Quem eram o marido e o filho de Luisa, de Nos Tempos do Imperador
08/01/2022 às 15h25
Atual novela das seis da Globo, Nos Tempos do Imperador, é baseada em fatos reais da história brasileira. A produção fala sobre escolhas, sacrifícios, batalhas, vitórias e derrotas. E, claro, grandes paixões.
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Neste contexto, uma personagem que vem chamando muito a atenção do público é Luisa, a Condessa de Barral, interpretada na trama por Mariana Ximenes.
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Ela, teoricamente, teria tido um romance com Dom Pedro II (Selton Mello), que foi descoberto devido a algumas cartas deixadas pela Condessa.
Casamento com Eugène
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Filha única de um senhor de engenho, Domingos Borges de Barros, e uma descendente de família tradicional portuguesa, Maria do Carmo Gouveia Portugal, Luísa Margarida de Barros Portugal nasceu na Bahia, em 1816.
Desde cedo, passou a viver com a família entre a França e o Brasil e estudou na Europa. Segundo a historiadora Mary Del Priore, que escreveu a obra “Condessa de Barral: A paixão do imperador”, a educação de Luísa teria sido um fator importantíssimo para a formação da mulher culta e agradável que ela um dia seria.
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Talvez esse também fosse um dos motivos para ela ser considerada, na ocasião, uma mulher à frente de seu tempo. Enquanto as mulheres da época eram educadas para desempenhar tarefas domésticas, a Condessa se destacava por seus dotes intelectuais e femininos.
Seu casamento também foi bastante incomum para aqueles tempos, visto que o ‘normal’ era que os matrimônios fossem arranjados.
“O pai decreta que ela vai casar com o Cotegipe, da idade do pai dela. Ela diz: ‘Tudo bem papai, mas eu quero casar com um par de olhos azuis que conheci’. Esse é o Eugène de Barral, que tem um belíssimo par de olhos azuis. E mais nada, ele não tinha um tostão furado”, explica Mary Del Priore em sua obra.
O rapaz escolhido por Luísa para ser seu cônjuge não possuía fortuna, apenas o título de Conde de Barral e Marquês de Montferrat. Nascido em 1812, viveu até 1868.
Luisa então o desposou e passou a viver na corte do rei Luís Filipe I. O casal teve um filho, Horace Dominique.
Proximidade com D.Pedro II
A Condessa tornou-se amiga e dama de companhia de Dona Francisca de Bragança, irmã do Imperador Dom Pedro II, que a convenceu a voltar para o Brasil para ser a preceptora das filhas do monarca, as princesas Isabel e Leopoldina.
Ao aceitar o posto, a Condessa ficou momentaneamente afastada do marido, Eugène, e mudou-se para o Rio de Janeiro junto com o filho.
Ela passou a residir em uma casa alugada e foi também nomeada dama de companhia de D. Teresa Cristina, em setembro de 1855.
Com sua personalidade forte, Luisa Margarida logo estabeleceu sua autoridade no palácio, deixando muitos dos funcionários mais interesseiros bem zangados.
Além de ser muito bela, Luisa tinha inteligência e bagagem cultural. Era amiga de intelectuais e celebridades da época, como Franz Liszt e o Conde de Gobineau, e servia de intermediária entre eles e Dom Pedro II.
Foi assim que a Condessa e o Imperador se aproximaram e, posteriormente, teriam se tornado amantes.
Horace Dominique
Único filho de Luísa e Eugênio, Horace Dominique nasceu em Salvador, em 1864. Ele recebeu seu nome em homenagem ao avô, Domingos.
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Segundo Mary del Priore, o garoto cresceu nos jardins de São Cristóvão e brincava com as filhas de Dom Pedro II. No Natal, recebia presentes do Imperador e, durante o ano, agrados da Imperatriz. Ambos o tratavam como um filho.
D. Pedro gostava tanto do menino que queria que ele estudasse no Brasil e se tornasse engenheiro. No entanto, Luisa não aceitou e Dominique foi estudar na Europa.
Ainda de acordo com a obra, ele tornou-se diplomata, assim como seu pai. Porém, em um determinado momento, abandonou o serviço diplomático francês, como reação às decisões de um Estado que se queria laico.
Em 1883, Dominique casou-se com Maria Francisca de Paranaguá, filha do Visconde de Paranaguá, presidente do Conselho de Ministros, no Rio de Janeiro. O casal teve dois filhos, Jean Dominique e Maria Margarida. Ele faleceu aos 60 anos de idade, na França.