O público está revivendo as emoções de Bambolê (1987), no Viva. Escrita por Daniel Más, a novela conta a história de amor entre Marta (Suzana Vieira) e Álvaro Galhardo (Cláudio Marxi), tendo como pano de fundo o Rio de Janeiro dos anos 1950.
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Nessa novela, um ator fez seu único papel na dramaturgia e faleceu jovem, sem realizar o seu grande sonho. Estamos falando de Guido Brunini (foto acima).
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O início da carreira
Guido Brunini nasceu em Piuma, cidade do Espírito Santo. Desde pequeno, sempre teve uma grande paixão pela música, acompanhando as músicas de Vicente Celestino e Dalva de Oliveira. Quando se tornou jovem, partiu para o Rio de Janeiro em busca de um trabalho na cena musical dos anos 1980, mas se encontrou no teatro.
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Ele fez parte do grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone, que revelou nomes como Regina Casé, Luiz Fernando Guimarães, Evandro Mesquita, entre outros. A partir disso, Guido passou a fazer vários espetáculos com o grupo Brasil afora e, como ator, começou a ganhar destaque. Foi na novela Bambolê (foto acima) que ele fez sua estreia na televisão.
O primeiro e único trabalho na TV
Na trama, ele deu vida a Julio (foto acima), um jovem que curtia violão e boa música, que namorava Mara (Carla Daniel) e era amigo das meninas Galhardo – Ana (Myrian Rios), Yolanda (Thaís de Campos) e Cristina (Carla Marins). O ator desempenhou muito bem o papel, mas esse foi o único trabalho que realizou na TV.
Foi nessa época que Guido, com apenas 24 anos, descobriu que era soropositivo. Diferente de hoje, a AIDS era uma doença desconhecida e não havia um tratamento eficiente. O ator resolveu botar o pé na estrada e viajar por diversos países, levando o seu talento musical para ganhar a vida na Europa. Mas a “EuroTrip” não deu certo e ele voltou para o Brasil a fim de realizar o seu grande sonho: gravar um CD.
Na luta pelo sonho
O artista fechou um contrato com a gravadora Polygram e fez inúmeros shows pelo Brasil no ano de 1992. Ele chegou a lançar um compacto simples, disco de vinil com duas músicas.
Guido teve duas canções presentes novelas da Globo – Frágil, em Sonho Meu (1993), e Imagens, em Pátria Minha (1994). Nesse período, ele já estava no estúdio preparando o seu CD, mas escondeu da gravadora a sua doença, para que não perdesse a chance que estava vivendo. Ele chegou a fazer shows e ir direto para o hospital.
Guido Brunini faleceu no dia 20 de fevereiro de 1995, aos 28 anos. O CD, que teria o nome do cantor, estava pronto, mas nunca foi lançado pela Polygram e o seu sonho não chegou a ser realizado.
Em homenagem ao artista, sua cidade natal, Piuma, batizou com seu nome uma importante avenida. Hoje, o público pode reviver o único trabalho do ator na reprise do Viva.