Em Chocolate com Pimenta, Samara Felippo viveu Celina, uma mocinha romântica que é apaixonada por Guilherme (Rodrigo Faro). Mas ela é impedida de viver esse amor, já que sua irmã Graça (Nívea Stelmann) faz de tudo para ficar com o rapaz.
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Celina é apenas uma dentre tantas personagens que Samara viveu na TV desde Anjo Mau (1997), sua primeira novela. A atriz está afastada da TV desde Topíssima (2019), novela da Record que ela confessou ter odiado fazer.
Personagem chata
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Em Topíssima, Samara Felippo vivia Thaís, ex-mulher do delegado André (Sidney Sampaio), que brigava na Justiça com ele pela guarda da filha. A personagem era capaz de atitudes questionáveis para convencer a menina a ir morar com ela fora do Brasil, apenas para atingir o policial.
As atitudes de Thaís deixaram Samara horrorizada. Um ano após a trama, a atriz confessou que a personagem era muito machista e isso a incomodava. O assunto veio à tona em 2020, quando Samara participou de uma live com o próprio Sidney Sampaio.
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“Tinha que ter filmado suas caras lendo o texto, você tinha uma ótica completamente diferente. Convencer a Samara a falar aquilo era divertidíssimo”, brincou o ator, de acordo com o portal Notícias da TV.
“Que personagem chata! Era uma coisa que não concordava, não vou nem defender”, rebateu a atriz.
Machista
Durante a conversa com Sidney Sampaio (foto acima), Samara Felippo criticou a personagem criada por Cristianne Fridman na novela da Record. Para a atriz, Thaís tinha atitudes machistas, mas a trama não apresentava uma resolução que desconstruía o pensamento retrógrado da personagem;
“Eu, como mãe de duas meninas, em um mundo tão machista que a gente vive, tinha que falar coisas… Vivo em 2020 e tinha que falar coisas que não conseguia”, reclamou a artista.
“Estava incentivando uma ideia que eu discordo. Isso me machuca como artista. Falar algo que seja retrógrado me incomoda. A gente tem que dialogar sem dar passos para trás”, finalizou.
Casamento blindado
Exibida pela Record entre 21 de maio e 9 de dezembro de 2019, Topíssima marcou a volta das novelas contemporâneas na emissora, após alguns anos dedicada apenas às histórias bíblicas. Escrita por Cristianne Fridman, a trama girava em torno do relacionamento entre Sophia (Camila Rodrigues) e Antônio (Felipe Cunha), que não conseguiam se entender.
Para criar a trama, a autora se inspirou em A Megera Domada, de Shakespeare, que trazia o relacionamento entre um homem rústico e uma mulher feminista. Trata-se do mesmo texto que inspirou novelas como O Machão (1974) e O Cravo e a Rosa (2000).
No entanto, nesta época, Cristiane Cardoso, a filha do bispo Edir Macedo, já atuava como supervisora de novelas na Record. Com isso, a temática foi tratada sob a ótica do livro Casamento Blindado, escrito por ela e seu marido, Renato Cardoso. Tanto que os protagonistas chegaram a participar do programa The Love School, apresentado pelo casal.