Quanto Mais Vida, Melhor, atual novela das sete da Globo, conta a história de Neném (Vladimir Brichta), Paula (Giovanna Antonelli), Guilherme (Mateus Solano) e Flávia (Valentina Herszage).
Os quatro protagonistas não se conheciam até o dia em que o destino os colocou dentro do mesmo avião. Após passarem juntos pela experiência de encarar a morte, eles ganham uma segunda chance e ressuscitam, mas com um porém: após um ano, um deles irá morrer definitivamente.
Uma das personagens da trama de Mauro Wilson está estreando em novelas. Trata-se de Agnes Brichta, filha de Vladimir, que vive a personagem Tina.
Uma das filhas de Neném, Tina tem o pai como ídolo e sonha seguir a carreira dele. Além do talento para os gramados, a jovem também tem a personalidade estourada dele e não leva desaforo para casa.
Basta receber uma entrada mais dura de Soraia (Camila Rocha) no futebol para revidar à altura. A rivalidade entre as duas aumenta com a chegada de Antonio (Matheus Abreu), vulgo Tigrão, no Colégio Estadual Albertina Correia, onde elas estudam.
Testes para a novela
A estudante de música e canto tem apenas 24 anos, mas atua no teatro desde 2002, quando, ainda criança, frequentou a Catsapá, uma escola de artes musicais.
Na sequência, passou para O Tablado, uma tradicional casa de teatro do Rio de Janeiro. De lá para cá, acumulou peças, musicais, apresentações e até prêmios.
A jovem atriz não teve um empurrãozinho do pai para conquistar o papel. Ela afirmou ter recebido o convite para a produção antes mesmo dos diretores descobrirem o parentesco, durante a apresentação de conclusão do curso técnico em teatro na Casa das Artes de Laranjeiras (CAL).
“O produtor de elenco Guilherme Gobbi me assistiu. Eram mais de 100 alunos apresentando monólogos on-line e ele achou que eu tinha o perfil da personagem, ainda sem saber meu sobrenome”, revelou Agnes em entrevista ao Metrópoles.
Ela fez o teste definitivo com o diretor artístico Allan Fiterman e, um mês depois, recebeu, eufórica, a notícia de que havia passado e ganhado o papel.
Vladimir contou que Guilherme Gobbi, produtor de elenco da novela, o consultou antes de formalizar o convite a Agnes, já que a relação familiar entre os dois atores se repetiria na ficção.
“Olha, eu nunca pediria para escalarem minha filha pra um trabalho, mas também não pediria para não escalarem. Não abro a porta, mas também não vou fechá-la. Se acontecer, será uma conquista dela”, enfatizou o ator ao jornal Extra.
Agnes, por sua vez, declarou-se muito feliz e à vontade em contracenar com o pai. Disse também que não se incomoda pela expectativa das pessoas em relação a ela por causa de seu sobrenome, pois a atenção redobrada vai ajudá-la a mostrar ao público a que veio.
Perda da mãe
Ao contrário do que muitos pensam, a atriz não é filha da atual esposa do ator, Adriana Esteves, e sim da cantora Gena Karla Ribeiro, namorada de adolescência com quem Vladimir se casou em 1995.
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A menina nasceu dois anos após o casamento e a mãe, portadora de uma doença genética chamada porfiria, morreu em 1999, aos 28 anos.
Uma história digna de uma novela envolveu a família, quando, em fevereiro de 2001, o ator perdeu a guarda da filha para a ex-sogra.
Agnes havia ido passar férias com a avó materna em Aracaju (SE) e não voltou para a casa do pai por efeito de uma liminar da Justiça. A ex-sogra alegou que o ator não tinha condições de cuidar da filha.
Solidariedade dos colegas
Na época, Brichta, viúvo, contava apenas com o apoio de seus pais. Ele estava numa fase em que buscava maior visibilidade para sua carreira em São Paulo e no Rio de Janeiro.
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O ator contou com a solidariedade de vários colegas de trabalho, como Felipe Camargo e Marcos Frota, entre outros, que aderiram a uma campanha a favor de Vladimir.
Ele entrou na Justiça para reaver a guarda de Agnes e, depois de um ano e 10 meses, ela voltou aos braços do pai, mas ainda não de forma definitiva. Brichta ainda precisou mostrar na justiça que era capaz de cuidar de sua filha.
O drama todo durou cinco anos. O processo acabou caducando e o ator, finalmente, conseguiu a guarda definitiva da filha.
Apesar das diferenças, ele nunca proibiu que Agnes visitasse a avó e fazia questão que ela mantivesse contato com a família da mãe.
