É bem verdade: a gaúcha Emilly tem muito mais defeitos que qualidades. É birrenta, se acha “uma estrela da televisão”, ficou com Marcos mesmo dizendo que “jamais ficaria com ele”, entre outras coisas.

Mas ela tem algo primordial para o Big Brother Brasil 17: gera comentários, gera assunto e gera burburinho. Faz o programa ser interessante, consegue tirar o chamado ‘leite de pedra’ de um elenco decepcionante.

Aliás, em nomes e perfis o público esperava bastante dos participantes, mas, de fato, todos mais falam do que fazem. Roberta, Marinalva, Daniel, Vivian… Todos prometem fazer acontecer e nada acontece.

O problema é que o público que assiste ao Big Brother no Brasil é extremamente passional. Ama ou odeia. No caso de Emilly, houve um ódio que muitas vezes foi meio difícil de compreender.

Entendo que irrita alguém falar que é isso ou aquilo, que é a melhor, que é a estrela, que se acha a mais especial de todas, a estrela do programa. Mas nunca passou pela cabeça que este é um programa para gerar burburinho e comentário?

Além disso, mesmo tendo algumas posturas como essas, ditas arrogantes, Emilly é uma pessoa que sabe ser coerente com o que fala, defende o que diz e pelo menos cumpre o que fala.

Roberta, na edição deste domingo, não hesitou em votar em Emilly, mesmo sendo sua amiga. Além disso, para indicar Marinalva para a berlinda, deu uma das piores desculpas da história: de que ela voltará para a casa e que estava fazendo isso porque não tinha quem indicar.

No total, o BBB17 sofre um grande dilema. Se abrir mão de Emilly, o programa perde muita parte de sua graça e fica sem um personagem atraente, algo que a pouco mais de um mês de seu término é perigoso.

Entendo que haja um ódio coletivo com a gaúcha, mas em nome do entretenimento, peço: ruim com Emilly, pior sem Emilly. Não merecemos um marasmo em forma de reality show.


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