Nas décadas de 1980 e 1990, vários nomes brilharam na tela da Globo. Eles estrelaram novelas, minisséries, séries e especiais que marcaram época…

Nos últimos anos, porém, astros e estrelas perderam espaço na dramaturgia da casa. Figuras marcantes que merecem destaque nas próximas produções globais!

Confira:

Malu Mader

Após a estreia em Eu Prometo (1983), última novela de Janete Clair, Malu Mader tornou-se uma das atrizes mais requisitadas pela Globo. Ela emendou títulos como Corpo a Corpo (1984), Anos Dourados (1986), O Outro (1987), Fera Radical (1988), Top Model (1989), O Dono do Mundo (1991), Ano Rebeldes (1992), O Mapa da Mina (1993), A Justiceira (1997), Labirinto (1998), Força de um Desejo (1999, foto) e Celebridade (2003).

Malu Mader

Malu esteve ainda nas duas versões de Tititi (1985 / 2010). Após a saída da emissora, ela participou de filmes e séries. O lançamento mais recente é Não Foi Minha Culpa, do streaming Star+. A série aborda as inúmeras formas de violência contra a mulher; Mader interpreta uma procuradora que atua no caso de uma jovem trans assassinada por dois garotos ricos.

Maurício Mattar

Maurício Mattar

De pequenas participações, como no último capítulo de Vereda Tropical (1984), Maurício Mattar foi alçado ao estrelato quando recebeu o convite para Roque Santeiro (1985). No folhetim de Dias Gomes e Aguinaldo Silva, ele respondeu por João Ligeiro, irmão do falso herói Roque (José Wilker). Na mesma década, Maurício passou por Cambalacho (1986), Bambolê (1987) e O Salvador da Pátria (1989).

Os papéis de galã vieram nos anos 1990, com Rainha da Sucata (1990, foto), Lua Cheia de Amor (1990), Pedra Sobre Pedra (1992) e A Viagem (1994). As participações de Mattar nas produções da Globo diminuíram quando ele decidiu assinar com a Record para Louca Paixão (1999), na qual podia atuar e cantar. Recentemente, ele pode ser visto na série documental Pacto Brutal – O Assassinato de Daniella Perez, da HBO Max.

Nuno Leal Maia

Nuno Leal Maia

A entrada de Nuno Leal Maia, de bem-sucedidas incursões no cinema, foi em 1976. Em Estúpido Cupido, ele respondeu por Accioli, um tipo interesseiro. A carreira na TV ficou marcada pelos papéis de pai, como o Fábio de A Gata Comeu (1985) e o Gaspar de Top Model (1989). Destaque também para Tony Carrado, o bicheiro de Mandala (1987), e Jurandir, o falso padre de Vamp (1991, foto).

Nuno Leal Maia

Nuno diminuiu consideravelmente a presença na telinha nos anos 2000. Seus último trabalhos foram na TV por assinatura, em séries infanto-juvenis – Juacas (2017) e Bugados (2021), do Disney Channel e do Gloob. Aos 74 anos, ele voltou às telonas com La Mamma, da cineasta Carina Bini; o personagem destinado a ele é de um projecionista aposentado.

Mayara Magri

Mayara Magri em A Gata Comeu

Os primeiros trabalhos de Mayara Magri na TV foram na Band: Os Adolescentes (1981), Ninho da Serpente (1982) e Sabor de Mel (1983). O ingresso na Globo se deu em Amor com Amor com Amor se Paga (1984); no ano seguinte, repetiu a parceria com Ivani Ribeiro em A Gata Comeu (foto). Foi nesta novela, aliás, que conheceu o diretor Herval Rossano, com quem viria a se casar em 2005.

Mayara Magri

Mayara, aliás, também esteve com Herval em Dona Beija (1986), Salomé (1991) e A Escrava Isaura (2004) – marco da retomada da dramaturgia na Record. Ela também passou pelo SBT. No momento, Magri dedica-se às leituras dramáticas de peças de autores nacionais pelo YouTube. Em abril deste ano, ela assumiu o relacionamento com o autor Lauro César Muniz.

Pedro Paulo Rangel

O Cravo e a Rosa

O veterano, que está no ar na reprise de O Cravo e a Rosa (2000, foto), na qual interpretou o carismático Calixto, atua na TV desde a década de 1960. Nos anos 1970, após a passagem pela Tupi, Pedro Paulo Rangel brilhou na Globo em novelas como Gabriela (1975), O Noviço (1975) e Saramandaia (1976). Pepê também atuou nos humorísticos Viva o Gordo (1981) e TV Pirata (1988).

Pedro Paulo Rangel

Entre os papéis de maior prestígio estão o Poliana de Vale Tudo (1988), o Adamastor em Pedra Sobre Pedra (1992), o Padre Joseph de A Indomada (1997) e o Gigi em Belíssima (2005). Pedro Paulo saiu da Globo em 2013, para dedicar-se ao teatro. Ele voltou à telinha este ano, através da série Independências, dirigida por Luiz Fernando Carvalho para a Cultura.

Joana Fomm

Joana Fomm

Joana Fomm ficou imortalizada por grandes vilãs. A galeria incluiu Yolanda Pratini de Dancin’ Days (1978), Lúcia Gouveia em Corpo a Corpo (1984), Fausta de Bambolê (1987) e Perpétua em Tieta (1989, foto). Após outra bandida de sucesso, a Salustiana de Fera Ferida (1993), Joana perdeu o contrato com a Globo, assinando com o SBT, onde brilhou em As Pupilas do Senhor Reitor (1994) e Razão de Viver (1996).

Joana Fomm

A volta para a casa onde trilhou seu caminho foi com mais uma megera: Olga, em Esplendor (2000). Fomm enfrentou inúmeros problemas de saúde, que a afastaram dos estúdios – ela precisou abrir mão da Marion de Paraíso Tropical (2007). Aos 83 anos, ela participa de projetos de curta duração, como as séries Sob Pressão e República do Peru, da Globo e da TV Brasil, ambas de 2019.

José Mayer

História de Amor

Voz do Burro Falante na primeira versão global do Sítio do Pica-pau Amarelo (1977), José Mayer estreou nos folhetins em 1983, com Guerra dos Sexos. Foram vários trabalhos, quase todos de galãs desajustados, até a consagração como Zé do Burro na minissérie O Pagador de Promessas (1988). Nos anos seguintes, Mayer emplacou galãs insaciáveis, especialmente em tramas assinadas por Manoel Carlos.

O fim da parceria com a Globo se deu após A Lei do Amor (2016). Su Tonani, assistente de figurino da produção, acusou José de assédio sexual. Ele admitiu a conduta abusiva, abandonando a vida artística. Hoje, o ator compartilha a rotina em seu sítio, na região serrana do Rio de Janeiro, com os seguidores. Ele também revisita trabalhos marcantes, como Fera Radical, Tieta, História de Amor (1995, foto) e Império (2014).

Carlos Alberto Riccelli

Vale Tudo

Na década de 1970, Carlos Alberto Riccelli até marcou presença na Globo, mas brilhou de fato na Tupi. Ele esteve em clássicos como Vitória Bonelli (1972), A Viagem (1975), Éramos Seis (1977) e Aritana (1978) – na qual conheceu a esposa Bruna Lombardi. Nos anos seguintes, estrelou títulos como Sétimo Sentido (1982), Louco Amor (1983), Vale Tudo (1988, foto), Riacho Doce (1990) e Chiquinha Gonzaga (1999).

Com inúmeros projetos paralelos, e a vida estabelecida no exterior, ao lado da mulher e do filho Kim, Riccelli abdicou de convites para a TV. Atualmente, ele e Bruna dividem uma mansão em São Paulo, além de trabalhos como o filme Amor em Sampa (2016) e série A Vida Secretas dos Casais (2017). Os dois, aliás, continuam belíssimos; ele com 76 e ela com 70.

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Cristina Prochaska

Cristina Prochaska

Radialista e apresentadora, Cristina Prochaska assumiu a porção atriz com Sabor de Mel, da Band. A chegada à Globo se deu em Direito de Amar (1987). A personagem mais famosa foi a homossexual Laís, de Vale Tudo (1988); na época, ela conciliou as gravações com a apresentação de programas como Vídeo Show e Pequenas Empresas, Grandes Negócios.

Cristina Prochaska

Cristina encarnou duas “chatinhas de Manoel Carlos”, em Felicidade (1991, Sheila, foto) e História de Amor (1995, Yara). Com a diminuição dos trabalhos na TV, ela passou a administrar seus negócios em Ubatuba, litoral de São Paulo. Tempos atrás, após ocupar um cargo público na prefeitura local, a atriz se candidatou à vereadora, mas não foi eleita.

Kadu Moliterno

Renata Sorrah e Cadu Moliterno

Na TV desde a infância, Kadu Moliterno despontou na Globo como Billy, surfista que encantou o mulherio em O Pulo do Gato (1978). Logo depois, emplacou galãs, quase sempre esportistas, em novelas como Água Viva (1980) e Paraíso (1982) e na série Armação Ilimitada (1985). Foi também par constante de Gloria Pires, com quem dividiu a cena em O Dono do Mundo (foto) e Anjo Mau (1991).

Kadu Moliterno

Os últimos trabalhos de Kadu foram na Record: A Terra Prometida (2016), Belaventura (2017) e Topíssima (2019). A saída da TV coincidiu com denúncias de violência doméstica por parte de uma ex-namorada. Recentemente, ao completar 70 anos, ele pediu por emprego numa entrevista ao portal UOL. “Quero que as pessoas saibam que o Kadu quer e precisa trabalhar”, disparou.

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Sebastião Uellington Pereira é apaixonado por novelas, trilhas sonoras e livros. Criador do Mofista, pesquisa sobre assuntos ligados à TV, musicas e comportamento do passado, numa busca incessante de deixar viva a memória cultural do nosso país. Escreve para o TV História desde 2020 Leia todos os textos do autor