Sem esperanças, Kate de Vai na Fé quase seguiu outra carreira

04/04/2023 às 18h46

Por: Geovanne Solamini
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Dá para imaginar que quase não tivemos Clara Moneke brilhando como a abusada Kate em Vai na Fé? Pois isso quase aconteceu. A atriz quase trocou a carreira artística por outra profissão.

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Reprodução / Globo

Ela, que iniciou ainda criança na carreira de atriz, teve que lidar com as dificuldades da instabilidade do ofício. Por isso, chegou a pensar em desistir de tudo.

E ainda bem que ela não desistiu, afinal, sua personagem está sendo um dos maiores destaques da trama escrita por Rosane Svartman. Além disso, ela é constantemente ovacionada pelo público e pela crítica pelo seu potente talento, que a levará longe na televisão.

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Carreira por um fio

Vai na Fé - Clara Moneke

Manoella Mello / Globo

Mas, antes de ingressar no elenco de Vai na Fé, a atriz de 24 anos optou por buscar uma alternativa e prestou o vestibular para cursar Hotelaria e Turismo, no qual foi aprovada. Clara Moneke chegou a cursar alguns semestres do curso superior, até que encontrou uma oportunidade para retomar sua vocação.

“Sempre soube que teria que sustentar a minha arte para viver dela. Teria que ter uma segunda porta para seguir. Comecei a fazer teatro criança e tinha muita certeza do que desejava. Mas pensando em ter uma alternativa, fiz Enem para cursar Hotelaria e Turismo, sempre gostei de comunicação e do que envolvia essa área”, disse a atriz, em entrevista à jornalista Heloisa Tolipan.

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Cada vez mais longe dos palcos, ela não tinha mais esperanças, mas tudo mudou quando ela atuava no setor de cultura de uma grande empresa de bebidas.

“Na faculdade, tive a oportunidade de trabalhar em uma empresa de energéticos famosa, foi lá que conheci o Marcelo D2. Eu lidava com o setor de cultura. Depois fui trabalhar em uma empresa de sandálias e o teatro foi ficando mais longe ainda. Minha mãe sempre me incentivou muito como atriz. Queria que eu voltasse para o meu caminho na arte e isso acabou acontecendo mesmo”, recordou.

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Oportunidade decisiva

Clara Moneke e Bella Campos - Vai na Fé

Reprodução / Globo

Clara, então, conheceu o cantor Marcelo D2 em um dos seus trabalhos, que a convidou para participar da série Amar É Para Os Fortes, produção que ele assina, ao lado de Antonia Pellegrino, no Prime Video.

“Quando o D2 foi fazer o filme dele, me indicou para um papel. Me chamaram para um teste e até dei uma negativa de início, estava afastada da atuação. Às vezes nos privamos até do direito de sonhar, mas é importante não perder essa capacidade. Eu achava que, àquela altura, sonhar com a profissão estava fora da minha realidade. Não acreditei que pudesse acontecer. Mas acabei topando e fui passando nas etapas até ser aprovada. Saí do emprego e me sustentei na arte. Não podia negar um chamado desses. Desde então, não parei”, disse.

Falando em carreira, a intérprete de Kate está em alta no mercado. Ela revelou que também estará nos longas Nosso Sonho, que contará a história da dupla Claudinho & Buchecha e também em Eu Sou Maria, de Clara Linhart e com roteiro de Sônia Rodrigues.

Perda da mãe

Carla Cristina Cardoso e Clara Moneke - Vai na Fé

Divulgação / Globo

Nascida em São Paulo e criada no Rio de Janeiro, Clara Moneke é filha de um nigeriano com uma brasileira, que sempre apoiaram a sua vocação para os palcos. Mas, em meio a tudo isso, a atriz teve que lidar com a perda de Marilene Pereira Mariano, sua mãe, vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) aos 61 anos.

“Um dia passou mal, acabou internada durante uma semana e morreu por consequências do AVC. Eu fiquei muito triste, mas tive um luto muito consciente, se é que posso falar assim. Já tivemos quem passou por um AVC na família e depois ficou com sequelas sérias, muito doente. Meu avô, por exemplo. Viver é um aprendizado de aceitação disso. Sinto que de onde ela está, se sente feliz com o meu sucesso, com tudo o que está acontecendo”, comentou.

A artista tem sua mãe como referência e se considera uma mulher batalhadora. No passado, ela chegou a ser empregada doméstica, mas se formou enfermeira e atuava também como cuidadora de idosos.

“[A mãe era] bem reconhecida na sua profissão, mas é uma atividade muito cansativa. No passado foi também empregada doméstica, acho que sempre trabalhou muito e nunca olhou para sua própria saúde com muita atenção”, completou ela.

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