Dá para imaginar que quase não tivemos Clara Moneke brilhando como a abusada Kate em Vai na Fé? Pois isso quase aconteceu. A atriz quase trocou a carreira artística por outra profissão.

Clara Moneke - Vai na Fé
Reprodução / Globo

Ela, que iniciou ainda criança na carreira de atriz, teve que lidar com as dificuldades da instabilidade do ofício. Por isso, chegou a pensar em desistir de tudo.

E ainda bem que ela não desistiu, afinal, sua personagem está sendo um dos maiores destaques da trama escrita por Rosane Svartman. Além disso, ela é constantemente ovacionada pelo público e pela crítica pelo seu potente talento, que a levará longe na televisão.

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Carreira por um fio

Vai na Fé - Clara Moneke
Manoella Mello / Globo

Mas, antes de ingressar no elenco de Vai na Fé, a atriz de 24 anos optou por buscar uma alternativa e prestou o vestibular para cursar Hotelaria e Turismo, no qual foi aprovada. Clara Moneke chegou a cursar alguns semestres do curso superior, até que encontrou uma oportunidade para retomar sua vocação.

“Sempre soube que teria que sustentar a minha arte para viver dela. Teria que ter uma segunda porta para seguir. Comecei a fazer teatro criança e tinha muita certeza do que desejava. Mas pensando em ter uma alternativa, fiz Enem para cursar Hotelaria e Turismo, sempre gostei de comunicação e do que envolvia essa área”, disse a atriz, em entrevista à jornalista Heloisa Tolipan.

Cada vez mais longe dos palcos, ela não tinha mais esperanças, mas tudo mudou quando ela atuava no setor de cultura de uma grande empresa de bebidas.

“Na faculdade, tive a oportunidade de trabalhar em uma empresa de energéticos famosa, foi lá que conheci o Marcelo D2. Eu lidava com o setor de cultura. Depois fui trabalhar em uma empresa de sandálias e o teatro foi ficando mais longe ainda. Minha mãe sempre me incentivou muito como atriz. Queria que eu voltasse para o meu caminho na arte e isso acabou acontecendo mesmo”, recordou.

Oportunidade decisiva

Clara Moneke e Bella Campos - Vai na Fé
Reprodução / Globo

Clara, então, conheceu o cantor Marcelo D2 em um dos seus trabalhos, que a convidou para participar da série Amar É Para Os Fortes, produção que ele assina, ao lado de Antonia Pellegrino, no Prime Video.

“Quando o D2 foi fazer o filme dele, me indicou para um papel. Me chamaram para um teste e até dei uma negativa de início, estava afastada da atuação. Às vezes nos privamos até do direito de sonhar, mas é importante não perder essa capacidade. Eu achava que, àquela altura, sonhar com a profissão estava fora da minha realidade. Não acreditei que pudesse acontecer. Mas acabei topando e fui passando nas etapas até ser aprovada. Saí do emprego e me sustentei na arte. Não podia negar um chamado desses. Desde então, não parei”, disse.

Falando em carreira, a intérprete de Kate está em alta no mercado. Ela revelou que também estará nos longas Nosso Sonho, que contará a história da dupla Claudinho & Buchecha e também em Eu Sou Maria, de Clara Linhart e com roteiro de Sônia Rodrigues.

Perda da mãe

Carla Cristina Cardoso e Clara Moneke - Vai na Fé
Divulgação / Globo

Nascida em São Paulo e criada no Rio de Janeiro, Clara Moneke é filha de um nigeriano com uma brasileira, que sempre apoiaram a sua vocação para os palcos. Mas, em meio a tudo isso, a atriz teve que lidar com a perda de Marilene Pereira Mariano, sua mãe, vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) aos 61 anos.

“Um dia passou mal, acabou internada durante uma semana e morreu por consequências do AVC. Eu fiquei muito triste, mas tive um luto muito consciente, se é que posso falar assim. Já tivemos quem passou por um AVC na família e depois ficou com sequelas sérias, muito doente. Meu avô, por exemplo. Viver é um aprendizado de aceitação disso. Sinto que de onde ela está, se sente feliz com o meu sucesso, com tudo o que está acontecendo”, comentou.

A artista tem sua mãe como referência e se considera uma mulher batalhadora. No passado, ela chegou a ser empregada doméstica, mas se formou enfermeira e atuava também como cuidadora de idosos.

“[A mãe era] bem reconhecida na sua profissão, mas é uma atividade muito cansativa. No passado foi também empregada doméstica, acho que sempre trabalhou muito e nunca olhou para sua própria saúde com muita atenção”, completou ela.

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