Há 26 anos, no dia 3 de julho de 1995, a Globo colocava no ar uma das melhores novelas já escritas por Manoel Carlos. História de Amor foi a última trama do autor antes de migrar definitivamente para a faixa das oito, onde fez sucessos como Laços de Família e Mulheres Apaixonadas.
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Confira abaixo cinco curiosidades dos bastidores da produção:
Mudanças na trama
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Exibida entre 2000 e 2001, Laços de Família tinha como um de seus principais motes a paixão de mãe e filha pelo mesmo homem. Mas essa trama poderia até não ter existido se a sinopse original de História de Amor tivesse sido produzida como previsto.
A trama inicial foi alterada pela emissora por determinação do Ministério da Justiça, em virtude do horário de exibição. Maneco havia criado um triângulo amoroso envolvendo Carlos (José Mayer), Helena (Regina Duarte) e sua filha Joyce (Carla Marins). No entanto, quando ficou sabendo que sua obra seria exibida às seis, modificou o enredo – segundo ele, antes mesmo da decisão do Ministério.
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Carlos acabou sendo disputado por Helena, Sheila (Lília Cabral) e Paula (Carolina Ferraz). Sendo assim, a trama da mãe e filha que disputam um mesmo amor acabou ficando para alguns anos depois, nos papeis de Helena (Vera Fischer), Camila (Carolina Dieckmann) e Edu (Reynaldo Gianecchini).
Estreia às seis
Após uma série de protagonistas no principal horário de novelas da Globo, Regina Duarte fazia sua primeira novela na faixa das seis. E ela gostou bastante do resultado.
“História de Amor eu não queria que acabasse nunca. Eu cheguei a dizer para o Boni: ‘Não dá para ficar como aqueles seriados de antigamente, que duravam cinco, dez, quinze anos?’ Eu queria ficar fazendo História de Amor para sempre”, declarou a atriz ao projeto Memória Globo.
Caso pensado
Desde o início de 1995, quando Manoel Carlos preparava a trama, o autor já pensava em José Mayer e Regina Duarte como protagonistas. No entanto, ainda tinha dúvidas sobre a intérprete de Paula.
“No papel da jovem sofisticada, penso em Lúcia Veríssimo ou Carolina Ferraz, mas existem muitos nomes bons”, declarou à Folha de S.Paulo de 26 de fevereiro daquele ano. No final das contas, Carolina acabou ficando com o papel.
Relacionamento com a mãe
Em entrevista à Folha de S.Paulo de 27 de agosto de 1995, Carla Marins disse que a novela amadureceu sua visão sobre as relações entre mãe e filha.
“Carla pôde entender melhor as dificuldades de relacionamento que teve com sua mãe na adolescência. A atriz conta que, com frequência, é abordada na rua por mães que dizem viver em casa problemas semelhantes aos enfrentados por Joyce e Helena. Trata-se de uma relação de amor e ódio semelhante à vivida por Carla com sua mãe, que, coincidentemente, se chama Helena. Hoje, mais madura, ela acredita que foi muito radical”, destacou a reportagem.
Regina Duarte chamada de favelada
Adepta de uma trança no início da novela, Regina Duarte sofreu uma crítica preconceituosa de um telespectador em crítica publicada no Jornal do Brasil. “O que está havendo com o cabelo da Regina Duarte? Tenho duas dicas: uma permanente afro ou um corte na altura do pescoço. Aquela trança dá a ela um aspecto de favelada”, disse a carta.
Coincidência ou não, depois disso o visual de Helena teve seu corte modificado, usando cabelo solto, mais liso e curto.