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Rejeição: novela que derreteu Ibope da Globo voltará em janeiro

27/12/2024 às 17h17

Por: Thell de Castro
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Glória Menezes em Espelho Mágico

A partir de 20 de janeiro, o público poderá ver no Globoplay, mesmo que em poucos capítulos, uma novela das oito que foi rejeitada pelo público, mas ficou marcada pela inovação.

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Estamos falando de Espelho Mágico, exibida originalmente entre junho e dezembro de 1977 e que nunca foi reprisada pela Globo.

Fragmentos

Vera Fischer em Espelho Mágico
Vera Fischer em Espelho Mágico

Escrita por Lauro César Muniz, a trama tinha um elenco de peso, contando com Tarcísio Meira, Glória Menezes, Juca de Oliveira, Lima Duarte, Yoná Magalhães e Sônia Braga, entre outros. Além disso, foi a primeira novela de Tony Ramos e Vera Fischer na Globo.

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A produção buscava desmistificar os artistas e contava tudo que acontecia nos bastidores da própria televisão, contando com uma novela dentro da novela, Coquetel de Amor. Os personagens também montaram uma peça de teatro, Cyrano de Bergerac.

Infelizmente, dos 150 capítulos originalmente produzidos, restaram apenas seis nos arquivos da emissora, que poderão ser vistos pelo público. A informação foi antecipada pelo colunista Duh Secco em seu site.

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Rejeição

Tony Ramos e Sônia Braga em Espelho Mágico
Tony Ramos e Sônia Braga em Espelho Mágico

Apesar de ter sido bastante inovadora (ou por conta disso), Espelho Mágico entrou na lista dos maiores desastres da faixa das oito da Globo, tendo sido rejeitada pelos telespectadores, que queriam saber o que ia acontecer em Coquetel de Amor e não ligavam muito para os bastidores da vida dos artistas.

Numa época em que a Globo praticamente dominava os índices de audiência, a queda no Ibope chegou a 20 pontos.

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“Hoje, para mim, é claro que, para fazer uma paródia revelando os truques a que recorríamos para fazer as novelas, devíamos utilizar outros gêneros que não a própria novela. Foi uma queda de quase 20 pontos na audiência, numa época em que a TV Globo era a dona absoluta no horário”, escreveu o diretor Daniel Filho em seu livro O Circo Eletrônico.

“Possivelmente, se tivéssemos feito uma novela sobre os heróis da televisão sem expor os seus defeitos, o resultado não tivesse sido tão repudiado. Às vezes, a novela não tem solução, fica se arrastando até o final. Espelho Mágico não tinha solução, a não ser terminar o mais breve possível”, completou.

Em depoimento ao livro A Seguir, Cenas do Próximo Capítulo, de André Bernardo e Cíntia Lopes, Lauro César Muniz disse que foi chamado na sala de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, para perguntar como a novela terminaria.

Quando o autor tentou argumentar dizendo que daria o final que o público queria, o diretor disparou: “O que o público quer é que essa novela termine logo”.

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