Estrela de importantes trabalhos na televisão, principalmente da Tupi, a atriz Elaine Cristina nasceu em São Paulo em 13 de maio de 1950.

O Outro

Iniciou sua carreira ainda pequena, como atriz na Rádio São Paulo. Por conta de sua encantadora voz, logo foi contatada pela Excelsior para atuar na televisão.

Sua primeira novela foi A Herdeira de Ferleac (1961). Nesta emissora, ela ainda fez Ontem, Hoje e Sempre (1965), Aquele que Deve Voltar (1965) e Os Diabólicos (1968). Depois, como contratada da Bandeirantes, fez mais três novelas: Era Preciso Voar e O Bolha, ambas de 1969, e As Asas São Para Voar, em 1970.

Ídolo de Pano

Mas Elaine Cristina ficaria nacionalmente conhecida por seus trabalhos na Tupi, emissora da qual se tornou uma estrela. Foram 12 produções entre 1970 e 1979, com personagens marcantes como Daisy, de Os Inocentes (1974), Andréa, de Ídolo de Pano (1974), Lisa, de A Viagem (1975), e Sônia, de O Profeta (1977).

Parceria com Tony Ramos

A Viagem

Em entrevista para nosso colunista Nilson Xavier, Elaine falou sobre as personagens de sucesso que interpretou em tramas de Ivani Ribeiro e sua parceria com Tony Ramos.

“Nunca fomos amigas, nunca visitei a casa de Ivani. Simplesmente era escalada porque tinha contrato com a emissora e acabava sendo escalada para as novelas de Ivani. Eu e Tony Ramos formamos a dupla romântica jovem da TV Tupi. Eva Wilma e Carlos Zara era a dupla mais madura”, explicou.

“Com Ivani, era uma relação de respeito e admiração. Eu gostava dos textos dela, ela gostava de mim quanto atriz, da forma que eu executava os personagens que ela pedia. E era muito agradável, novelas de muito sucesso, algumas refeitas na Globo, inclusive”, completou.

Com o fechamento da emissora pioneira, a atriz iria transitar por inúmeros canais ao longo da década de 1980.

Outros trabalhos de destaque

Pantanal

Na Bandeirantes, fez o remake de A Deusa Vencida (1980) e O Campeão (1983). Já na Globo, a série Obrigado Doutor (1981) e as novelas Sinhá Moça (1986), como a Baronesa Cândida, e O Outro (1987).

[anuncio_5]

Como contratada da Manchete, atuou em dois grandes sucessos: Kanaga do Japão (1989) e Pantanal (1990), onde interpretou a bela Irma, irmã de Madeleine na segunda fase do folhetim escrito por Benedito Ruy Barbosa.

Pantanal

Seus trabalhos posteriores foram em produções do SBT: Antônio Alves Taxista (1996), O Direito de Nascer (2001), Revelação (2008), Vende-se um Véu de Noiva (2009) e Chiquititas (2013), até o momento sua última atuação no veículo.

[anuncio_6]

Afastamento da televisão

Elaine Cristina

Afastada da televisão desde então, a veterana explicou o porque desta decisão:

[anuncio_7]

“As pessoas sempre me perguntam por que eu não fazia mais televisão. Eu respondia que recebia convites, mas que às vezes não aprovava os personagens que me ofereciam. Eu não queria fazer qualquer coisa. Até hoje, tenho muito cuidado com as escolhas que faço”, enfatizou.

Elaine Cristina passou por um tremendo susto ao sofrer um AVC em 2012. Até surgiram boatos de que ela havia falecido. Para acalmar os seus fãs, a artista criou um canal no YouTube, chamado Arte de Viver, em que, além de abordar sua prodigiosa carreira, faz reflexões sobre a vida e as relações humanas.

“Senti que através de um programa no YouTube, eu poderia levar uma mensagem boa, principalmente pelas experiências que tive de 2011 até hoje, que me modificaram muito como pessoa. Evolui como ser humano, me tornei mais terna, empática”, destacou.

Elaine Cristina atualmente tem 71 anos e foi casada com o ator Flávio Galvão durante 40 anos. Juntos, tiveram um filho, Flávio França.

Compartilhar.
Avatar photo

Sebastião Uellington Pereira é apaixonado por novelas, trilhas sonoras e livros. Criador do Mofista, pesquisa sobre assuntos ligados à TV, musicas e comportamento do passado, numa busca incessante de deixar viva a memória cultural do nosso país. Escreve para o TV História desde 2020 Leia todos os textos do autor