É fato conhecido que a décima sétima edição do Big Brother Brasil conta com um elenco impossível defender, especialmente na reta final do programa.

Para quem assiste apenas guiado pelas exibições diárias da Globo, os “mocinhos” são a panelinha de Marcos, Emilly e Ilmar, enquanto Ieda, Vívian e Marinalva (e quem mais se opusesse ao primeiro trio) são as vilãs; até que faz sentido (não que seja justo) a emissora pintar uma reputação para a “panelinha” cujo núcleo é o único motivo pelo qual o programa ainda tem audiência, baseado no “falem mal, mas falem” frente aos constantes episódios de falta de noção protagonizados por Emilly.

No entanto, hoje precisamos falar sobre Marcos, o gaúcho de 37 anos que (depois de muita insistência) protagoniza com Emilly, de 20 anos, o casal mais falado desta edição do reality show.

Marcos é um exemplo de muitos caras que vamos conhecer ao longo da vida (mas preferíamos não conhecer). É óbvio que ele escolheu a mulher mais jovem da casa para se sustentar sempre no mesmo argumento “você é mais jovem e inexperiente, já passei por muito mais coisa na vida que você” quando é contrariado.

Aliás, quando qualquer pessoa na casa se opõe a ele, a reação é sempre explosiva, aos gritos, apontando o dedo e encarando de forma ameaçadora e muito próxima o rosto dessa pessoa.

Na manhã do dia 3, o participante bateu seu recorde. Acordou dizendo que “buscaria a verdade” motivado por estar no paredão. Discutiu com seu antes amigo Ilmar acusando-o de traição em prol do jogo, discutiu com Marinalva acusando ela e Ieda de terem-no induzido a tentar seduzir Elettra (a intercambista do BBB espanhol) a despeito de seu relacionamento com Emilly, um assunto já velho a essas alturas da competição. Discutiu, apontou o dedo, assumiu uma postura ameaçadora que escreve em letras maiúsculas nas entre linhas que se não fossem as câmeras, a agressão partiria de verbal para física.

Além de extremamente machista, ele é manipulador e oportunista. Não vamos esquecer que antes da última prova do líder, a panelinha composta por ele, Ilmar e Emilly se fragmentou ao isolarem a garota para “repensar suas ações” (quando em um relacionamento, seja de amizade ou afetivo, a melhor alternativa é justamente uma conversa séria e não um gelo). Emilly conseguiu garantir a liderança e consequente imunidade da semana e de repente estava absolvida de todos os seus erros, com direito a ser acordada no quarto do líder com carinho por Marcos, tratamento muito raro vindo dele para ela.

Longe de mim defender Emilly e suas atitudes: como disse anteriormente, o elenco desta edição está impossível de defender; mas estamos diante de um caso de machismo escancarado. E isso, a pessoa que vos escreve não admite, seja com uma mulher que goste ou não, com alguém de sua bolha social-ideológica ou não.

No momento, espero que a produção mostre a série de chiliques feitos por Marcos para que o público saiba e decida de forma justa quem vai ser mandado de volta para casa nesta terça, dia 4.

E, do fundo do meu coração, que o público responda que machistas não passarão.


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