Chocolate com Pimenta (2003) está em exibição no Edição Especial nas tardes da Globo. Em reta final, a novela de Walcyr Carrasco nos dá a oportunidade de rever o trabalho de Patrícia França como Sofia.
Nascida em Recife, Pernambuco, em 28 de setembro de 1971, Patrícia entrou para o teatro na adolescência. Aos 16 anos, ainda em sua cidade natal, encenou a peça A Menina que Queria Dançar.
Ascensão na TV
Em 1987, Patrícia França foi agraciada com o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Teatro de Bolso, o que lhe garantiu convites para estrelar comerciais para TV. Ela ingressou na televisão em 1992, como a jovem Tereza Batista, da minissérie homônima exibida pela Globo – baseada no romance de Jorge Amado.
A atriz alcançou grande popularidade ao viver a doce Maria Santa, a Santinha, na primeira fase de Renascer (1993, foto acima). No mesmo ano, protagonizou a novela Sonho Meu, repetindo o par com Leonardo Vieira, com quem havia contracenado no folhetim escrito por Benedito Ruy Barbosa.
Depois, fez participações na minissérie Engraçadinha (1995), na série Caso Especial e em alguns episódios do programa Você Decide (1992-2000). Em 1996, Patrícia esteve no ar em duas produções: a mini-novela O Fim do Mundo, exibida às oito, e Salsa e Merengue (foto abaixo), transmitida às sete.
Chocolate com Pimenta e a saída da Globo
Nos anos seguintes, Patrícia França foi a controversa Clarice de Suave Veneno (1999) e a maléfica Blanca em A Padroeira (2001). Em 2003, veio o convite para a participação especial em Chocolate com Pimenta.
Na trama das seis, Patrícia interpretou Sofia, advogada de Jezebel (Elizabeth Savala) que descobre a falsificação do testamento com o qual a vilã pretendia tomar a herança do irmão Ludovico (Ary Fontoura) da verdadeira dona dos bens, Ana Francisca (Mariana Ximenes).
Sofia ganhou importância com o desenrolar dos capítulos, chegando ao fim ao lado de Sebastian (Tarcísio Filho), o sobrinho golpista de Conde Klaus (Cláudio Corrêa e Castro). Foi seu último papel na Globo antes do acerto com a concorrência…
Estrela da Record
Patrícia França transferiu-se para a Record, onde atuou em títulos como A Escrava Isaura (2004) – na pele da malvada Rosa –, Prova de Amor (2005), Luz do Sol (2007) e Poder Paralelo (2009).
Ela voltou à Globo em 2014, como Delma, de Malhação – Sonhos. Após um hiato de sete anos longe da telinha, a atriz marcou presença em Gênesis (2021, foto acima), folhetim bíblico da Record.
No cinema, Patrícia se destacou em longas como Tieta do Agreste (1996) e Orfeu (1999), ambos dirigidos por Cacá Diegues.
Dificuldades da profissão
A mais recente aparição de Patrícia França na TV foi no Faustão na Band. No programa exibido em setembro de 2022, a atriz fez uma declaração sobre a instabilidade da profissão.
“É que nos leva adiante, é o que nos desafia. Porque a estabilidade existe para qualquer ator e em qualquer patamar. O hollywoodiano mais brilhante, com mais sucesso, vive a mesma instabilidade. Eu acho que é isso que nos desafia, a estabilidade”, analisou.
Ela também afirmou que o teatro é o melhor lugar para que o ator se sinta seguro.
“Eu acho que o lugar do ator é o teatro. Nesse lugar o ator sempre tem vez e ele nunca se apaga, é uma luz que nunca se apaga. É a luz do teatro”.
Patrícia França, hoje com 51 anos, foi casada com o ator Ilya São Paulo e com o analista de sistemas Paulo Lins, pai de sua primeira filha, Fernanda. Ela vive com o produtor Wagner Pontes desde 2008; com ele, Patrícia teve o segundo filho, Gabriel.
