Relembre a minissérie Memórias de um Gigolô e outras 7 produções ambientadas na década de 20
08/08/2017 às 9h00
Num longínquo 8 de agosto de 1986, a Globo exibia o último capítulo de Memórias de um Gigolô, minissérie de Marcos Rey (adaptada do romance deste) e Walter George Durst, dirigida por Walter Avancini.
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No centro da trama, o aprendiz de gigolô Mariano (Lauro Corona), que vivia uma situação sem posses ou sentimentos de culpa e traição, com a prostituta Lu (Bruna Lombardi) e com Esmeraldo (Ney Latorraca), seu mentor. O comportamento dos três condizia com o ambiente liberal em que viviam: o bordel de madame Iara (Elke Maravilha), por onde circularam também personagens de 20 contos independentes, criados pelo diretor, que se interligavam ao fio condutor em cada um dos 20 episódios da produção.
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Em 1925, uma seca devastadora obriga nordestinos a emigraram para regiões como a promissora Ilhéus. E uma vez na região em expansão graças ao cacau, Gabriela (Sônia Braga) conhece Nacib (Armando Bógus). O romance que norteia Gabriela, de Jorge Amado, adaptada por Walter George Durst em 1975, dividiu as atenções do público com a feminista Malvina (Elizabeth Savala estreando), que se nega a aceitar um casamento arranjado. Ainda, a nova política de Mundinho Falcão (José Wilker).
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A interiorana Marina (Susana Vieira) se vê atormentada pelo fantasma da primeira mulher de seu marido, o magnata Roberto Stein (Rubens de Falco). A criada Juliana (Nathalia Timberg) mantém viva a alma da falecida esposa. Aos poucos, Marina, A Sucessora – da obra de Carolina Nabuco convertida em novela por Manoel Carlos -, descobre que a tão cultuada senhora não é nada daquilo que pintam… Exibido em 1978, o folhetim trazia na abertura cartões-postais românticos da década de 20.
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Também uma adaptação – de Benedito Ruy Barbosa para a obra de Ribeiro Couto – Cabocla (1979) expunha a ferrenha disputa política dos coronéis Boanerges (Cláudio Corrêa e Castro) e Justino (Gilberto Martinho) pelo poder na pacata Vila da Mata. Ainda, o romance da caboclinha Zuca (Glória Pires) com o “tísico” Luís Jerônimo (Fábio Jr). No remake da produção, em 2004, o autor e suas filhas, colaboradoras, transferiram a ação para 1918: a novela anterior já retratava os anos 20.
O casal Catarina Batista (Adriana Esteves) e Julião Petrucchio (Eduardo Moscovis) arrebatou os telespectadores de O Cravo e a Rosa (2000). Ela, feminista ferrenha; ele, machão inveterado. Por conveniência, os dois se casam – Catarina para deixar o caminho livre para a irmã caçula, Bianca (Leandra Leal), que só poderá subir ao altar depois da primogênita; Petrucchio, para salvar sua fazenda da falência, usando do dote. Entre os dois, a maléfica Marcela (Drica Moraes).
Autor da trama anterior, Walcyr Carrasco voltaria à década de 20 com Chocolate com Pimenta (2003). Na bucólica Ventura, Ana Francisca (Mariana Ximenes) é humilhada pelos colegas de colégios, incluindo seu amado Danilo (Murilo Benício). Grávida e desamparada, ela aceita se unir ao amigo Ludovico (Ary Fontoura). Volta ao lugarejo anos depois, viúva, para fechar a fábrica de chocolates que sustenta todos ali, vingando-se daqueles que a humilharam um dia…
Um Só Coração (2004) revisitou aos anos 20, e a trajetória da cidade de São Paulo, sob o ponto de vista cultural. A minissérie recriou a Semana de Arte Moderna, que escandalizou a sociedade local. Entre os expoentes do movimento que tiveram suas vidas e obras reconstituídas as pintoras Tarsila do Amaral (Eliane Giardini) e Anita Malfatti (Betty Gofman) e os escritores Mário de Andrade (Pascoal da Conceição), Menotti del Picchia (Ranieri Gonzales) e Oswald de Andrade (José Rubens Chachá).
Os amorais Isabel D’Ávila (Patrícia Pillar) e Augusto de Valmont (Selton Mello) se enroscam num jogo de sedução que acaba por atingir Cecília (Alice Wegmann), a prometida de Heitor (Leopoldo Pacheco). Para vingar-se do amante, Isabel convence Augusto a desvirginar a jovem, apaixonada por Felipe (Jesuíta Barbosa). Valmont também envolve Mariana (Marjorie Estiano), uma carola casada. Ligações Perigosas (2016) marcou a estreia de Manuela Dias como autora titular.