A Globo exibe desde setembro do ano passado uma nova versão de Elas Por Elas, trama de Cassiano Gabus Mendes – com colaboração de Carlos Lombardi – que marcou época em 1982.
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A novela acompanhava o reencontro de sete amigas dos tempos de colégio; entre elas, Wanda, defendida por Sandra Bréa, que na versão de 2023 se chama Taís e é interpretada por Késia Estácio.
Sandra, que brilhou em folhetins dos anos 1970 e 1980, faleceu após recusar tratamento contra um câncer de pulmão.
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Sucesso inesquecível
Elas Por Elas tem início com a decisão de Márcia (Eva Wilma) de reunir as colegas de escola: além de Wanda, Natália (Joana Fomm), Helena (Aracy Balabanian), Adriana (Esther Góes), Carmem (Maria Helena Dias) e Marlene (Mila Moreira).
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Wanda é irmã do atrapalhado detetive Mário Fofoca (Luís Gustavo), contratado por Márcia para investigar um mistério ligado à morte do marido desta, Átila (Mauro Mendonça): quem é Patinha, a amante do empresário?
Mário, grande destaque do folhetim, demora a concluir a investigação. No último capítulo, ele descobre que a mulher que procurava estava dentro de sua casa. Patinha era, justamente, Wanda.
Tipo que marcou época
O sucesso do personagem fez com Luís Gustavo reeditasse Fofoca em diversas ocasiões: na série produzida pela Globo em 1983, no filme As Aventuras de Mário Fofoca (1983), no Sai de Baixo (1996) e na novela Ti-Ti-Ti (2010).
Wanda não acompanhou o irmão nestas ocasiões… Sandra Bréa seguiu na TV até 1992, quando concluiu sua participação em Felicidade. Em agosto do ano seguinte, ela revelou ser portadora do vírus HIV.
A luta de Sandra Bréa
Sandra brilhou em títulos como O Bem-Amado (1973), Os Ossos do Barão (1973), Corrida do Ouro (1974), Escalada (1975), O Pulo do Gato (1978), Memórias de Amor (1979), Sabor de Mel (1983, Band), Tititi (1985), Bambolê (1987), Pacto de Sangue (1989) e Gente Fina (1990).
Ela lutou contra a discriminação de soropositivos desde o momento em que tornou pública a sua batalha contra o HIV, que contraiu quando recebeu uma transfusão de sangue, após um acidente de carro.
Após um longo período distante das novelas, Bréa gravou uma participação no último capítulo de Zazá (1997); a trama de Lauro César Muniz abordou a AIDS através da personagem Jaqueline (Adriana Londoño).
Despedida
Dois anos depois, Sandra Bréa foi diagnosticada com um tumor maligno em um dos pulmões, já em estágio avançado. Os médicos lhe deram apenas seis meses de vida, o que fez com ela abdicasse de tratamentos como quimioterapia e radioterapia.
Em 2 de maio de 2000, Sandra foi encaminhada ao Hospital Barra D’Or, Rio de Janeiro, com febre e desconforto respiratório. Ela faleceu dois dias depois, em sua casa em Jacarepaguá, aos 47 anos.
Bréa foi sepultada no Cemitério São João Batista. Ela deixou o filho adotivo, Alexandre Bréa Brito, de quem estava afastada quando faleceu. O rapaz desapareceu tempos depois da morte da mãe. Em 2019, Alexandre foi declarado morto pela Justiça.