Em sua quinta exibição na TV, O Cravo e a Rosa (2000) segue encantando a audiência. A trama de Walcyr Carrasco e Mário Teixeira demonstra seu poder de fogo ao repetir o sucesso de suas apresentações anteriores.
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Produzida há 22 anos, a novela reúne um grande elenco, encabeçado por artistas que seguem brilhando na telinha até hoje. No entanto, outros atores da produção não são vistos com tanta frequência. Muitos, aliás, simplesmente desapareceram da televisão.
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É o caso, por exemplo, do ator Luiz Antonio do Nascimento, que vivia o esperto Buscapé, grande amigo de Catarina (Adriana Esteves). Depois do sucesso em O Cravo e a Rosa, o ator, então na pré-adolescência, ainda repetiu a parceria com Walcyr Carrasco nas novelas A Padroeira (2001) e Chocolate com Pimenta (2003).
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Atualmente com 35 anos, Luiz Antonio do Nascimento continua na área artística, mas deixou de atuar diante das câmeras. Ele é administrador da escola de teatro L2 In Cena, no Rio de Janeiro. A cineasta Lívia Santhiago, sua esposa, também é administradora do local.
Aos sete anos de idade, Thais Müller encantou o público de O Cravo e a Rosa como Fátima, a filha bastarda do banqueiro Batista (Luís Mello). A garota não tinha papas na língua e roubava a cena com suas tiradas, próximas à da irmã Catarina.
Aos 29 anos de idade, Thais segue como atriz. Seu mais recente trabalho foi em Gênesis (2021), na Record. Na trama bíblica, ela dividiu a personagem Maresca com a mãe, a atriz Marcella Muniz, que assumiu o papel após uma passagem de tempo. Aliás, a atriz é filha de atores: seu pai é Anderson Müller, o Abel de Caminho das Índias (2009).
Feministas distantes dos vídeos
A engraçada Lourdes de O Cravo e a Rosa é um dos personagens mais lembrados da experiente atriz Carla Daniel. Filha do ator e diretor Daniel Filho e da atriz Dorinha Duval, Carla tem uma extensa carreira na TV. Seu trabalho mais recente foi na série Brasil a Bordo (2018), na Globo. A artista também tem uma banda, Carlota e Joaquins.
No ano passado, Carla viveu uma tragédia pessoal. O namorado da atriz, Sérgio José Coutinho Stamile, também integrante da banda, foi assassinado no parque Garota de Ipanema, zona sul do Rio de Janeiro. Ela desabafou a respeito do luto em entrevista à coluna de Patrícia Kogut, do jornal O Globo:
“Eu perdi o meu amor de forma muito violenta, mas eu acredito na justiça divina e na lei do retorno. O luto não passa. É viver um dia de cada vez. Quando tudo aconteceu, eu falei com os meus companheiros de banda que eles estavam livres para fazer outras coisas, se quisessem, mas eles quiseram seguir comigo”.
Lúcia Alves já foi figurinha carimbada da TV. A Hildegard de O Cravo e a Rosa tem uma longa trajetória na telinha, participando de várias novelas. Porém, depois de Uma Rosa com Amor (SBT, 2010), a atriz não apareceu mais em folhetins. Seu mais recente trabalho foi a série República do Peru (2016), do Canal Brasil. Aos 73 anos, Lúcia Alves se afastou da TV por falta de convites.
“Se você não está na TV , as pessoas acham que você está mal. Me perguntam: ‘você está morando onde?’. Como se tivesse na merda. Não passo necessidade. O fato é que não pintam papéis para minha idade, perdi contatos na Globo e os autores são novos”, declarou a atriz ao jornal Extra em 2014.
Quem também não marca mais presença na telinha com frequência é Virgínia Cavendish, que entrou para o time de O Cravo e a Rosa após o êxito de sua participação em O Auto da Compadecida (1999). A intérprete da feminista Lurdes segue atuando; a fase Jornada de Abrãao, da bíblica Gênesis, marca sua última passagem pela TV até o momento.
Carlos Evelyn, o “Mudinho”, optou por se afastar da TV. Irmão da atriz Deborah Evelyn, ele deixou a atuação para se dedicar ao setor financeiro.
Nomes de peso fora do ar
Taumaturgo Ferreira já era veterano da TV quando O Cravo e a Rosa estreou. Mas foi com o Januário da trama que o ator fez as pazes com o sucesso, pois andava em baixa desde sua dispensa de Renascer (1993). Desde então, o ator surgiu em trabalhos pouco expressivos, até estourar novamente como o simpático caipira.
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Após O Cravo e a Rosa, o ator seguiu trabalhando em novelas na Globo e na Record, como Celebridade (2003), Caminhos do Coração (2007) e Ribeirão do Tempo (2010). Recentemente, esteve na série Ilha de Ferro (2019), produção Globo e Globoplay.
Outra figura de peso que protagonizou grandes cenas em O Cravo e a Rosa foi Pedro Paulo Rangel. O Calixto, auxiliar de Petruchio (Eduardo Moscovis), entrou para a galeria de tipos inesquecíveis do ator, com passagens por clássicos como Vale Tudo (1988) e Pedra Sobre Pedra (1992).
Pedro Paulo diminuiu o ritmo após a série O Dentista Mascarado (2013). Ele, que luta contra uma doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), por conta do uso do cigarro, volta à TV na série 200 Anos, que a TV Cultura lança ainda este ano.
Tássia Camargo, por sua vez, está em Portugal. A lavadeira Joana, ludibriada pelo amado Batista, saiu do Brasil após anos de dedicação às novelas. Ela saiu da Globo em 2004, seguindo para a Record. A experiência no canal de Edir Macedo não foi tão feliz. Tássia entrou com uma ação contra a emissora e saiu vitoriosa, tendo seu vínculo empregatício reconhecido pela Justiça, recebendo o que lhe era de direito.
Quem também está em Portugal é Miriam Freeland, a Candoca. Ela e o marido Roberto Bomtempo, que também passaram por Globo e Record, estão envolvidos em projetos para o teatro.
Bia Nunnes, que fazia a mãe de Candoca, Dalva, está longe do vídeo desde Sexo e as Negas (2014), série assinada pelo amigo Miguel Falabella. Ela segue envolvida com arte, no teatro e no cinema.