“Essência” foi uma palavra muito repetida por Fabio Porchat na coletiva de imprensa, por teleconferência, da nova temporada de seu programa no GNT Que História é Essa, Porchat? Nova temporada não, continuação da segunda temporada, que estreou em março deste ano, mas foi paralisada por causa da pandemia de Covid-19.

A preocupação de Porchat era se, com o programa sem plateia e sem convidados presenciais, seria possível manter o apelo com o qual ele conquistou o público nas temporadas anteriores. Ou seja, se ao adaptar-se ao “novo normal”, o programa manteria sua essência.

A primeira barreira a ser transposta era a técnica. Como garantir que o programa ficasse em um formato “assistível” para o público, ao máximo possível no mesmo ritmo de antes, sem que os ruídos (problemas técnicos de áudio, imagem e delay) prejudicassem a participação dos convidados ou da plateia e o entendimento do público?

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Porchat e sua equipe planejaram dois pilotos (que não serão exibidos) para afinar a questão técnica e solucionar todos os problemas. A outra questão era a gravação do próprio Porchat, nos Estúdios Globo, seguindo protocolos rigorosos de higienização e distanciamento (na medida do possível) com a equipe envolvida. A direção do programa, de Gigi Soares, é realizada de forma remota.

Agora Fábio Porchat aparece em um novo cenário, em um palco rodeado de telões. Na verdade, balões onde ficam os participantes. Os convidados e a plateia não são mais presenciais, mas virtuais, à distância. O roteiro continua o anterior: um grande bate-papo sobre histórias, inclusive com a participação da plateia.

Porchat destacou que agora o trabalho é dobrado, com mais desgaste físico e emocional, porque todos os ajustes técnicos precisam ser feitos antes do “gravando”, para que não haja problemas durante a gravação. O apresentador também afirma que precisa se virar para manter com os convidados virtuais o mesmo pique que haveria presencialmente – afinal de contas, algo do calor se perde sem a presença.

Porchat contou que aprendeu muito com as lives que fez durante a quarentena: a se comunicar com as dificuldades técnicas, de delay, som e imagem. Adquiriu expertise em entender os problemas técnicos e lidar com cada um. Foi durante uma live que Porchat fez o convite para que Sandra Annenberg participasse de seu programa.

O novo coronavírus não será lembrado. Perguntado qual convidado não participaria de jeito nenhum, Fabio Porchat respondeu: políticos. A proposta do Que História é Essa, Porchat? continua sendo a de um programa leve, feito para aliviar, para o público assistir antes de dormir.

Produção do Porta dos Fundos, com estreia no GNT em 4 de agosto (terça-feira), às 22h30, são 17 episódios inéditos, que serão exibidos semanalmente. Às quintas, no mesmo horário, o público confere a reapresentação do episódio da semana anterior.

O primeiro episódio contará com Fafá de Belém, Rodrigo Hilbert e Leandro Hassum. Participarão ainda Emilio Dantas, Linn da Quebrada, Érico Brás, Sandra Annemberg, Monique Alfradique, Marcelo Médici, Antônio Fagundes, George Sauma, Mariana Xiemenes, Fabricio Boliveira, Armando Babaioff, Nelson Motta, Tom Cavalcanti, Alexandre Nero, Luís Miranda, Grazi Massafera, Sheron Menezzes, Leilane Neubarth, Emanuelle Araújo, Wagner Santisteban, Andreia Horta, e outros.

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Porchart adiantou que a história mais bonita do programa foi contada por Antônio Fagundes, sobre teatro. E que Alexandre Nero deu a melhor resposta para a pergunta “Que pessoa que não está mais entre nós você gostaria de ter trabalhado?”.

Outra novidade: em outubro, a primeira temporada do Que História é Essa, Porchat? entra na grade da Globo (TV aberta), com exibição às quintas-feiras à noite (em substituição ao Lady Night).

Por fim, a essência será mantida, garante Porchat: “Não há o toque, mas há as histórias“, concluiu.

SOBRE O AUTOR
Desde criança, Nilson Xavier é um fã de televisão: aos 10 anos já catalogava de forma sistemática tudo o que assistia, inclusive as novelas. Pesquisar elencos e curiosidades sobre esse universo tornou-se um hobby. Com a Internet, seus registros novelísticos migraram para a rede: no ano de 2000, lançou o site Teledramaturgia, cuja repercussão o levou a publicar, em 2007, o Almanaque da Telenovela Brasileira.

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