Bastaram poucos capítulos em cena para Tião (Irandhir Santos) e Joana (Alice Carvalho) se tornarem os queridinhos do público em Renascer. O casal, cansado da vida de miséria no mangue, decidiu deixar o local em busca de melhores condições de vida. Com a ajuda de padre Santo (Chico Diaz) e pastor Lívio (Breno da Matta), eles conseguiram trabalho na fazenda de Egídio (Vladimir Brichta).
Mas o que parecia ser o início de um período de prosperidade se mostra, na verdade, o começo da destruição da família deles. O casal vai passar por momentos terríveis, que culminarão com uma grande tragédia.
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Assédio
A princípio, Egídio não gosta nada da ideia de receber a família de Tião em sua fazenda. Porém, ao dar de cara com Joaninha, o mau-caráter muda de ideia. Fascinado com a beleza da esposa do catador de caranguejo, o fazendeiro passa a assediá-la constantemente.
Egídio até oferece um trabalho melhor para Tião, no intuito de mantê-lo afastado da esposa. Depois, ele tenta se aproximar de Joana de todas as maneiras. O vilão, inclusive, começa a roubar roupas íntimas do varal da moça e pede que Dona Patroa (Camila Morgado) as use.
Tião até chega a comentar com Egídio que já matou dois homens que deram em cima de sua mulher. O fazendeiro se assusta, mas nem isso o impede de seguir assediando Joaninha. Ele, inclusive, vai propor que ela passe a viver em sua casa para auxiliar no serviço doméstico. Joana relata ao marido as atitudes de Egídio, deixando Tião encafifado.
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Obsessão pelo capeta
Além de precisar lidar com os assédios de Egídio, Joaninha ainda se verá em maus lençóis por conta da obsessão de Tião de enriquecer. O trabalhador rural vai ficar fascinado ao ouvir a história de que José Inocêncio (Marcos Palmeira) enriqueceu por conta de seu diabinho na garrafa e fará de tudo para conseguir um também.
Tião, inclusive, procura o próprio Zé Inocêncio para saber como pode ter seu próprio cramulhãozinho. E sai do encontro acreditando piamente que precisa manter uma galinha preta debaixo do braço para que ela bote um ovo de onde sairá um capetinha.
A partir daí, o rapaz ganha o apelido de Tião Galinha, por estar sempre com o bicho a tiracolo. Joaninha, claro, fica assustada com a obsessão do marido pelo capeta e faz de tudo para tirar essa ideia da cabeça de Tião. Sem sucesso.
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Morte trágica
Porém, este é apenas o começo de uma vida difícil para Tião e Joana em Renascer. Mais adiante, o trabalhador rural passará por uma grande humilhação que destruirá de vez a família deles.
Se o autor Bruno Luperi seguir a história original de Benedito Ruy Barbosa, Tião Galinha acabará se matando ao ser preso injustamente. Na primeira versão de Renascer, o personagem foi vivido por Osmar Prado e acabou detido, acusado de tentar matar Teodoro (Herson Capri) – rebatizado como Egídio no remake.
O fazendeiro é vítima de uma tocaia de Damião (Jackson Antunes/Xamã) e Deocleciano (Roberto Bonfim/Jackson Antunes), e Tião Galinha acaba pagando o pato. Com isso, ele é humilhado na cadeia e leva um tapa na cara, o que o faz tomar uma atitude drástica: tirar a própria vida.
Na cela, ele deixa um bilhete com os seguintes dizeres: “Quem trabalha e mata a fome não come o pão de ninguém. Quem ganha mais do que come sempre ganha o pão de alguém”. Viúva, Joaninha (vivida por Tereza Seiblitz em 1993) acaba se entregando ao amor de Lívio (que era um padre na primeira versão, interpretado por Jackson Costa).