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Rejeitada pelo público, primeira novela de Vera Fischer ganha nova chance da Globo

Vera Fischer em Espelho Mágico

Vera Fischer em Espelho Mágico

Ao longo de quase cinco décadas de carreira nas novelas, Vera Fischer esteve em diversos sucessos da Globo. Mas a primeira trama em que a atriz participou na emissora não foi bem-sucedida.

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Estamos falando de Espelho Mágico, exibida entre junho e dezembro de 1977, que nunca foi reprisada pelo canal e voltará em janeiro no Globoplay.

Estreia

Vera Fischer ficou nacionalmente conhecida ao ser eleita Miss Brasil em 1969. Após algumas participações no cinema, ela chegou à televisão somente em 1977, justamente em Espelho Mágico.

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Na novela de Lauro César Muniz, ela viveu Diana Queiroz, uma ex-Miss Brasil e atriz de pornochanchada. A garota tinha como meta mudar o rumo de sua carreira e, para isso, buscou o apoio de Vicente (Milton Moraes).

Espelho Mágico tinha uma novela dentro da novela, Coquetel de Amor, e Diana era uma das estrelas dessa trama, vivendo a personagem Débora.

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Além dela, outro ator que faria história na emissora também estreava nas produções globais: Tony Ramos, vindo da Tupi.

Rejeição

Glória Menezes e Tarcísio Meira em Espelho Mágico

Inovadora demais para a época, a trama queria mostrar ao público como eram os bastidores da produção de uma novela e os problemas enfrentados pelos artistas que, no final das contas, são gente como a gente.

Dessa forma, o público via o dia a dia das estrelas, como Tarcísio Meira e Glória Menezes, e seus papéis em Coquetel de Amor, respectivamente Diogo Maia e Leila Lombardi.

A produção ainda mostrou os bastidores da montagem de uma peça de teatro, Cyrano de Bergerac, e do teatro de revista.

No entanto, a ideia do autor não deu certo e a novela derreteu a audiência da Globo, que já reinava absoluta naquela época.

Não rolou

Tony Ramos e Sônia Braga em Espelho Mágico

Por incrível que pareça, o público queria saber mais o que ia acontecer em Coquetel do Amor do que conferir a realidade dos artistas.

Em seu livro O Circo Eletrônico, o diretor Daniel Filho reconheceu o erro:

“Hoje, para mim, é claro que, para fazer uma paródia revelando os truques a que recorríamos para fazer as novelas, devíamos utilizar outros gêneros que não a própria novela. Foi uma queda de quase 20 pontos na audiência, numa época em que a TV Globo era a dona absoluta no horário. (…) Possivelmente, se tivéssemos feito uma novela sobre os heróis da televisão sem expor os seus defeitos, o resultado não tivesse sido tão repudiado”, explicou.

Os poucos capítulos que restaram da novela poderão ser conferidos pelo público através do projeto Fragmentos, do Globoplay, a partir do dia 20 de janeiro.

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