Em O Rei do Gado, atualmente em reexibição no Vale a Pena Ver de Novo, a atriz Lavínia Vlasak vive Lia, filha de Bruno Mezenga (Antônio Fagundes), um poderoso criador de gado. O trabalho marcou a estreia da atriz, que engatou vários personagens importantes em novelas após o êxito na trama de Benedito Ruy Barbosa.

O Rei do Gado - Almir Sater e Lavínia Vlasak

Lia é uma jovem doce, muito ligada ao pai e que sofre por conta da indiferença entre ele e sua mãe, Léia (Silvia Pfeifer). Por conta disso, nunca se apaixonou de verdade. Mas isso muda quando ela conhece Aparício (Almir Sater), violeiro que forma a dupla Pirilampo e Saracura com Zé Bento (Sergio Reis). O romance enfrenta uma série de percalços.

Por conta da forte ligação entre Lia e Bruno, Lavínia Vlasak fez inúmeras cenas com Antônio Fagundes. O que, segundo a atriz, não era uma tarefa fácil. A artista revelou, recentemente, que morria de medo de gravar com o astro e que até perdeu uma festa com o elenco para estudar e chegar com o texto na ponta da língua diante de Fagundes.

Sem festa

O Rei do Gado - Antonio Fagundes

Em entrevista ao podcast Papagaio Falante, em 11 de outubro de 2022, Lavínia Vlasak deu detalhes de seu trabalho em O Rei do Gado. A atriz revelou que ganhou o papel de Lia após uma bateria de testes e que precisou abandonar uma peça de teatro para mergulhar no trabalho na TV.

Mas, para não fazer feio diante de um dos maiores atores da televisão brasileira, a atriz contou que se dedicou muito, já que morria de medo de contracenar com o galã. Tudo por conta da famosa história de que Fagundes tem uma excelente memória e decora o texto na hora, o que fazia com que a atriz se sentisse na obrigação de chegar com o texto afiado.

Por isso, Lavínia Vlasak nem ao menos foi na festa de lançamento da novela. A atriz contou que preferiu faltar na festança e ficar em casa estudando o texto. Tudo para não fraquejar diante do ídolo.

“Não posso errar”

Durante a entrevista a Sergio Mallandro e Renato Rabello, Lavínia confirmou que Fagundes decora o texto na hora. Ela confessou ter ficado espantada com a habilidade do veterano, que até mesmo corrigia o texto dos colegas. Assim, ela vivia em constante tensão.

“Eu falava assim ‘não posso errar’. Eu levava o texto pra casa. No dia seguinte da festa tinha uma cena de cinco páginas. Só eu e ele, e eu falava horrores. Ele fazia perguntas curtas e eu contava uma história absurda. Eu dormia e acordava sonhando que eu não me lembrava de um trecho do texto…”, confessou.

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André Santana é jornalista, escritor e produtor cultural. Cresceu acompanhado da “babá eletrônica” e transformou a paixão pela TV em profissão a partir de 2005, quando criou o blog Tele-Visão. Desde então, vem escrevendo sobre televisão em diversas publicações especializadas. É autor do livro “Tele-Visão: A Televisão Brasileira em 10 Anos”, publicado pela E. B. Ações Culturais e Clube de Autores. Leia todos os textos do autor