Um dos maiores clássicos da teledramaturgia nacional, Dancin’ Days foi resgatada em fevereiro desse ano pelo Globoplay. A plataforma disponibilizou todos os capítulos da obra de Gilberto Braga, que é estrelada por Sonia Braga, Joana Fomm e Gloria Pires.
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Mas, apesar de a novela ter sido um dos principais trabalhos da carreira de Sonia Braga (na foto acima, no filme Bacurau), a estrela acabou processando a Globo justamente por causa da trama. A atriz se sentiu prejudicada por uma atitude do canal e tratou de levar o caso à Justiça.
Processo
Tudo aconteceu em 2014, quando o canal Viva exibiu Dancin’ Days em sua programação. O folhetim entrou na faixa da meia-noite que, na época, era dedicada aos grandes clássicos da teledramaturgia. A trama entrou na vaga de Água Viva, também escrita por Gilberto Braga.
Apesar de ter sido muito celebrada pelos fãs, a volta da novela não agradou Sonia Braga. A atriz entrou com um processo contra a Globo, alegando que não recebeu os direitos de imagem referentes ao repeteco.
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De acordo com o portal R7, em matéria publicada em novembro de 2014, a atriz entrou com uma ação contra a emissora na 10ª Vara Cível do Rio de Janeiro, cobrando os seus direitos de imagem e exigindo uma indenização.
“Exilada cultural”
Em 2016, Sonia Braga falou à revista Elle sobre o assunto. Ela afirmou que se sentia uma “exilada cultural” no Brasil.
“Eu sofro quando reprisam algo que fiz e não me pagam. Processei a Globo por isso. Há muitos anos, eu passei a ser uma exilada cultural. Ao mesmo tempo que sou uma representante do Brasil, não me chamavam para trabalhar”, cravou.
No entanto, Sonia Braga acabou perdendo a ação. O processo foi finalizado em 2018, quando a Justiça alegou que a atitude da atriz foi precipitada, já que a Globo estava dentro do prazo legal para pagar os direitos de imagem pela reprise.
Grande sucesso
Considerada uma das obras-primas de Gilberto Braga, Dancin’ Days conta a história de Julia Matos (Sonia Braga), jovem que foi presa ao atropelar e matar um homem, acidentalmente, em meio a uma confusão armada por um assalto a banco. Ela passou 11 anos na prisão por conta do acontecido.
Ao deixar a carceragem, Julia só pensa em uma coisa: reencontrar a filha, Marisa (Gloria Pires), que tinha apenas quatro anos quando ela foi presa. A jovem foi criada pela ricaça Yolanda Pratini (Joana Fomm), irmã de Julia.
Mas Yolanda, que sempre teve inveja de Julia, faz de tudo para afastar Marisa da mãe. Enquanto isso, a ex-presidiária tenta se reerguer e reconquistar o amor de sua filha.
O folhetim fez um enorme sucesso e ditou moda em 1978. A boate que dava nome à trama, onde aconteciam as antológicas sequências em que Julia dançava, ajudou a popularizar a discoteca no Brasil. O figurino criado por Marília Carneiro, com meias soquetes de lurex coloridas sobre sandálias de salto alto fino, além da calça jogging vermelha de cetim com listras laterais, foi uma febre.