FRAGMENTOS

Rejeição: novela que derreteu Ibope da Globo volta na semana que vem

Glória Menezes em Espelho Mágico

Glória Menezes em Espelho Mágico

Na próxima segunda (20), o público ver os sete capítulos que sobraram de uma novela das oito que foi rejeitada pelo público e derreteu os índices de audiência da Globo.

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Inovadora demais para a época em que foi exibida, entre junho e dezembro de 1977, Espelho Mágico será disponibilizada aos assinantes do Globoplay através do Projeto Fragmentos.

Escrita por Lauro César Muniz, a trama tinha um elenco estelar, composto por nomes como Tarcísio Meira, Glória Menezes, Juca de Oliveira, Lima Duarte, Yoná Magalhães e Sônia Braga, entre outros.

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Além disso, a produção marcou a estreia de Tony Ramos e Vera Fischer na Globo.

Espelho Mágico buscava desmistificar os artistas e contava tudo que acontecia nos bastidores da própria televisão, contando com uma novela dentro da novela, Coquetel de Amor. Os personagens também montaram uma peça de teatro, Cyrano de Bergerac.

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Desastre

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Só que o público não comprou a iniciativa, pouco se importando para os dramas vividos pelos artistas em suas vidas reais. Muita gente só queria saber o que ia acontecer em Coquetel de Amor.

Numa época em que a Globo praticamente dominava os índices de audiência, a queda no Ibope foi brutal.

“Hoje, para mim, é claro que, para fazer uma paródia revelando os truques a que recorríamos para fazer as novelas, devíamos utilizar outros gêneros que não a própria novela. Foi uma queda de quase 20 pontos na audiência, numa época em que a TV Globo era a dona absoluta no horário”, escreveu o diretor Daniel Filho em seu livro O Circo Eletrônico.

“Possivelmente, se tivéssemos feito uma novela sobre os heróis da televisão sem expor os seus defeitos, o resultado não tivesse sido tão repudiado. Às vezes, a novela não tem solução, fica se arrastando até o final. Espelho Mágico não tinha solução, a não ser terminar o mais breve possível”, completou.

Em depoimento ao livro A Seguir, Cenas do Próximo Capítulo, de André Bernardo e Cíntia Lopes, Lauro César Muniz disse que foi chamado na sala de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, para perguntar como a novela terminaria.

Quando o autor tentou argumentar dizendo que daria o final que o público queria, o diretor disparou: “o que o público quer é que essa novela termine logo”.

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