Recentemente, o SBT definiu a substituta de Meu Pecado para as tardes do canal. Abismo de Paixão, produzida em 2012, dividiu opiniões entre os fãs da emissora de Silvio Santos. Acontece que o público esperava uma trama inédita e o folhetim já foi reexibido anteriormente.
Sem falar que a novela é um remake de outra produção, que inclusive já rendeu um folhetim na emissora. Trata-se de Canavial de Paixões, que contou com nomes como Bianca Castanho, Débora Duarte, Oscar Magrini, Victor Fasano (foto acima), dentre outros.
A trama, que foi adaptada por Henrique Zambelli, foi exibida com sucesso na tela do canal entre 2003 e 2004, e ainda contou com mais três exibições. Ela foi inspirada na mesma fonte utilizada pelos criadores de Abismo de Paixão: Cañaveral de Pasiones (1996).
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Sete vezes Paixão
A história de Abismo de Paixão é exatamente a mesma de Canavial de Paixões e o telespectador assíduo das novelas do canal percebe isso logo nos primeiros capítulos.
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A mãe de Elisa (Angelique Boyer) – Clara (Bianca Castanho) em Canavial – tentava impedir sua tia Carmem (Sabine Moussier) – Raquel (Helena Fernandes) na versão brasileira – de fugir com o marido da vizinha.
Só que quando ela entra no carro no lugar da irmã, que deixou trancada em casa, para convencer Rogério (César Évora) – ou Amador (Victor Fasano) – a desistir da fuga, acontece um acidente e os dois morrem juntos, fazendo todos pensarem que eram eles que fugiriam.
Essa fake news destrói as vidas das duas famílias, principalmente a da mocinha. Seu pai, Augusto (Alejandro Camacho) – ou Fausto (Jandir Ferrari) -, passa a desprezar a jovem por achar que ela é filha do suposto amante de sua mulher.
Por sua vez, a esposa do falecido, Afonsina (Blanca Guerra) – Teresa (Débora Duarte) -, espalha que a menina é uma qualquer quando percebe que o filho dela, Damião (David Zepeda) – ou Paulo (Gustavo Haddad) – , se dá muito bem com a moça.
Assim, ela o manda para fora do Brasil. Mais tarde, o rapaz volta com uma noiva, mas a paixão pela protagonista reacende e os dois lutam para ficarem juntos e desmascarar toda a mentira contada por anos.
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Novelas mexicanas que ganharam remakes no SBT
Devido ao contrato firmado com a Televisa nos anos 2000, o SBT passou a adaptar êxitos da dramaturgia mexicana, o que causou confusão entre os remakes em diversas oportunidades. A situação ficou ainda mais confusa quando a emissora de Silvio Santos resolveu exibir as novas versões realizadas no país amigo.
Exibida em 1999 – e com diversas reprises -, O Privilégio de Amar deu origem a Cristal, realizada em 2006 no canal paulista, que exibiu outra versão do México em 2020, chamada Triunfo do Amor (2010).
Esmeralda (SBT, 2004), maior sucesso da parceria entre as duas redes, foi baseada na homônima de 1997, transmitida aqui em 2000; a própria líder de exportação do gênero refez a obra em 2017: Sin Tu Mirada. Vale recordar que a TV dos Abravanel já havia transmitido Topázio em 1992, versão da mesma história produzida em 1985 na Venezuela.
O mesmo SBT que já exibiu Maria Mercedes (1992) e Maria Esperança, adaptação nacional de 2007, praticamente em sequência, já televisionou Desprezo (Rina – 1977) em 1983. Delas, ainda surgiu outra releitura: Inocente de Ti, de 2004.
