Ao contrário de todos os sites e blogs, que optam em apenas selecionar os destaques e os piores do ano, o TV História também engloba outras categorias nas listas de retrospectivas, entre elas os melhores pares românticos das tramas. Em 2017, tivemos casais apaixonantes em vários horários e vale citar todos os romances da ficção que apaixonaram o público, promovendo um festival de ‘shippagem’ (termo usado na junção dos nomes dos pares). Vamos a eles.
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Jeiza e Zeca (A Força do Querer): O sucesso de Glória Perez teve muitos casais convidativos e o de maior destaque do enredo era, sem dúvida, protagonizado pelo marrento e pela policial militar, que também era lutadora de MMA. A autora nem esperava tamanho êxito do par, aumentando o destaque do romance e atrasando o envolvimento dela com Caio (Rodrigo Lombardi). A química entre Marco Pigossi e Paolla Oliveira foi gigantesca e as cenas deles sempre soltavam faísca.
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Anna e Joaquim (Novo Mundo): Os autores Alessandro Marson e Thereza Falcão aproveitaram a química entre Chay Suede e Isabelle Drummond na primeira fase de A Lei do Amor, transformando-os em mocinhos da irretocável novela das seis, que fez um merecido sucesso de público e crítica. O valente Joaquim e a empoderada Anna Millman formaram um lindo par e a sintonia entre eles era visível o tempo todo, protagonizando sempre cenas delicadas e típicas de romances ‘água com açúcar’ das 18h.
Halim e Zana (Dois Irmãos): A relação do casal da obra baseada no romance de Milton Hatoum, adaptada por Maria Camargo, era um mar de rosas no começo, mas virou um inferno depois do nascimento dos gêmeos Yaqub e Omar. A fixação da mãe por um dos filhos destruiu a família. Todavia, o amor que unia o par nunca acabou. Os dois tinham um vínculo muito forte e sempre transbordavam paixão quando conseguiam um momento juntos. Antônio Fagundes e Eliane Giardini tiveram cenas intensas e se entregaram por completo. Vale mencionar ainda Antônio Calloni e Juliana Paes os representando na segunda fase.
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Zac e Yasmin (Rock Story): A relação da patricinha com o vocalista da boy band de Gui Santiago (Vladimir Brichta) começou devagar, mas logo conquistou o público. As brigas que viraram declarações de amor renderam ótimas cenas ao longo da trama de Maria Helena Nascimento, repetindo a boa química entre Nicolas Prattes e Marina Moschen, vista na fraca Malhação – Seu Lugar no Mundo. A dupla, não por acaso, virou um dos trunfos da história.
Caio e Bibi (A Força do Querer): Glória Perez resolveu repetir a parceria de sucesso entre Rodrigo Lombardi e Juliana Paes, responsável pela torcida do público em Caminho das Índias, da mesma autora. O resultado, claro, foi bem-sucedido. A química entre os atores seguiu igual e a torcida para que Bibi Perigosa deixasse de ser burra e ficasse com Caio era grande. No final, a ex-mulher de traficante conseguiu seu final feliz ao lado do homem que sempre foi o amor da sua vida.
Renato e Alice (Os Dias Eram Assim): A novela, ou ‘supersérie”, foi uma decepção e não honrou as possibilidades que o horário das onze proporciona. Entretanto, Alessandra Poggi e Angela Chaves acertaram na escolha do casal protagonista. A escalação de Renato Góes e Sophie Charlotte foi certeira e os dois tiveram química de sobra. Talentosos, deram dignidade a personagens que se perderam ao longo do desenvolvimento do enredo, formando um lindo casal.
Licurgo e Germana (Novo Mundo): O casal mais nojento da história das novelas. Mas como eram adoráveis. Os interesseiros e canalhas mais carismáticos da trama das seis foram crescendo cada vez mais na atração graças ao imenso talento de Guilherme Piva e Vivianne Pasmanter, que brilharam absolutos, formando uma dupla impagável. Até as cenas românticas deles eram hilárias, rendendo momentos sensacionais. Coadjuvantes que eram verdadeiros gigantes.
Eugênio e Joyce (A Força do Querer): Uma relação repleta de altos e baixos, com direito a dramas pesados e difíceis de serem enfrentados. O casal da trama de Glória precisou enfrentar o desgaste do casamento, a revelação da filha que se descobriu trans e ainda a fixação de uma psicopata interesseira. Porém, após muitas dificuldades e lágrimas, o par teve um justo final feliz. Dan Stulbach e Maria Fernanda Cândido estavam afastados das novelas há anos e voltaram em grande estilo. Juntá-los foi uma ideia maravilhosa. Funcionaram muito bem juntos.
Nicolau e Luana (Rock Story): Os personagens tinham pouca importância no começo da novela das sete, mas foram crescendo ao longo dos meses e quando se juntaram ficaram ainda mais atrativos. O romance comoveu em virtude do câncer do rapaz e a estreia dos novatos Danilo Mesquita e Joana Borges foi com o pé direito. Os dois se saíram bem e convenceram, formando um belo par.
Caíque e Nanda (Os Dias Eram Assim): O drama da menina demorou demais para acontecer, mas a abordagem da Aids foi feita com competência pelas autoras e foi bonito demais ver o romance desse casal, que não ligou para o preconceito em torno da até então fatal doença. Os últimos momentos deles juntos, com direito a um belo casamento no último capítulo, emocionaram e destacaram a sintonia entre Felipe Simas e Julia Dalavia.
Piatã e Jacira (Novo Mundo): O romance dos índios mais cativantes da trama das seis agradou logo no começo e a química entre Rodrigo Simas e Giullia Buscacio era evidente. Os dois se destacaram merecidamente na história de Alessandro Marson e Thereza Falcão, protagonizando ótimas cenas, incluindo momentos de batalhas muito bem encenados. O casal foi o melhor da trama junto de Anna e Joaquim.
Néia e Ramon (Rock Story): Esse improvável casal deu tão certo que a autora resolveu juntá-los no final. Inicialmente, os dois formaram apenas uma dupla engraçada, havendo troca de farpas o tempo todo. Porém, com o tempo, a mãe de Léo Régis (Rafael Vitti) acabou despertando a paixão do atrapalhado paparazzi que infernizava a vida dos cantores da trama. Ana Beatriz Nogueira roubou a cena, como sempre, e Gabriel Louchard não poderia ter estreado melhor como ator.
Eurico e Silvana (A Força do Querer): O empresário que se julgava o sujeito mais esperto do mundo era na verdade o mais burro. Enganado por todos, era a principal vítima da esposa, que o fazia de trouxa a novela toda, gastando fortunas no jogo. Porém, o casal sempre foi muito apaixonado e o amor que os unia era visível. Apesar das várias discussões, os dois se amavam e queriam bem um ao outro. Humberto Martins e Lilia Cabral tiveram uma ótima parceria, mesmo em um núcleo que pecou pela repetição, andando em círculos boa parte da novela das nove.
Wolf e Diara (Novo Mundo): O homem branco que compra a escrava e se apaixona por ela. O clichê das tramas de época que envolvem escravidão esteve presente na novela das seis, destacando a sintonia entre Jonas Bloch e Sheron Menezzes. O romance tinha um quê de Xica da Silva e o par protagonizou belos momentos juntos.
Gordo e Eva (Rock Story): Após várias personagens cômicas seguidas, Alexandra Richter finalmente pôde exercer seu lado dramático na trama das sete. E, para culminar, fez uma ótima dupla com Herson Capri, rendendo cenas deliciosas entre o roqueiro sessentão e a psicóloga centrada. O relacionamento começou tímido, mas depois cresceu na reta final do folhetim.
Cecília e Libério (Novo Mundo): A novata Isabella Dragão estreou muito bem na trama das seis, protagonizando cenas de elevado grau de dramaticidade em virtude do sofrimento da sua personagem desde que assumiu o romance com o jornalista negro. Felipe Silcler também merece elogios e os dois formaram um lindo par.
Edinalva e Abel (A Força do Querer): O jogo de gato e rato dificilmente falha nas novelas. Desta vez não foi diferente. As brigas entre a mãe de Ritinha (Isis Valverde) e o pai de Zeca eram sempre hilárias e no final acabou virando amor. Zezé Polessa e Tonico Pereira são veteranos que sempre fazem de seus coadjuvantes grandes personagens. Brilharam.
Amália e Dr. Peter (Novo Mundo): Vanessa Gerbelli e Caco Ciocler não são figuras muito frequentes em novelas e os dois formaram um lindo casal na trama das seis. A desequilibrada mulher encontrou sua lucidez graças ao amor do médico que cuidou dela com imenso carinho. Os dois se destacaram a partir da metade da história e ganharam boas cenas.
Stefany e Léo Régis (Rock Story): O par impensável até então deu supercerto na reta final da novela das sete. O deslumbrado e arrogante Léo só conseguiu lembrar como era quando começou a conviver com a periguete do subúrbio, revivendo momentos marcantes de sua infância pobre. O cantor de sucesso acabou se encantando pela menina e os dois tiveram um justo final feliz. Giovanna Cordeiro e Rafael Vitti muito bem. A prepotência do astro pop foi aniquilada pelo amor de uma menina que não tinha vergonha de ser feliz com pouco.
Cecília e Gustavo (Carinha de Anjo): A trama de sucesso do SBT é uma graça de novela e um dos acertos é a delicadeza do romance central, através da clássica mocinha que larga a vida de noviça para viver ao lado do seu grande amor. Ele, por sinal, é pai da menina que foi criada como uma filha por ela, enquanto trabalhou no colégio católico interno, onde a linda Dulce Maria (Lorena Queiroz) morou durante anos. Bia Arantes e Carlo Porto formam um belo par.
Gilda e Haroldo (Rock Story): Suzy Rêgo e Paulo Betti fizeram uma deliciosa dobradinha na novela das sete e os dois eram responsáveis pela leve dose de comicidade do enredo. Porém, também protagonizaram cenas dramáticas difíceis com a descoberta do câncer de Nicolau e brilharam. Grandes atores.
Gui e Júlia (Rock Story): Apesar do erro de condução da autora Maria Helena Nascimento, deixando o casal protagonista junto quase a novela toda, sem conflitos e perdendo o destaque, Vladimir Brichta e Nathalia Dill tiveram uma bela sintonia em cena e protagonizaram ótimos momentos, com destaque para a declaração do roqueiro durante um show, deixando a mocinha emocionada.
Maria Teresa e Bulhosa (Filhos da Pátria): Que maravilhosa ideia juntar Fernanda Torres e Alexandre Nero. Bruno Mazzeo e Alexandre Machado acertaram em cheio ao colocá-los como protagonistas da série que retratou como o jeitinho brasileiro surgiu. Os dois divertiram do início ao fim e foram alguns dos atrativos dessa produção que não mereceu o fracasso.
Zózimo e Marli (Cidade Proibida): Ao contrário da série mencionada anteriormente, essa sim mereceu o fracasso. Com redação final de Mauro Wilson, a trama decepcionou e os dramas apresentados não despertaram a menor atenção. Porém, o casal formado por Vladimir Brichta e Regiane Alves foi um dos poucos acertos da trama. Os atores sempre se destacam em cena e não foi diferente no seriado.
Angélica e Ricardo (A Fórmula): Drica Moraes e Fábio Assunção tiveram uma gostosa sintonia na despretensiosa série de Marcelo Saback e Mauro Wilson. A cientista e o empresário deslumbrado com a riqueza formaram um par inusitado e divertido, sendo necessário citar Luisa Arraes quando fazia Angélica jovem.
Carolina e Evandro (Sob Pressão): Dois médicos que lutam bravamente pela vida dos seus pacientes e por condições melhores na saúde pública do país. Marjorie Estiano e Júlio Andrade formam um par incrivelmente real e que raramente têm momentos tranquilos juntos. Os dois se entregam totalmente em cena e têm química de sobra.
Maria Pia e Malagueta (Pega Pega): Em uma novela repleta de personagens rasos e casais principais insossos, o par composto por duas pessoas cheias de defeitos e desvios de caráter se sobressaiu. Mariana Santos e Marcelo Serrado esbanjaram química e o casal agradou logo no começo. Pena que a autora Claudia Souto só tenha desenvolvido a relação nas semanas finais. Mas, antes tarde do que nunca.
Agnaldo e Sandra Helena (Pega Pega): O par era um dos principais atrativos do começo da trama, mas a autora não soube desenvolvê-los e o relacionamento divertido acabou perdendo o destaque ao longo da novela. Sandra ainda criou uma paixonite sem sentido por Eric (Mateus Solano), deixando Agnaldo mais apagado no enredo. No entanto, mesmo com tantos erros na condução do par, a dupla sempre funcionou e a sintonia entre João Baldasserini e Nanda Costa foi ótima.
Guto e Benê (Malhação – Viva a Diferença): O melhor par da atual temporada. Cao Hamburger criou uma relação repleta de sensibilidade, onde a delicadeza do toque é a principal característica. A menina que odeia barulho e abraços se encantou pelo menino que ama cantar e não gosta de sexo como os outros garotos. Bruno Gadiol e Daphne Bozaski estão perfeitos e crescem juntos em cena. Não é à toa que o par ‘Gunê’ faz tanto sucesso.
Jota e Ellen (Malhação – Viva a Diferença): O segundo melhor casal da temporada. O amor platônico que o nerd sempre sentiu pela sua melhor amiga também nerd sempre foi um dos focos da história e somente agora o menino está sendo correspondido. Antes tudo ficava subentendido, com singelas trocas de olhares. Hall Mendes e Heslaine Vieira têm química de sobra e o par ‘Jotellen’ é uma graça. CDFs também se apaixonam.
Keyla e Tato (Malhação – Viva a Diferença): A primeira relação da trama de Cao, que sempre foi mais focada nas amizades do que em relacionamentos amorosos. O rapaz assumiu um filho que não era dele para ajudar sua melhor amiga de infância e, desde então, o amor se firmou. Mesmo diante das incertezas de Keyla e das brigas, o casal sempre esteve junto, nutrindo um sentimento verdadeiro. Gabriela Medvedovski e Matheus Abreu estão ótimos e têm um belo entrosamento.
Tina e Anderson (Malhação – Viva a Diferença): A relação é focada na luta contra o preconceito racial e social. A mãe da menina não tolera o romance da filha com um sujeito pobre e negro. Porém, mesmo diante de tantos obstáculos – incluindo uma viagem dela ao Japão -, os dois conseguem ficar juntos de uma forma ou de outra. Ana Hikari e Juan Paiva formam uma boa dupla.
Lica e Samantha (Malhação – Viva a Diferença): O casal acabou de ser formado e é uma grata surpresa. Em uma temporada cujo subtítulo é Viva a Diferença, nada mais apropriado. Manoela Aliperti e Giovanna Grigio estão ótimas juntas e o início dessa até então impensada relação vem encantando o público.
Reinaldo e Eunice (Tempo de Amar): O romance do médico com a empregada de Celeste Hermínia (Marisa Orth) é um dos poucos que desperta interesse em uma novela cujo título deveria ter uma leva de grandes pares. Cássio Gabus Mendes e Lucy Alves estão ótimos e crescem juntos em cena. Pena que aparecem pouco.
Bruno e Raquel (O Outro Lado do Paraíso); A novela das nove ainda está no começo, mas esse casal foi o primeiro a conquistar o público. O clichê do filho da patroa que se apaixona pela empregada da casa costuma funcionar, mas Walcyr Carrasco deixou o conjunto ainda melhor com uma passagem de dez anos, transformando a humilde menina em um poderosa juíza e o frouxo rapaz em um corajoso delegado. Érika Januza e Caio Paduan estão muito bem, transbordando química.
Josafá e Mercedes (O Outro Lado do Paraíso): Nenhum autor cria casal de veteranos melhor que Walcyr. E novamente o autor acerta com o lindo romance entre o avô de Clara (Bianca Bin) e a íntegra vidente. Que prazer ver os grandes Lima Duarte e Fernanda Montenegro com um merecido destaque e interpretando perfis tão bem construídos. A relação é linda de se ver e acompanhar.
Clara e Patrick (O Outro Lado do Paraíso): Sim, ainda é cedo. Afinal, o casal nem foi formado. Porém, Bianca Bin e Thiago Fragoso têm uma química gigantesca na trama das nove e a construção desse relacionamento está sendo feita de forma primorosa por Walcyr Carrasco. O amor surgindo através da amizade e da cumplicidade. Nada de paixão súbita. Tem sido uma delícia ver as cenas deles. E olha que nem beijo teve ainda…
O que não faltou foi casal para “shippar” em 2017. Tem opção para todos os gostos e sempre com atores talentosos compondo os pares. Que em 2018 o público tenha tantas opções quanto, pois ninguém resiste a um bom romance para torcer.
SÉRGIO SANTOS é apaixonado por televisão e está sempre de olho nos detalhes, como pode ser visto em seu blog. Contatos podem ser feitos pelo Twitter ou pelo Facebook. Ocupa este espaço às terças e quintas