Vivida por Camila Morgado no remake de Renascer, a personagem Dona Patroa passou por poucas e boas com o marido nas duas versões da novela das nove global.

Eliane Giardini em Renascer
Eliane Giardini em Renascer

Safado incorrigível, Egídio (Vladmir Brichta) está sempre às escondidas com outras mulheres, deixando a mãe de Sandra (Giullia Buscacio) irritada e desconfiada, além de sofrer bastante.

Na original de 1993, escrita por Benedito Ruy Barbosa, a personagem vivia o mesmíssimo dilema.

Quem viveu Dona Patroa na primeira versão de Renascer, em 1993?

Na versão de 1993, Dona Patroa era vivida por Eliane Giardini. Na trama original, seu marido se chamava Teodoro, que era vivido pelo ator Herson Capri. Sua filha Sandra era interpretada por Luciana Braga.

Um dia, cansada das traições, ela resolve se separar do esposo traidor, provocando o início da virada da personagem, que já tinha a torcida do público.

“Ela não é uma mulher submissa. Só que deixou de servir ao pai para servir ao marido. Dona Patroa não se descobriu mulher, não conhece o próprio poder”, observou Eliane Giardini na época ao jornal O Globo de 27 de maio de 1993.

O que acontece com Dona Patroa em Renascer?

A volta por cima de Dona Patroa começou quando ela exigiu ser chamada de Iolanda e não mais pelo apelido colocado pelo ex-marido.

E conforme a trama andava, ela conquistava até mesmo um admirador: Rachid, papel de Luiz Carlos Arutin na versão dos anos 90.

“Com sua iniciativa, Patroa ganhou um nome, uma identidade. É estimulante para quem passa pela mesma situação e precisa ver Iolanda dando certo”, vibrou Giardini ao jornal O Dia de 30 de maio de 1993 com a mudança da personagem.

A nova Dona Patroa do remake de Renascer

Na adaptação realizada por Bruno Luperi, a Dona Patroa de Camila Morgado foi escrita para ser uma crente fervorosa, o que justificaria em um 2024 uma mulher passar por tudo o que passa com o marido e não desistir do casamento, uma vez que acredita no milagre da oração.

“Ela acredita que, através da fé, ela vai conseguir mudar o marido. O Bruno [Luperi, autor do remake] fez essa mudança que eu achei muito pertinente”, comentou a atriz em entrevista ao portal Notícias da TV em janeiro de 2024.

“Por que essa mulher, a Dona Patroa de hoje, em 2024, aceitaria todas as coisas que o marido faz, todas as perversões? Aí, foi acrescentada essa questão da crença, de ela ser uma crente muito fervorosa, de ter uma visão bem dogmática sobre as questões religiosas”, completou Camila.

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Dyego Terra

Dyego Terra é jornalista e professor de espanhol. É apaixonado por TV desde que se entende por gente e até hoje consome várias horas dos mais variados conteúdos da telinha. Já escreveu para diversos sites especializados em televisão. Desde 2005 acompanha os números de audiência e os analisa. É noveleiro, não perde um drama latino, principalmente mexicano, e está sempre ligado na TV latinoamericana e em suas novidades. Análises e críticas são seus pontos fortes. Leia todos os textos do autor