RESGATE
Recorde: novela que volta segunda foi criada em apenas 45 dias pela Globo
23/01/2025 às 11h51
Nos quase 60 anos de existência da Globo, diversas novelas já foram criadas a toque de caixa para preencher a grade da emissora. Alguns deram certo, como Pecado Capital (1975) e A Dona do Pedaço (2019), mas outras fracassaram, como Nina (1977).
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Uma produção que foi criada às pressas, em prazo recorde, para inaugurar um novo projeto de teledramaturgia da emissora na faixa das seis, que acabou não indo para frente, será disponibilizada aos assinantes do Globoplay na próxima segunda (27).
Quando Esplendor estreia no Globoplay?
Estamos falando de Esplendor, primeira novela solo de Ana Maria Moretzsohn e exibida pelo canal entre janeiro e junho de 2000.
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Para se ter uma ideia, entre a aprovação da sinopse e a estreia, se passaram apenas 45 dias, incluindo os feriados de fim de ano.
A obra foi concebida para inaugurar uma nova estratégia da emissora, que pretendia exibir novelas mais curtas durante as férias. Inicialmente, seriam apenas 72 capítulos, depois estendidos para 80.
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Na época do lançamento, no entanto, o diretor Wolf Maya confidenciou que também se buscava fazer economia. Para se ter uma ideia, cada capítulo custaria US$ 30 mil, ao invés dos US$ 90 mil habitualmente gastos.
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“Se eu conseguir boa audiência, mas estourar o orçamento, não vai ter adiantado nada. O grande desafio é fazer uma produção barata com qualidade”, declarou em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo em 20 de janeiro de 2000.
A novela até deu certo, mas não exatamente como a Globo previa. Ao invés de 80 capítulos, a trama obteve bons resultados e foi espichada, terminando com 125 episódios. O projeto das novelas mais curtas ficou nisso mesmo.
O Cravo e a Rosa, de Walcyr Carrasco, acabou sendo a substituta e se transformou num fenômeno de audiência, contando com 221 capítulos e ficando no ar até março de 2001, ou seja, ocupando a grade no verão seguinte.
Qual é a trama de Esplendor?
Ambientada nos anos 1950, Esplendor mostrava a história de um homem solitário, Frederico Berger (Floriano Peixoto), que redescobria o amor ao conhecer Flávia (Letícia Spiller), governanta da família, que vivia sob uma falsa identidade para fugir de um crime que não cometeu.
No elenco, também se destacaram Murilo Benício, como o vilão Cristovão, Cássia Kiss, como Adelaide, e Caio Blat, que viveu Bruno.
Longe das novelas da Globo desde Sassaricando (1987), Tônia Carrero viveu Mimi Melody na produção.