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O Globoplay disponibilizou, na última segunda-feira (23), a novela Lua Cheia de Amor, de Ricardo Linhares, Ana Maria Moretzsohn e Maria Carmem Barbosa, originalmente exibida entre 1990 e 1991 e nunca reprisada.
Confira 7 curiosidades sobre a produção:
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Remake disfarçado
Lua Cheia de Amor era uma reedição disfarçada da novela Dona Xepa (1977). Nesta nova versão da peça de Pedro Bloch, a história foi adaptada para a realidade da época (1990) e para o horário das sete.
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Nomes de personagens foram alterados e novas tramas incluídas, bem como outros entrechos e desfechos. A feirante Xepa da década de 1970 (vivida por Yara Côrtes) passou a ser a camelô Genu, na pele de Marília Pêra.
Gilberto Braga, o adaptador de Dona Xepa em 1977, atuou em Lua Cheia de Amor como supervisor de texto de Ricardo Linhares, Ana Maria Moretzsohn e Maria Carmem Barbosa.
A peça Dona Xepa inspirou ainda uma outra versão, em 2013, pela Record TV, adaptada por Gustavo Reiz, com Ângela Leal como a protagonista.
Outra protagonista
Lua Cheia de Amor era para ser protagonizada por Joana Fomm, que foi preterida pelo sucesso internacional de Marília Pêra.
Sorte de Joana, que foi escalada para Vamp, a atração seguinte para o horário das sete, que fez mais sucesso que Lua Cheia de Amor.
Translumbrante
O humor marcou a novela por meio da hilária personagem vivida por Arlete Salles, em uma criação inesquecível: Kika Jordão, a cafona emergente que sonhava em entrar para a alta sociedade e era fã incondicional da socialite Laís Souto Maia, vivida por Susana Vieira.
Seus planos para se aproximar de Laís e forçar uma amizade, sua mania de se referir a todos como “fofa” e “fofo”, e seu bordão “Translumbrante!” caíram no gosto do público.
Em 2015, Arlete reviveu seus tempos de Kika Jordão na novela Babilônia, em que sua personagem Consuelo tenta se aproximar de sua “ídala” Susana Vieira (a própria atriz, em uma participação), usando os mesmos trejeitos e o bordão “Translumbrante!”.
Era para ser às 6
A princípio, Lua Cheia de Amor estava cogitada para a faixa das 18 horas, em substituição a Barriga de Aluguel, enquanto a nova novela das sete (substituindo Mico Preto) seria Perigosas Peruas, de Carlos Lombardi.
Os planos mudaram: Lua Cheia de Amor entrou no lugar de Perigosas Peruas, que, por sua vez, foi adiada e só estreou em 1992.
Demorou para engrenar
Como afirmou Ricardo Linhares em entrevista:
“A novela demorou um pouco para engrenar. Por inexperiência, abrimos tramas paralelas demais no início. A partir da entrada de Francisco Cuoco, que fazia o marido malandrão da Genu [Marília Pêra], que havia a abandonado, a trama deslanchou”.
Afinidade com a Espanha
A novela foi produzida em parceria com a Radio Televisión Española (RTVE) e a Radiotelevisione Svizzera Italiana (RSI, antiga Televisione Svizzera di Lingua Italianae),
Assim sendo, teve cenas gravadas em Madrid, Segóvia, Toledo e Barcelona, na Espanha. Além de dar apoio às gravações de externas, a RTVE transmitiu a novela no país (com o título Dime Luna) apenas dois meses após o início da exibição no Brasil, tempo necessário para a dublagem dos diálogos.
Também a fim de despertar uma afinidade com a Espanha, a protagonista Genu era filha de espanhóis, era casada com um espanhol, Diego (Francisco Cuoco), e seus filhos se chamavam Rodrigo (Roberto Bataglin) e Mercedes (Isabela Garcia).
A trilha sonora teve canções dos espanhóis Julio Iglesias e Ana Belén, além de Roberto Carlos cantando em espanhol.
Abertura à la Miranda
Apesar das referências espanholas, a abertura da novela não poderia ser mais brasileira. Ao som da música “La Miranda” (de Rita Lee e Roberto de Carvalho), uma Carmem Miranda usava um chapéu com produtos de camelô no lugar das frutas características da atriz e cantora.
Para representá-la, foi escolhida a atriz Maria Sita, que já havia aparecido como Carmem Miranda na minissérie A, E, I, O… Urca, naquele ano (1990).
AQUI tem tudo sobre Lua Cheia de Amor: trama, elenco completo, personagens, trilha sonora e mais curiosidades.