Se despediu: estrela da Globo cansou de lutar contra câncer terminal

Cabocla

Pioneiro da televisão brasileira e estrela de diversas novelas da Globo, o ator Gilberto Martinho (na foto abaixo, com Arlete Salles) nasceu em Araranguá, interior de Santa Catarina, mas se mudou jovem para o Rio de Janeiro, onde começou a estudar arte dramática no Teatro do Estudante. Contudo, apesar das glórias na carreira, o ator teve um final bastante sofrido.

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Esteve na inauguração da TV Tupi, em 1950, onde participou de teleteatros. Mas o sucesso veio por meio de um personagem infantil, o Falcão Negro, herói brasileiro que protagonizou uma série de mesmo nome, na TV Tupi do Rio de Janeiro. A produção ficou no ar entre 1957 e 1963.

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Ao final da série, Gilberto Martinho estreou em novelas em Alma Cigana, produção da TV Tupi de 1964. Na trama protagonizada por Ana Rosa, que vivia a Irmã Estela (que se transformava na cigana Esmeralda), o ator era Barrabás.

Coronel da teledramaturgia

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Sua estreia na Globo aconteceu em 1967, quando Gilberto Martinho integrou o elenco de Anastácia, a Mulher sem Destino. Na emissora, o ator fez vários personagens em novelas, mas ficou conhecido mesmo como “coronel da teledramaturgia”.

O primeiro deles foi Pedro Barros, em Irmãos Coragem (1970), pai da mocinha vivida por Gloria Menezes. Gilberto também foi coronel em O Tempo e o Vento (1985), produção na qual encarnou o personagem Ricardo Amaral.

Em sua trajetória, Gilberto Martinho esteve em novelas históricas, como Selva de Pedra (1972), Escrava Isaura (1976), Chega Mais (1980) e Baila Comigo (1981). Ele fez mais de 40 peças de teledramaturgia, seis filmes e várias peças teatrais.

Em 1985, trabalhou em seu último folhetim, Roda de Fogo, quando interpretou o aposentado Gilson. O ator ainda foi visto na Globo na década de 1990, em participações no Você Decide.

 

Doença e morte

Gilberto Martinho faleceu aos 74 anos, em 19 de agosto de 2001, após ficar três semanas internado no hospital Copa D’Or, no Rio de Janeiro, em razão de um câncer no pulmão.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o ator, por conta do sofrimento causado pelas complicações do enfisema, estava sedado havia duas semanas, a pedido dele mesmo.

De acordo com a publicação, Martinho despediu-se da família, preparou um testamento e pediu para ser sedado. O enterro aconteceu na Barra de São João, Região dos Lagos. O ator foi sepultado com roupas brancas e sem sapatos, conforme seu desejo.

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