Saudade: 5 lojas queridinhas dos brasileiros que sumiram do mapa

14/08/2024 às 16h17

Por: Thais Milena
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Lojas Mappin e Jumbo

No início de 2023, o Brasil foi surpreendido com uma crise gravíssima na gigante Americanas, que divulgou estar com um rombo bilionário em seus balanços e pediu recuperação judicial.

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Lojas Mappin e Jumbo

Mas a Americanas não foi a única grande varejista a passar por isso.

É só a gente se lembrar das megalojas brasileiras, amadas e lembradas pelo público até hoje, que bombaram na década de 1980 e acabaram quebrando anos depois, especialmente nos anos 1990 e no começo dos anos 2000.

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Relembre cinco delas:

Mappin

Mappin

Mappin

O Mappin chegou ao Brasil em 1913 e ficava na região da Sé, em São Paulo. Loja de artigos de luxo, recebia membros da elite e cresceu rapidamente.

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Após a crise de 1929, a rede precisou se adaptar à nova realidade econômica do país e foi quando aderiu a um modelo mais acessível, voltado a classes mais baixas.

Nos anos 1980, chegou ao seu auge e foi muito bem até a década de 1990, quando comprou a Sears, outra importante rede da época.

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No entanto, o crescimento foi acima do esperado e levou a um descontrole contábil interno e a um prejuízo de quase 20 milhões de reais.

Em 1996, a empresa foi adquirida pelo empresário Ricardo Mansur, que viria a comprar, no ano seguinte, também a Mesbla.

O executivo trabalhou para transformar o modelo de negócio da empresa em franquia, porém ele não obteve o sucesso esperado e a empresa declarou falência em 1999.

Em 2010, a Rede Marabraz comprou, por 5 milhões de reais, os direitos para usar a marca Mappin e lançou um e-commerce, que funciona até hoje. A plataforma vende produtos de cama, mesa e banho, utilidades domésticas, móveis e decoração.

Mesbla

Mesbla

Mesbla

A Mesbla chegou ao Brasil em 1912 e transformou-se num ícone da cidade de São Paulo. Como loja de departamentos, vendia desde móveis e eletrodomésticos até roupas e perucas.

A marca reinou soberana por oito décadas e em seu auge, na década de 1980, chegou a ter 180 lojas e mais de 28 mil funcionários em todo território nacional.

Mas a rede começou a perder força com o aumento no número de shopping centers e com o surgimento de empresas especializadas em um setor, como tecnologia ou móveis, por exemplo.

Além disso, para lidar com a hiperinflação da década de 1990, a empresa estocava mercadorias em excesso. Quando foi lançado o Plano Real, a inflação foi estancada e trouxe prejuízos irreparáveis para a companhia.

Assim como o Mappin, a Mesbla chegou a ser comprada por Ricardo Mansur, mas decretou falência em 1999. Em 2022, a marca voltou ao mercado, desta vez restrita ao e-commerce.

Ultralar

Ultralar

Ultralar

Uma das pioneiras do modelo de magazines, foi fundada em 1956. Braço da Ultragás, que vende botijões de gás de cozinha, nasceu com o objetivo de incentivar a venda dos fogões a gás, que eram novidade na época.

O negócio deu muito certo e a rede cresceu. No começo dos anos 1990, o Grupo Ultra buscou uma reestruturação dos negócios e passou para uma política de desinvestimento e vendeu as lojas que não eram ligadas ao seu negócio principal (distribuição de gás e petroquímica).

No final da década de 1990, a empresa começou a enfrentar a concorrência de lojas especializadas e não conseguiu se modernizar, encerrando suas atividades no começo dos anos 2000. Seus pontos de venda foram comprados pelas Casas Bahia.

Arapuã

Arapuã

Arapuã

Fundada em 1957, a empresa foi uma das maiores varejistas do Brasil e chegou a ter 220 lojas em todo o território nacional. Com o slogan “ligadona em você”, especializou-se na venda de produtos eletroeletrônicos e viu sua operação crescer e ganhar notoriedade ao longo dos anos.

A rede, no entanto, foi mais uma vítima da década de 1990, quando o governo aumentou a taxa de juros, o que levou ao aumento da inadimplência e acarretou o endividamento da companhia.

Com R$ 1 bilhão em dívidas em 2002, fechou lojas e fez demissões em massa. A empresa pediu concordata, mas, como não pagou parte dos credores, acabou decretando falência no mesmo ano.

Em 2009, entrou com um pedido de recuperação judicial, que foi negado em 2020 pela 4ª turma do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), e teve sua falência novamente decretada.

Jumbo Eletro

Jumbo Eletro

Jumbo Eletro

Em 1976, o Grupo Pão de Açúcar comprou a Eletroradiobraz, uma das maiores empresas do varejo na época que também resolveu apostar no ramo de supermercados.

Após a aquisição, os supermercados da companhia passaram a ser conhecidos como Pão de Açúcar e os hipermercados, como Jumbo Eletro.

Alguns anos depois, a companhia resolveu mudar o nome da empresa, e a Jumbo Eletro virou Extra.

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