CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Tentando driblar o fiasco das duas últimas edições de No Limite, a Globo promoveu mudanças na atual temporada do reality show de aventura. A atração perdeu o tom de gincana e adotou uma atmosfera mais documental, o que lhe deu uma nova roupagem.
Fernando Fernandes em No Limite (Mauricio Fidalgo / Globo)No entanto, a atual “cara” de No Limite não é nova. O programa ficou muito parecido com A Ponte: The Bridge Brasil, reality show da HBO Max. E a semelhança não é por acaso, já que as duas atrações são dirigidas pelo mesmo profissional.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Sai Boninho, entra Rodrigo
Anteriormente, era Boninho, diretor dos reality shows na Globo, o responsável por tocar os trabalhos de No Limite. Porém, o “big boss” ficou de fora da atual edição. Com o fiasco das temporadas anteriores, a emissora optou por injetar sangue novo na atração. Mas, oficialmente, o canal nega: diz apenas que, desta vez, a produção ficou a cargo da Endemol, e que isso já estava previsto em contrato.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
LEIA TAMBÉM!
Seja lá qual foi a real razão da saída de Boninho, fato é que a atual edição de No Limite conta agora com a direção de Rodrigo Giannetto, que toca os trabalhos ao lado de Vivian Alano e Padu Estevão. A nova equipe foi contratada pela própria Endemol.
Na tela, a mudança de direção ficou nítida. O atual No Limite tem um ar mais documental, que explora a paisagem da Amazônia por meio de recursos imersivos. Além disso, o programa ganhou uma nova estética e novos elementos, bem diferentes das temporadas anteriores.
Leia também: Se arrependeu? Em crise, rival do City perdeu chance de ter Haaland
Remake disfarçado?
No ano passado, a HBO Max lançou o reality show A Ponte: The Bridge Brasil. A atração era focada em um grupo de pessoas que precisava construir uma ponte para alcançar um valor em dinheiro. O programa tinha a presença de famosos, como Danielle Winits, Polly Marinho, Badauí e Suyane Moreira.
Para quem assistiu A Ponte, é impossível não estabelecer uma conexão com o atual No Limite. Afinal, o programa da Globo faz uso do mesmíssimo tom documental adotado pela atração da HBO Max.
Além disso, assim como A Ponte, o novo No Limite também atribui títulos para cada episódio. Os grafismos e a maneira como os créditos são dispostos na tela são praticamente idênticos, bem como a maneira como os depoimentos dos participantes são mostrados, de forma a explorar a paisagem ao fundo.
Aliás, a apresentação dos participantes, costurada em meio à ação do jogo, também ficou bastante parecida ao que foi visto em A Ponte. Até mesmo as entradas de Fernando Fernandes nos momentos em que o apresentador não interage com os participantes remete à participação de Murilo Rosa no comando do reality da HBO.
Assinatura
As semelhanças não são mera coincidência. Atual diretor de No Limite, Rodrigo Giannetto também respondeu pela direção de A Ponte: The Bridge Brasil. O profissional, como se vê, tem uma assinatura forte, e tratou de deixar isso bem claro em No Limite.
O estilo, vale ressaltar, funciona bem em No Limite, já que consegue passar ao público a sensação da dificuldade enfrentada pelos participantes em meio às adversidades da floresta amazônica. É o que se espera de um reality de aventura, e que o No Limite não vinha entregando. Na verdade, sob a gestão Boninho, o programa mais parecia aqueles games externos que Celso Portiolli comandava no extinto Curtindo uma Viagem (2001), do SBT.
Sendo assim, a Globo acertou ao mudar o comando de No Limite. É uma tentativa válida de dar um gás ao desgastado formato, que não conseguiu dizer a que veio desde a sua retomada, em 2021.