Quem acompanha uma novela geralmente quer ver um casal com bastante química lutando para ser feliz, uma vilã e um vilão, de preferência bem malvados, fazendo de tudo para atrapalhar, e núcleos secundários que garantam consistência para a trama, incluindo bom humor.
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Essa, basicamente, é a receita de uma boa novela. Parece fácil, mas, evidentemente, não é.
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Rejeição
Ambos começaram a novela traindo seus pares, Mavi (Chay Suede) e Luma (Agatha Moreira), o que faz muita gente torcer pelos vilões.
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Nos últimos anos, por diferentes motivos, o público também rejeitou casais como Sol (Deborah Secco) e Tião (Murilo Benício), em América (2005); Helena (Taís Araújo) e Marcos (José Mayer), em Viver a Vida; Morena (Nanda Costa) e Théo (Rodrigo Lombardi), em Salve Jorge (2012); e Laerte (Gabriel Braga Nunes) e Luiza (Bruna Marquezine), na famigerada Em Família (2014).
Picolé de chuchu
Existem casos de casais protagonistas que são poucos (ou nada) lembrados pelo público. Sem qualquer química, não conquistaram o público.
Coincidentemente, em dois casos estão Paolla Oliveira: Pedro (Eriberto Leão) e Marina, em Insensato Coração (2011); e Paloma e Bruno (Malvino Salvador), em Amor à Vida (2013). Nas duas tramas, os coadjuvantes se destacaram mais.
Em Êta Mundo Bom! (2016), o protagonista Candinho (Sérgio Guizé) era cheio de carisma, mas seu par romântico, Filó (Débora Nascimento), não conquistou o público. Neste caso, Celso (Rainer Cadete) e Maria (Bianca Bin) viraram os queridinhos do público.
Nada feito
O público também não engoliu o romance insosso de Helô (Cláudia Abreu) e Pedro (Reynaldo Gianecchini), em A Lei do Amor (2016), bem como, antes disso, Romero Rômulo (Alexandre Nero) e Tóia (Vanessa Giácomo), em A Regra do Jogo (2015). Babilônia (2015) conseguiu fazer o público rejeitar as três protagonistas.
Casos de protagonistas que não conquistaram o público sempre existiram nas novelas, visto que alterações já eram realizadas nos primórdios da televisão, nos anos 1960.
Mas, aparentemente, se intensificaram nos últimos anos. Alguma coisa está errada e a Globo parece que ainda não aprendeu a lição.