Segundo episódio do MasterChef teve Mastersexy, playboy do pagode e muita tensão; Adriana roubou a cena
15/03/2017 às 13h30
O segundo episódio da quarta temporada do MasterChef foi exibido nesta terça (14) pela Band e manteve a pegada do primeiro. Muitos candidatos aprovados, alguns passando vergonha e os jurados pegando firme nas avaliações.
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Como no episódio de estreia, quando a dramática histórica de Roberta comoveu a todos, surgiu, desta vez, uma nova personagem, forte candidata a roubar a cena: a consultora financeira Adriana, de Curitiba (PR).
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Animada, simpática e sem papas na língua, ela foi logo falando que seu sonho era ter um programa onde as dicas culinárias seriam dadas de forma sensual. Os jurados acharam engraçado e Jacquin e Fogaça acabaram ganhando elogios da candidata. “Faria uma comida especial pra você, um piroquete”, disse ao francês, que rebateu afirmando que o reality passaria a se chamar Mastersexy.
Adriana passou na peneira e emocionou Paola e Fogaça – Jacquin não ficou muito tocado. Os dois filhos e a mãe da candidata foram chamados ao recinto. Paola chamou a mãe e, baixinho no ouvido, pediu para ela entregar um avental para a filha. A festa estava completa.
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No entanto, Adriana, para tristeza de muitos telespectadores, inclusive esse que vos escreve, foi eliminada na etapa seguinte, quando começaram os inéditos duelos entre os candidatos para as 20 vagas na cozinha mais famosa do Brasil.
Uma pena. Adriana daria um toque de humor e personalidade ao programa. Em pouco tempo, conseguiu virar hit na internet entre quem via o programa. Mas o MasterChef não vive somente de carisma, vive da atuação dos cozinheiros. Quem sabe ela volta no ano que vem.
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Outro candidato que chamou atenção foi o “playboy do pagode”, como Vitor foi apelidado por Fogaça. Ele tem um grupo que toca pagode, sertanejo e funk – todos os amigos o acompanharam até a seleção. Fizeram uma batucada antes e depois da atuação do integrante, com destaque para a música “Jeitinho Cafajeste”.
O embate entre Fogaça e Vitor foi interessante. Quando o candidato disse que tipo de música tocava, o chef fez o sinal da cruz. E depois veio o apelido engraçado.
Vitor se enrolou um pouco no purê, que ficou com aspecto ruim – “parecia cimento”, disse Jacquin, mas fez um medalhão de porco com maestria. Passou, mas ouviu um recado de Paolla. “Aqui o jeitinho cafajeste não vai servir pra você”, disse a chef, emendando que ele precisaria ter seriedade na cozinha. Mas é provável que, se o candidato avançar, vai garantir bons momentos.
Também chamou atenção no programa de ontem a determinação do jovem publicitário Leonardo, de Ribeirão Preto (SP). Ele conquistou os jurados, especialmente Paola, com seus movimentos e trejeitos durante o preparo da receita. Fez um arriscado aligot, prato francês que é uma das especialidades de Fogaça. Suando em bicas na hora da votação, passou.
Mais tarde, Leonardo garantiu sua vaga na cozinha. Do quarteto entre Leonardo, Douglas, Paulo e Michel, os dois primeiros foram os vencedores.
Michele me lembrou um pouco o jeito de Sabrina, participante da edição anterior. Ela fez um bom petit gâteau e foi aprovada. Jacquin disse que o prato não era nada demais e foi repreendido, com humor, por Paola. “Ela fez um petit gâteau, não um frango assado”, disse a chef. Em seguida, no primeiro duelo da segunda fase, ela venceu o italiano Leonardo e garantiu sua vaga.
Já o paraguaio Abel quase pagou pela língua afiada. Quando Paola perguntou porque ele falava tão bem o português, respondeu, rispidamente: “não pode?”. O clima ficou tenso e depois Paola se desculpou, dizendo que nem ela ainda falava português direito. Mas a atitude arrogante do candidato chamou a atenção de Ana Paula Padrão, que lhe deu um aviso: “o peixe morre pela boca. Cuidado com a língua”.
O momento descontraído da noite ficou por conta da escritora Vanessa, que tem um blog onde conta suas receitas no formato de histórias bíblicas. Ela, que disse ser apaixonada por Fogaça, fez alguns sanduíches de frango e atum e, evidentemente, não passou. Mas conseguiu contar uma de suas histórias para os chefs – a edição, bem-humorada, acelerou o longo momento.
Outro momento engraçado foi quando o candidato Vitor Vieira disse que ia fazer vieiras em homenagem ao seu sobrenome – ele foi aprovado. Jacquin disparou: “se vier alguém chamado bucho, vamos comer buchada” – risos de todos.
Gosto muito do Masterchef. O único ponto negativo do programa continua sendo a longa duração – não seria melhor quebrar o episódio em dois durante a semana? Como jornalista, gosto e preciso trabalhar de madrugada, mas tem muita gente que levanta cedo, gostaria de ver o programa e não consegue. A atração terminou quase 1 da manhã.
No geral, vai muito bem a quarta temporada do Masterchef. Ao contrário de outros realities, o formato, com esses jurados, ainda tem bastante lenha para queimar.