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Sem saudade: 10 novelas dos anos 80 que a Globo se arrependeu de ter feito

15/02/2025 às 18h18

Por: Thell de Castro
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Roque Santeiro e Vale Tudo, dois dos maiores sucessos da história da Globo, são dos anos 1980.

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Mas a emissora também tem novelas dessa década para esquecer. É o que vamos mostrar na lista de hoje.

Confira:

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Olhai os Lírios do Campo

Cláudio Marzo e Nívea Maria em Olhai os Lírios do Campo
Cláudio Marzo e Nívea Maria em Olhai os Lírios do Campo

Única novela de Geraldo Vietri na Globo, foi exibida entre janeiro e maio de 1980 e estrelada por Nívea Maria e Cláudio Marzo.

Baseada no romance de Érico Veríssimo, a reconstituição de época foi caprichada, mas o resultado não foi o esperado pela emissora.

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Além da baixa audiência, houve uma briga entre o autor e o diretor Herval Rossano durante a novela.

Vietri acabou dispensado antes do fim e a trama foi encurtada em 12 capítulos.

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As Três Marias

Maitê Proença, Glória Pires e Nádia Lippi em As Três Marias
Maitê Proença, Glória Pires e Nádia Lippi em As Três Marias

Outra novela das seis que derrapou e não deixou saudade. Exibida entre novembro de 1980 e maio de 1981, foi estrelada por Nádia Lippi, Glória Pires e Maitê Proença.

Foi uma infeliz adaptação do romance de Rachel de Queiróz, que irritou a autora, tanto que ela chegou a pedir para que a novela fosse cancelada.

Com pouca repercussão e baixa audiência, o autor Wilson Rocha foi trocado por Walter Negrão durante a novela.

Curiosamente, a produção foi reprisada no Vale a Pena Ver de Novo no ano seguinte, mas acabou sendo totalmente picotada pela emissora.

O Amor é Nosso

Fábio Jr. em O Amor é Nosso
Fábio Jr. em O Amor é Nosso

Considerada um dos maiores fiascos da história da Globo, O Amor é Nosso foi estrelada por Fábio Júnior e Míriam Rios e exibida ente abril e outubro de 1981.

A novela das sete tinha muitos personagens e uma trama que confundiu os telespectadores. O autor Walther Negrão assumiu a obra a partir do capítulo 80, mas restava pouco a ser feito.

Cogitou-se, inclusive, um acidente de ônibus que mataria boa parte dos personagens e recomeçaria a história do zero. Mas o ônibus da morte, como ficou conhecido, foi descartado.

O trauma da Globo foi tão grande que todas as fitas da novela foram apagadas.

Vale lembrar que, normalmente, entre seis e oito capítulos das produções eram guardados, mesmo daquelas que não fizeram sucesso, mas dessa não restou um sequer.

Brilhante

Dennis Carvalho e Fernanda Montenegro em Brilhante
Dennis Carvalho e Fernanda Montenegro em Brilhante

Novela de Gilberto Braga exibida entre setembro de 1981 e março de 1982, Brilhante foi taxada de cansativa e teve muitos problemas nos bastidores.

O próprio autor disse que a novela foi um fracasso retumbante, com uma história impossível de se contar e que ainda sofreu nas mãos da censura. Já o diretor Daniel Filho classificou a obra como um desastre.

Homossexual, o personagem Inácio, vivido por Denis Carvalho, teve sua trama proibida de ser desenvolvida pela censura.

Além disso, Vera Físcher chocou ao aparecer com os cabelos curtos e mais escuros, o que foi rejeitado pelo público.

Para desviar o foco, a personagem passou a usar uma bandana colorida no pescoço, que se tornou febre entre as mulheres na época.

Terras do Sem Fim

Claudio Cavalcanti e Nívea Maria em Terras do Sem Fim
Claudio Cavalcanti e Nívea Maria em Terras do Sem Fim

Assim como Olhai os Lírios do Campo, a Globo não teve sorte com essa novela das seis de Walter George Durst, que juntou três romances de Jorge Amado.

Exibida de novembro de 1981 a fevereiro de 1982, a trama, que era muito forte para o horário, teve apenas 90 capítulos, já que foi encurtada em dois meses pela Globo pela falta de audiência e repercussão, além de diversos problemas nos bastidores.

Voltei pra Você

Cristina Mullins em Voltei pra Você
Cristina Mullins em Voltei pra Você

Exibida entre outubro de 1983 e março de 1984, a novela foi uma espécie de continuação de Meu Pedacinho de Chão, primeira novela das seis da Globo, de 1971.

Seis personagens retornaram, mais velhos, e muitos outros foram citados. O que parecia ser uma boa ideia acabou se perdendo com o passar dos capítulos.

O autor Benedito Ruy Barbosa revelou que essa foi a novela que mais detestou fazer.

Ele ressaltou que escreveu uma obra para um elenco que não tinha escolhido, ambientada em um cenário que não era o dele e que tomou 75 litros de vodka para conseguir concluir a trama.

Champagne

Tony Ramos em Champagne
Tony Ramos em Champagne

No ar entre outubro de 1983 e maio de 1984, Champagne teve uma repercussão bem menor do que se esperava.

Primeira das duas novelas de Cassiano Gabus Mendes na faixa das oito, a trama ficou marcada pela derrota histórica que a Globo sofreu da Manchete ao não exibir o Carnaval de 1984.

De acordo com os críticos, a história tinha muitos personagens e o autor acabou tropeçando no roteiro, que também foi prejudicado pelos cortes impostos pela censura.

Nem mesmo o grande mistério da novela, quem matou Zaíra, chamou a atenção do público, que queria saber mesmo qual das três mulheres casadas era a amante de Ronaldo.

Partido Alto

Partido Alto - Gloria Pires e Raul Cortez
Divulgação / Globo

A novela não foi um fracasso, mas também não se tornou um grande sucesso. O grande problema dessa produção, exibida entre maio e novembro de 1984, foi uma imposição da Globo.

A emissora fez dois autores novatos, Glória Perez e Aguinaldo Silva, escreverem a trama a quatro mãos. Eles nem se conheciam e o arranjo não deu certo, já que cada um tinha seu estilo de escrever.

Aguinaldo pediu para sair e Glória tocou a história sozinha a partir do centésimo capítulo.

Além do desencontro entre os autores, a trama tinha muitos personagens, com excesso de tramas e mistérios, o que acabou confundindo o público.

De Quina Pra Lua

Isabela Garcia em De Quina pra Lua
Isabela Garcia em De Quina pra Lua

Uma das novelas mais esquecidas da história da Globo, De Quina Pra Lua foi exibida entre outubro de 1985 e abril de 1986. Um dos protagonistas era o humorista Agildo Ribeiro.

O próprio autor, Alcides Nogueira, não gostou do resultado, classificando a novela como fraca.

Além disso, ele disse que foi muito perturbado por Benedito Ruy Barbosa, que fez a sinopse inicial e telefonava todo dia para reclamar da trama.

Os críticos taxaram a novela como decepcionante, com uma história inconsistente e mal conduzida, além de um elenco mal escalado e irregular.

Walther Negrão, sempre ele, foi escalado para auxiliar o autor a salvar a produção, mas já era tarde demais.

O Sexo dos Anjos

Bia Seidl em O Sexo dos Anjos
Bia Seidl em O Sexo dos Anjos

Ivani Ribeiro escreveu diversos sucessos para a Globo, mas detestou fazer O Sexo dos Anjos entre setembro de 1989 e março de 1990, na faixa das seis.

Era uma releitura de O Terceiro Pecado, que a autora fez na Excelsior em 1968.

A trama foi prejudicada quando a ação, que se passava nos anos 1920, foi trazida para a época em que foi produzida, perdendo seu encanto.

Ivani declarou que a novela não correspondeu à sua expectativa e deixou bem claro que não gostou do nome que a Globo escolheu para a produção.

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