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A reviravolta iniciada nos mais recentes capítulos de Terra e Paixão já estava prevista na sinopse de Walcyr Carrasco. O autor, que sabe que tem em mãos uma novela longa, utiliza a artimanha para movimentar a história e, consequentemente, buscar mais público.
Cauã Reymond e Agatha Moreira em Terra e Paixão (Reprodução / Globo)Mas, apesar de prevista, a reviravolta na novela da Globo também serviu para que o autor adequasse sua trama aos anseios do público. Assim, Carrasco aproveita a morte de Daniel (Johnny Massaro) para mudar os rumos da obra e atender os desejos da audiência.
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Grupo de discussão
Cauã Reymond (Caio) e Barbara Reis (Aline) em Terra e Paixão (Reprodução / Globo)
Os novos rumos que Terra e Paixão tem tomado nos últimos capítulos são resultado direto do grupo de discussão promovido pela Globo sobre a novela. A emissora costuma reunir espectadores para ouvir suas impressões da trama e, assim, entender como a história está sendo recebida pelos espectadores.
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De acordo com a coluna Play, do jornal O Globo, o grupo de Terra e Paixão indicou que o público queria que a novela fosse mais movimentada. Além disso, os espectadores também desejavam que Aline (Barbara Reis) e Caio (Cauã Reymond) ficassem juntos logo. Já Antônio (Tony Ramos), Irene (Gloria Pires), Luigi (Rainer Cadete) e Anely (Tatá Werneck) foram apontados como os preferidos do público.
Não por acaso, tudo isso já está acontecendo. Mal Daniel foi enterrado, e Caio e Aline já se aproximaram numa velocidade assustadora. Enquanto isso, o casal de vilões e o casal de pilantras estão ganhando mais cenas juntos. Tudo para agradar o público.
Outro ritmo
Inez Viana como Angelina em Terra e Paixão (Divulgação / Globo)
Walcyr Carrasco é conhecido por mudar os rumos de sua obra sempre que achar necessário para fazer com que suas novelas emplaquem. Com Terra e Paixão, não está sendo diferente. Atento, o autor já promoveu as mudanças definidas a partir dos resultados do grupo de discussão.
O autor levou a sério o desejo do público por uma novela mais movimentada e já alterou significativamente o ritmo da história. Se nos primeiros capítulos ninguém aguentava mais os discursos sobre sucessão e a história andando em círculos, agora a situação é outra. Os principais núcleos da história ganharam novos entrechos a partir da morte de Daniel.
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Além disso, Carrasco também já imprimiu seu famoso estilo fanfarrão a Terra e Paixão. No início, era clara a tentativa do autor de fazer um dramalhão de cores mais carregadas. Mas isso já caiu por terra. Do nada, os personagens passaram a tecer comentários ácidos e diretos, e o humor pastelão surgiu com tudo. O maior exemplo disso é o da governanta Angelina (Inez Vianna), que, do nada, tornou pública sua tara por cheiro de cueca…
Mistérios
Antônio La Selva (Tony Ramos) na exumação do corpo de Agatha (Reprodução / Globo)
Outro claro exemplo da mudança de rumo em Terra e Paixão é o novo plot envolvendo Agatha (Bianca Bin), a mãe de Caio. A volta da personagem não estava prevista – ela deveria aparecer apenas em flashbacks.
Mas, para aumentar o clima de mistério e oferecer novas reviravoltas, o autor criou uma nova situação em que Agatha, na verdade, teria forjado a própria morte. Desde que Caio descobriu que o caixão de sua mãe está vazio, o mistério se instalou. Sabe-se que, em breve, Agatha reaparecerá em Nova Primavera.
Com tantas mudanças, a audiência tem correspondido. Aos poucos, Terra e Paixão vai se aproximando dos 30 pontos no Ibope, meta esperada pela Globo. Mesmo jogando a coerência de sua trama no espaço, Walcyr Carrasco conseguiu de novo!
