Se está acontecendo um bom avanço entre Net, Claro, Oi e Vivo para que elas paguem um valor aos canais da Simba e transmitam seus sinais digitais na TV paga, o mesmo não acontece com a Sky.

Conforme o TV História noticiou em primeira-mão no último sábado (1), a Simba marcou uma reunião com todas as operadoras de TV por assinatura. A única que se recusou a fechar um horário foi a Sky, que ainda não quer negociar e se recusa a pagar para as emissoras.

Segunda maior em número de assinantes, com mais de 5 milhões de clientes, a empresa está resistente porque acredita que se o sinal era carregado de graça na época analógica, deveria continuar assim.

A operadora se recusa a marcar qualquer encontro presencial e pediu para o comando da Simba enviar uma proposta apenas por e-mail. No mais, as conversas não avançam deste ponto por própria intransigência do comando da Sky.

Já as outras operadoras querem algo justo. O valor ainda não foi fechado nem deve ser neste primeiro momento. A prioridade é o retorno dos sinais de RecordTV, SBT e RedeTV! a estas distribuidoras. O acordo deve ser anunciado a qualquer momento.

Fora delas desde quinta-feira (31), a audiência das emissoras da Simba caiu mais de 30% de um dia para o outro. Nenhum dos canais consegue atingir os dois dígitos de Ibope na Grande São Paulo.

Pedindo inicialmente R$ 15 por assinante – acima até do que a Globosat ganha por seus canais, a Simba já trabalha com valores mais modestos. A pedida na mesa para descer seria de R$ 2,30, parecido com o que programadoras como a Discovery ganham com seus canais na TV paga.

No caso deste valor ser fechado, a RecordTV e o SBT ficariam com R$ 1,00 por assinante, enquanto a RedeTV! ficaria com R$ 0,30. Se este valor for confirmado, a bagatela, apenas na Grande São Paulo, será bastante alta.

Contando atualmente com 7 milhões de assinantes, a Simba Content renderia, apenas nesta região, cerca de R$ 16,1 milhões por mês para a divisão. Por ano, serão exatos R$ 193,2 milhões, um altíssimo valor.

Só com isto, RecordTV e SBT ganhariam R$ 84 milhões por ano cada uma, enquanto a RedeTV! fecharia um ano com um valor de RS 24 milhões – isto apenas contando o valor da maior região metropolitana do Brasil.

O dinheiro que as emissoras ganharão com as negociações deverá ser aplicado na produção de conteúdo. Elo mais fraco da corda, a RedeTV! espera que essa joint-venture ajude o canal a diminuir os horários vendidos em sua grade – hoje mais de 50% no total.

A Simba surgiu da necessidade dos canais de cobrarem pelo seu sinal na TV por assinatura. Segundo elas, Globo e Band recebem dinheiro pelo seu sinal e todas as outras não conseguem um centavo das maiores operadoras do Brasil.


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