Restam Viva e Globoplay: 10 novelas que o Vale a Pena Ver de Novo perdeu

Uga Uga

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A maioria dos grandes sucessos da história da Globo já foi reprisada na TV aberta, no Vale a Pena Ver de Novo ou em outra faixa (pela manhã, tarde ou noite). No entanto, há aquelas novelas que – curiosamente – poderiam ter feito bonito na reprise, mas seus repetecos nunca aconteceram.

Relaciono 10 desses títulos, considerando um corte de vinte anos, do início dos anos 1980 ao início dos anos 2000, novelas cujos retornos são mais prováveis no Viva ou no Globoplay.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Uga Uga (2000-2001)

Babaduaê-auê-auê…

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

LEIA TAMBÉM!

Um sucesso do autor Carlos Lombardi nunca reprisado na TV aberta. Seria pelo texto, repleto de conotações sexuais, aliado a corpos desnudos e desinibidos? Essa talvez seja a teoria mais provável.

A interpretação de Cláudio Heinrich estava praticamente na bunda, mas como julgar? Até porque fez o maior sucesso! Adorava as confusões da aeromoça muambeira Brigitte, vivida pela saudosa Betty Lago.

Louco Amor (1983)

Nosso louco amor está em seu olhar
Quando o adeus vem nos acompanhar…

A novela que Gilberto Braga não gostou foi um grande sucesso popular. “O nome dela é Agetilde Rocha!“, todos comentavam no dia seguinte à exibição da revelação que abalou a trama da vilã Renata Dumont (Tereza Rachel).

A história não passava de um folhetim típico das novelas mexicanas, mas com a assinatura sofisticada de Gilberto, um elenco bonito e bem escalado, e uma produção moderna e esmerada.

Transas e Caretas (1984)

Ponha o pé na Lua e descubra que o futuro está perto…

Você sabia? A abertura fazia merchan do videogame Atari 2600, recém-lançado no Brasil na época e que acabou se tornando um ícone da década de 1980. O autor Lauro César Muniz aproveitava a repercussão do romance futurista “1984”, de George Orwell (publicado em 1949), em evidência na ocasião.

O charme da novela estava no conflito e no contraponto entre o universo antigo e conservador de Jordão (Reginaldo Faria) e o futurista de Thiago (José Wilker) – que possuía um robozinho, Alcides, nome em referência ao robô-computador Hal 9000 do filme 2001, uma Odisseia no Espaço.

Corpo a Corpo (1984-1985)

Eu me escorrego no seu corpo, eu vendo a alma ao diabo
Só pra sentir o seu gosto…

A princípio parecia que Eloá (Débora Duarte) estava fazendo um pacto com o diabo em pessoa (Flávio Galvão) para ascender profissionalmente, mas tudo não passava de uma emaranhada teia de vingança armada por outra personagem, Tereza (Glória Menezes).

Gilberto Braga estava coberto de razão quando reclamava que, nas referências às suas melhores novelas, Corpo a Corpo nunca era lembrada. Essa ele gostava!

Hipertensão (1986-1987)

Tomara que a cidade possa ter a cara alegre, o gosto do prazer…

Um feijão com arroz honesto da autora Ivani Ribeiro. Ainda que nada tivesse a ver com o horário das sete – ao meu ver, um erro de cálculo da Globo -, já que a produção tinha todas as características de uma novelinha das seis daquela época.

O melhor mesmo era a trilha sonora, tanto a nacional – deliciosa – quanto a internacional, recheada de hits das FMs da época. Papa don´t preach!

Perigosas Peruas (1992)

Morde, assopra, agita e usa, rala e rola, enxágua, enxuga
Perua!

Dando continuidade à linha anárquica de Bebê a Bordo (seu trabalho anterior), Carlos Lombardi, dessa vez, seguiu um fio condutor de história mais objetivo. Vera Fischer vivia, na ocasião, um bom momento na carreira, com peça e filme de sucesso.

Nair Bello, como a mamma Gema, arrancou gargalhadas. A família de mafiosos disfuncionais – os Torremolinos – foi outro destaque, com a luxuosa participação de Cassiano Gabus Mendes, como ator.

Cara e Coroa (1995-1996)

Pelos teus olhos eu posso ver que você linda pensa em mim…

A troca de lugar entre sósias – um clássico do folhetim eternizado pela Usurpadora da Televisa – tinha aqui mais uma das várias versões brasileiras. O know-how técnico adquirido com Mulheres de Areia era “replicado” (trocadilho irresistível) nesta nova produção do diretor Wolf Maya.

De quebra, um elenco bonito e uma cidadezinha litorânea paradisíaca – Porto do Céu -, marcas do autor Antônio Calmon.

Salsa e Merengue (1996-1997)

Asi es Maria, blanca como el dia
Pero es veneno si te quieres enamorar…

A melhor das novelas criadas por Miguel Falabella (escrita com a parceria de Maria Carmem Barbosa) nunca foi reprisada, nunca entendi por quê.

Débora Bloch, como a divertida ricaça Theodora Bentes da Gama, dava um show a cada capítulo. Com ela, uma galeria de personagens pitorescos, próprios do universo de Falabella.

Andando nas Nuvens (1999)

Eu sou gulosa e quero tudo que você pode dar…

Não foi um grande sucesso, mas Marco Nanini viveu um de seus melhores personagens em novelas: o desmemoriado Otávio Montana, que sai do coma após décadas e encontra um mundo completamente diferente do que vivia, tendo de se adaptar a novas tecnologias e condutas de sociedade – um prato cheio para situações inusitadas e divertidas.

Amava a hilária dupla Lúcia Helena e Judith (Júlia Lemmertz e Nicette Bruno), ex-mulher e mãe do protagonista Chico Mota (Marcos Palmeira).

Um Anjo Caiu do Céu (2001-2002)

Eu nem vejo a hora de lhe dizer aquilo tudo que eu decorei…

Uma trama leve, bem costurada por Antônio Calmon, que – pasme! – não ambientou sua história em uma cidadezinha praiana, repleta de surfistas e garotada. Dessa vez, o foco foi uma faculdade de moda.

Tarcisão e Caio Blat formavam uma ótima dupla. Christiane Torloni, como a risível vilã Laila de Montaltino, e Cássio Gabus Mendes, como o falso estilista Selmo de Windsor, faziam tudo vale a pena.

Autor(a):

Sair da versão mobile