R$ 100 mil: canal perde a paciência e leva Joice Hasselmann à Justiça

Joice Hasselmann

Reprodução / Redes Sociais

Com a intenção de limpar a sua barra após o período eleitoral de 2022, no qual a Jovem Pan foi evolvida em diversas polêmicas atreladas à política, o canal de notícias vem passando por uma reestruturação. Além de modificar a programação, a estação enxugou o seu quadro de funcionários e vem tomando medidas cabíveis para manter a boa reputação.

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Assim, a emissora entrou com um processo contra a política Joice Hasselmann, após a mesma ter afirmado que a empresa tem baixa audiência e tentou vantagem para conseguir estrear o canal de televisão.

A Jovem Pan, no entanto, pediu uma indenização de R$ 100 mil e uma retratação pública de Joice, mas o caso ainda não foi julgado.

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Jovem Pan não gostou das falas

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De acordo com uma reportagem do Notícias da TV, que teve acesso com exclusividade aos autos do processo, a emissora entrou com uma ação na Justiça contra as falas da ex-deputada federal em uma entrevista ao podcast Inteligência Ltda., no ano passado.

Na ocasião, Joice afirmou que a Jovem Pan de Tutinha (foto acima) “dá zero de audiência” e que, para conseguir se tornar um canal de televisão, precisou “puxar saco do governo”, que na época era de Jair Bolsonaro.

As falas foram ditas enquanto ela comentava o tempo que foi funcionária da empresa de Antônio Augusto do Amaral Carvalho Filho, onde, segundo ela, tudo era diferente. Em seguida, ela deu a atender que foi orientada a parar de ser crítica ao então presidente Michel Temer, mas não aceitou a imposição.

“Eu trabalhei na Jovem Pan quando ela era Jovem Pan, não esse lixo que virou puxa-saco de governo, que lambe o pé de Bolsonaro. Eles fizeram isso para conseguir a TV e conseguiram”, afirmou.

“Amansar para mim é pior do que me demitir. Eu falei: ‘Não, eu não vou fazer isso, tenho contrato de liberdade’”, completou ela.

Rebateu as acusações

Ainda segundo o site, a Jovem Pan se defendeu nos autos do processo anexando reportagens que mostram o contrário. Além disso, a emissora alegou que vai bem na audiência, mesmo com apenas um ano de existência, e só perde para a GloboNews – que há anos é a líder de audiência entre as emissoras de notícias.

“A criação de uma televisão fechada independe de qualquer relação com o governo. Portanto, a Ré fez uma imputação falsa, irresponsável e até ignorante, contrária à imagem que quis divulgar no programa como alguém que sabe de tudo, a ponto de chamar o apresentador de ‘meu fio’, que precisa de ‘uma Joice na vida’ para entender das coisas que, ao final, nem a Ré entende”, diz a Jovem Pan na ação.

Na sequência, foi a vez de rebater as acusações de que o canal diminuiu às críticas ao governo Bolsonaro, para, assim, conseguir a concessão de TV e criar seu canal.

“A Autora desafia a Ré a provar tais imputações criminosas e ofensivas, que são absolutamente mentirosas, já que, como se disse, a constituição de uma TV por assinatura, não tem participação do Governo Federal. A Ré agiu de modo de forma proposital para projetar a sua candidatura ao cargo de deputada, criou fato mentiroso, atacou a credibilidade e honra da Autora, fazendo-o sem prova alguma e sem responsabilidade”, completou.

Tréplica de Joice

Reprodução / Jovem Pan

Joice Hasselmann, por sua vez, também anexou reportagens que comprovam a sua fala, em maioria dizendo que a emissora armou uma baixa audiência em 2022. A defesa feita pelo advogado Gustavo Bonini, conhecido por cuidar dos assuntos judiciais dela, também questionou o argumento da ofensa que a empresa sentiu.

“Se a requerente (Jovem Pan) ficou tão ofendida com as falas proferidas pela requerida (Joice), deveria ter ajuizado ação de danos morais contra todas as páginas que veicularam informações sobre a ligação da rádio com o governo federal na gestão de Bolsonaro”, defendeu ele.

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