FRAGMENTOS

Rejeitada pelo público, primeira novela de Vera Fischer ganha nova chance da Globo

31/12/2024 às 16h51

Por: Thais Milena
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Vera Fischer em Espelho Mágico

Ao longo de quase cinco décadas de carreira nas novelas, Vera Fischer esteve em diversos sucessos da Globo. Mas a primeira trama em que a atriz participou na emissora não foi bem-sucedida.

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Estamos falando de Espelho Mágico, exibida entre junho e dezembro de 1977, que nunca foi reprisada pelo canal e voltará em janeiro no Globoplay.

Estreia

Vera Fischer ficou nacionalmente conhecida ao ser eleita Miss Brasil em 1969. Após algumas participações no cinema, ela chegou à televisão somente em 1977, justamente em Espelho Mágico.

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Na novela de Lauro César Muniz, ela viveu Diana Queiroz, uma ex-Miss Brasil e atriz de pornochanchada. A garota tinha como meta mudar o rumo de sua carreira e, para isso, buscou o apoio de Vicente (Milton Moraes).

Espelho Mágico tinha uma novela dentro da novela, Coquetel de Amor, e Diana era uma das estrelas dessa trama, vivendo a personagem Débora.

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Além dela, outro ator que faria história na emissora também estreava nas produções globais: Tony Ramos, vindo da Tupi.

Rejeição

Glória Menezes e Tarcísio Meira em Espelho Mágico
Glória Menezes e Tarcísio Meira em Espelho Mágico

Inovadora demais para a época, a trama queria mostrar ao público como eram os bastidores da produção de uma novela e os problemas enfrentados pelos artistas que, no final das contas, são gente como a gente.

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Dessa forma, o público via o dia a dia das estrelas, como Tarcísio Meira e Glória Menezes, e seus papéis em Coquetel de Amor, respectivamente Diogo Maia e Leila Lombardi.

A produção ainda mostrou os bastidores da montagem de uma peça de teatro, Cyrano de Bergerac, e do teatro de revista.

No entanto, a ideia do autor não deu certo e a novela derreteu a audiência da Globo, que já reinava absoluta naquela época.

Não rolou

Tony Ramos e Sônia Braga em Espelho Mágico
Tony Ramos e Sônia Braga em Espelho Mágico

Por incrível que pareça, o público queria saber mais o que ia acontecer em Coquetel do Amor do que conferir a realidade dos artistas.

Em seu livro O Circo Eletrônico, o diretor Daniel Filho reconheceu o erro:

“Hoje, para mim, é claro que, para fazer uma paródia revelando os truques a que recorríamos para fazer as novelas, devíamos utilizar outros gêneros que não a própria novela. Foi uma queda de quase 20 pontos na audiência, numa época em que a TV Globo era a dona absoluta no horário. (…) Possivelmente, se tivéssemos feito uma novela sobre os heróis da televisão sem expor os seus defeitos, o resultado não tivesse sido tão repudiado”, explicou.

Os poucos capítulos que restaram da novela poderão ser conferidos pelo público através do projeto Fragmentos, do Globoplay, a partir do dia 20 de janeiro.

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