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A próxima novela das sete será totalmente inédita. A trama marca a estreia de Mauro Wilson como autor solo e teria o título de A Morte Pode Esperar. Porém, como veio a pandemia do novo coronavírus, a direção da Globo achou o nome equivocado para o terrível momento que o mundo vive. Então mudaram para Quanto Mais Vida, Melhor!. Prevista originalmente para julho de 2020, a história entraria no ar após a segunda parte de Salve-se Quem Puder, mas optaram pela segurança de adiantar as gravações. Ou seja, assim como Um Lugar ao Sol, nova das nove, entrará no ar quase finalizada.
Dirigido por Allan Fiterman, o folhetim tem uma premissa criativa e ousada. O que um jogador de futebol desacreditado, uma empresária fashionista, um médico cirurgião bem-sucedido e uma dançarina de pole dance encrenqueira podem ter em comum? Independentemente da classe social, da faixa etária, do gênero e da crença, ninguém passa batido pela ideia de que pode ter apenas mais um ano de vida. O abalo, em maior ou menor grau, coloca os quatro no mesmo barco e impõe a eles os mesmos sentimentos: o medo de se afastar de quem se ama e de partir sem ter vivido ou reencontrado seu grande amor.
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É em uma encruzilhada que acontece o encontro de Neném (Vladimir Brichta), Paula (Giovanna Antonelli), Guilherme (Mateus Solano) e Flávia (Valentina Herszage), em Quanto Mais Vida, Melhor!. Após um acidente aéreo, os quatro personagens veem a Morte (A Maia) de perto, e ela, em pessoa, lhes faz uma ressalva: um deles vai fazer sua passagem de forma definitiva em um ano.
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Apesar de pertencerem a universos completamente diferentes, eles vão descobrir, aos poucos, que suas vidas já estavam interligadas. Todos recebem uma segunda chance, mas a dúvida sobre quem irá morrer ‘de verdade’ se manterá até o final do enredo.
“A novela é sobre o amor. É sobre o que você faz pelo amor que tem, até onde você vai por ele. E isso pode fazer você agir errado. Tem muito disso na novela. Na verdade, tem muito em mim e em qualquer obra que faço. Quando os quatro voltam do encontro com a Morte, eles querem resolver o amor da vida deles. Qual é o meu amor? Com quem vou ficar? Qual é a minha história?”, explica o autor Mauro Wilson, que faz sua estreia solo em novelas, depois de se consagrar como roteirista há mais 40 anos na Globo, vencedor de dois prêmios Emmy Internacional, pelo seriado A Mulher Invisível (2011) e pela série ‘Doce de Mãe’ (2014).
Quanto Mais Vida, Melhor! vai fazer uma crônica divertida de tipos bem característicos do Rio de Janeiro. A Tijuca, bairro da Zona Norte carioca, é o epicentro da trama. É a terra do ex-craque do Flamengo e da seleção brasileira Neném e do verdadeiro matriarcado que mora com ele. Só um milagre de São Judas Tadeu explica a paz em que vivem na mesma casa Dona Nedda (Elizabeth Savala), mãe do atleta, e duas ex-mulheres dele, Jandira (Michele Machado) e Betina (Carol Garcia), e as duas filhas que ele teve com cada uma delas, Martina (Agnes Brichta – filha de Vladimir que contracena com o pai pela primeira vez) e Bianca (Sara Vidal), respectivamente. Isso enquanto seu irmão caçula – e bandido – Roni (Felipe Abib) não sai da cadeia.
Ainda no bairro ficam o salão de beleza de Nedda, o Neném Coiffeur, um animado bar-karaokê. Perto dali, na Lapa, está a boate Pulp Fiction, onde Flávia (Valentina Herszage) faz shows como dançarina de pole dance. Na Tijuca, também moram o pai dela, Juca (Fabio Herford), e sua madrasta, Odete (Luciana Paes), que sustenta a família vendendo quentinhas na região.
Numa cobertura da Barra da Tijuca, mora Paula (Giovanna Antonelli), proprietária da Terrare Cosmétiscos, com a filha Ingrid (Nina Tomsic) e a governanta da casa, Tuninha (Jussara Freire). Da empresa, ela acompanha toda a movimentação da rival e arqui-inimiga Carmem Wollinger (Julia Lemmertz), dona da Wollinger Cosméticos.
E, numa mansão do Alto Leblon, vive Guilherme (Mateus Solano) com sua tradicional família Monteiro Bragança. Médico renomado, ele é casado com a ex-modelo internacional Rose (Bárbara Colen), e mora com os pais, Daniel (Tatu Gabus Mendes) e Celina (Ana Lucia Torre), e o filho adolescente Antônio (Matheus Abreu). No casarão, ainda trabalham a empregada da casa, Deusa (Evelyn Castro), e o motorista da família, Odaílson (Thardelly Lima).
Desde que ganham uma segunda chance da Morte após o acidente de avião, os quatro passam a se frequentar e voltam a reencontrá-la ao longo da trama. A novela é uma comédia romântica. É sobre o que você faria se tivesse uma segunda chance. Sobre o quanto consegue modificar e o quanto não dá para modificar da própria vida.
E a Morte, que eles vão rever de forma pontual ao longo da novela, é o destino dizendo para eles: ‘Você pode morrer a qualquer momento. É melhor você resolver a tua vida’. Ela vai mostrar a eles que o tempo está passando, explica Mauro, que, para isso criou uma personagem bem sedutora: “Ela é uma mulher linda, exuberante. É a morte dos desenhos animados. A Malévola é minha inspiração. E ela não dá medo algum”.
Para contar essa história de forma leve e divertida, Allan Fiterman, diretor artístico da novela, carregou nos detalhes que marcam a personalidade de cada um dos protagonistas e vai fazer uso da trilha sonora de forma especial.
Mais do que um tema de novela, cada tem deles é identificado por um gênero musical. E para apresentá-los numa narrativa ágil, como pede a escrita de Mauro Wilson, apostou numa linguagem surrealista e fantástica, com referências cinematográficas que vão desde O Diabo Veste Prada (2006), Uma Linda Mulher (1990), e chegam até Querida, Encolhi as Crianças (1989).
“Eu estou delimitando uma paleta de cores muito específicas para cada um deles, assim como seus respectivos estilos de música. O Neném é mais samba, a Paula é pop, o Guilherme, erudito, e a Flávia, rock. E também vamos fazê-los cantar para contar a história da melhor maneira possível, de forma criativa. Com o foco no nosso público, a gente vai trabalhar num tripé: drama, comédia e romance. Tem comédia, mas tem muita humanidade, para que a gente possa trazer a emoção para o público. A ideia é, nesse momento, trazer leveza e refresco para os dias árduos”, defende Allan.