Seis pessoas no velório: galã de novelas se foi pobre e esquecido

Francisco Di Franco

Em 5 de novembro de 1984, estreava no SBT a novela Jerônimo, remake de trama homônima exibida pela TV Tupi nos anos 1970. As duas produções foram estreladas pelo mesmo ator.

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Francisco di Franco nasceu em 7 de maio de 1938, em São Paulo (SP). Filho de um açougueiro, ele chegou a ser esportista, participando de campeonatos de ciclismo, e tempos depois foi trabalhar como mecânico de automóveis.

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Foi neste emprego que ele conheceu o cineasta Amâncio Mazzaropi, que o convidou para fazer um teste para um de seus filmes. Dessa forma, Francisco estreou na carreira artística no filme Jeca Tatu  (1959).

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O artista ainda atuaria em mais três produções do diretor: As Aventuras de Pedro Malasartes (1960), Tristeza do Jeca (1961) e O Lamparina (1964), sendo creditado também como Francisco de Souza. Fez uma longa e bem-sucedida carreira no cinema, chegando a atuar em mais de 40 produções cinematográficas.

Ele chegou a ser convidado pelo diretor italiano Sergio Leone para fazer um filme na Itália, com o consagrado ator Anthony Quinn, mas as negociações não foram adiante.

Trabalhos na televisão

Di Franco também foi garoto-propaganda de diversas campanhas publicitárias para a TV no Brasil e no exterior e, além disso, foi eleito o homem mais bonito do Brasil em 1972.

Sua estreia na televisão foi na novela Bandeira 2 (1971), na Globo, mas o maior sucesso da sua carreira no veículo foi quando ele protagonizou Jerônimo, o Herói do Sertão, novela produzida em 1972 pela Tupi.

O folhetim, escrito por Moysés Weltman, era baseado na radionovela de mesmo nome apresentada pela Rádio Nacional na década de 1950, na voz de Milton Rangel.

Ainda na Tupi, ele atuou em Ovelha Negra e na primeira versão de A Viagem, ambas transmitidas em 1975. Retornou à Globo no ano de 1978, onde atuou no programa Caso Especial.

Seu último trabalho em novelas foi na nova versão de Jerônimo, apresentada pelo SBT em 1984. Contudo, o remake não teve a mesma repercussão.

Afastamento da mídia e morte

Francisco ainda se destacou como apresentador do Programa Sertanejo, na Rádio São Paulo, e nos programas Novos Talentos (1984), e Musicamp (1987), ambos exibidos pelo SBT.

Afastado da mídia desde o final dos anos 1980, Francisco di Franco viveu seus últimos anos de vida em São Bernardo do Campo (SP), trabalhando como servidor na prefeitura local. Diferente dos áureos tempos em que era bastante disputado pela mídia, o ator acabou sendo esquecido pelos seus fãs, morrendo pobre e doente.

Francisco morreu em 10 de abril de 2001, na capital paulista, aos 62 anos de idade, vítima de um câncer no pulmão.

Em seu velório, apenas seis pessoas compareceram para se despedir do ator, que foi casado duas vezes e teve um casal de filhos, um de cada união.

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