Ela formou-se em Direito, mas privilegiou o teatro, o cinema e a TV, acumulando participações em várias novelas. Cinira Camargo, paulista de Pilar do Sul, nasceu em 8 de fevereiro de 1952. Atualmente, ela pode ser vista na reapresentação de Pão-Pão, Beijo-Beijo (1983) no canal Viva.

Cinira Camargo

Em 1973, Cinira estreou no cinema com Um Intruso no Paraíso. Seguiram-se inúmeros trabalhos, quase todos no gênero que dominou o período, o da pornochanchada – As Cangaceiras Eróticas (1974), Torturadas Pelo Sexo (1976) e A Filha de Emmanuelle (1980), entre outros.

A estreia na televisão se deu em Xeque-Mate (1976), título da Tupi assinado por Chico de Assis e Walther Negrão, com quem Cinira Camargo estabeleceria outros projetos nos anos seguintes, tanto na emissora pioneira quanto na Globo. Antes da volta dele ao canal líder de audiência, os dois estiveram juntos em Cinderela 77 (1977).

Com o fechamento da Tupi, Cinira seguiu para a Cultura, acompanhando Negrão em Picnic Classe C (1982). No mesmo ano, passou para a Globo, atuando na série, recém-lançada, Caso Verdade. Em 1983, veio Milica, a manicure que atende as moradoras do condomínio da Barra da Tijuca onde Pão-Pão, Beijo-Beijo se desenrola…

Trabalhos na Globo

Cinira Camargo - Era Uma Vez

Cinira Camargo participou de Corpo a Corpo (1984) e Um Sonho a Mais (1985), escritas por Gilberto Braga e Daniel Más – este com Lauro César Muniz e Mário Prata. Em Direito de Amar (1987), adaptação de Walther Negrão para a radionovela A Noiva das Trevas, de Janete Clair, viveu Esmeralda, uma mulher à frente do seu tempo.

Em 1989, a atriz emendou duas produções das 19h: Que Rei Sou Eu?, de Cassiano Gabus Mendes, e Top Model, de Negrão em parceria com Antonio Calmon, estreando no gênero. Seguiu na faixa com Lucrécia, de Lua Cheia de Amor (1990), que entrou recentemente para o catálogo do Globoplay.

Cinira brilhou em outras tramas desenvolvidas por Walther Negrão, como Despedida de Solteiro (1992) – na pele da secretária Glória, amante do vilão Sérgio Santarém (Marcos Paulo) –, Tropicaliente (1994), Era Uma Vez… (1998) e A Casa das Sete Mulheres (2003). Também esteve em Vira Lata (1996), de Carlos Lombardi.

Retorno às novelas

Após 17 anos longe da televisão, onde se dedicou a trabalhos na advocacia, Cinira Camargo retornou ao veículo para uma breve participação em Amor de Mãe, folhetim escrito por Manuela Dias e exibido pela Globo em 2019.

Na trama, Cinira interpretou Tânia, irmã das personagens Eunice (Dida Carneiro) e Kátia (Vera Holtz), ex-enfermeira envolvida no sumiço de Domenico (Chay Suede), filho biológico de Lurdes (Regina Casé).

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Sebastião Uellington Pereira é apaixonado por novelas, trilhas sonoras e livros. Criador do Mofista, pesquisa sobre assuntos ligados à TV, musicas e comportamento do passado, numa busca incessante de deixar viva a memória cultural do nosso país. Escreve para o TV História desde 2020 Leia todos os textos do autor