1990, na faixa das seis.

Era uma releitura de O Terceiro Pecado, que a autora fez na Excelsior em 1968.

A trama foi prejudicada quando a ação, que se passava nos anos 1920, foi trazida para a época em que foi produzida, perdendo seu encanto.

Ivani declarou que a novela não correspondeu à sua expectativa e deixou bem claro que não gostou do nome que a Globo escolheu para a produção.

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