Associado a papéis de malandro durante sua passagem pela Globo, Dudu Azevedo ganhou uma grande oportunidade de mostrar o seu talento em personagens mais densos na Record, onde respondeu pelos protagonistas de O Rico e Lázaro (2017) e Jesus (2018). Após esta última novela, porém, o ator deu uma pausa em suas atividades para cuidar da vida pessoal.

Jesus - Dudu Azevedo

Carlos Eduardo Cardoso de Azevedo nasceu no Rio de Janeiro, em 7 de novembro de 1978. A carreira artística teve início aos 14 anos, com participações no seriado Confissões de Adolescente (1994), da Cultura – ao lado de outras promessas como Deborah Secco e Leandra Leal. Em 1996, passou pela Band através da novela O Campeão.

A estreia na Globo aconteceu em 2003, como o surfista Bidu de Celebridade. Logo depois, emplacou o pescador Querubim, em Como Uma Onda. Em 2006, acumulou três participações: a minissérie JK e as novelas Cobras & Lagartos e Pé na Jaca. Apto para voos maiores, o ator arrematou o Barretinho, de Duas Caras (2007) – filho de Gioconda (Marília Pêra) e Barreto (Stenio Garcia).

Parceria do mal às 18h

Dudu Azevedo e Raquel Fuina Cama de Gato

Na sequência de Três Irmãs (2008), Dudu Azevedo emplacou o mau caráter Roberto em Cama de Gato (2009). Ele compactuava com as maldades da amante, Verônica (Paolla Oliveira). Em 2011, voltou a trabalhar com Aguinaldo Silva, autor de Duas Caras, em uma nova empreitada às 21h: Wallace Mu, o lutador de MMA de Fina Estampa. Esteve, ainda, em Flor do Caribe (2013) e Babilônia (2015).

Quando o contrato de prazo longo com a Globo expirou, o ator partiu para a TV Paga, experimentando outra função. Ele foi apresentador do programa Discovery Documenta. Em 2016, veio o primeiro acerto com a Record: Azevedo esteve na segunda temporada de Os Dez Mandamentos, na pele de Zur. O trabalho seguinte foi como protagonista: Asher, de O Rico e Lázaro (2017).

Desafio e reconhecimento

Dudu Azevedo

Em 2018, o ator deu vida a Jesus Cristo. Logo após uma participação nos momentos finais de Apocalipse (2017), ele estrelou a novela sobre a trajetória do filho de Deus. O papel mais desafiador de todo a sua jornada rendeu críticas favoráveis para Dudu Azevedo, que repetiu a dose durante uma passagem de Gênesis (2021).

Ele também possui créditos no cinema, incluindo o filme Cazuza – O Tempo Não Para (2004), no qual viveu o baterista da banda Barão Vermelho, Guto Goffi. Dudu ainda exerce seu lado músico, como baterista da Tianastácia, desde 2020. A passagem mais recente pela TV se deu no Vai Que Cola, humorístico do Multishow.

O ator se afastou da telinha em 2020 para tratar da saúde. Em 1° de abril de 2020, numa entrevista ao portal Notícias da TV, Dudu Azevedo deu mais detalhes dos problemas que enfrentou:

“O trabalho (como Jesus) foi intenso, e algumas coisas foram necessárias ao fim. Precisei cuidar da minha saúde. Fiz duas cirurgias, uma no joelho e outra de hérnia. (Levei) Alguns meses para me recuperar e não fui escalado para outra novela por conta disso. Depois, falou-se na possibilidade de eu fazer Gênesis, mas acabou sendo descartada”.

Dudu já havia passado por uma cirurgia em 2011, pouco antes de começar as gravações de Fina Estampa. Na ocasião, ele também operou o joelho, após sofrer a ruptura parcial de um dos ligamentos.

Disputa pelo filho

Jesus - Dudu Azevedo

Recentemente, o artista desabafou em entrevista à coluna da Patrícia Kogut, do jornal O Globo, sobre a guarda compartilhada de seu filho Joaquim, fruto do relacionamento com Fernanda Mader – de quem se separou no ano passado.

“Estamos todos vivendo esse processo. Uma separação, por melhor resolvida que seja é carregada de uma certa tristeza. Os rompimentos deixam muitas marcas”, lamentou Azevedo.

“É claro que o Joaquim queria que os pais estivessem juntos. Quando estamos nós três, dá para ver que ele vibra e fica feliz. Mas, ele vem encarando tudo da melhor maneira possível”, complementou.

Hoje, aos 43 anos, Dudu Azevedo aguarda o lançamento da série O Cangaceiro do Futuro, que gravou para a Netflix, e, enquanto não retorna aos estúdios, cumpre a agenda com a banda Tianastácia.

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André Santana é jornalista, escritor e produtor cultural. Cresceu acompanhado da “babá eletrônica” e transformou a paixão pela TV em profissão a partir de 2005, quando criou o blog Tele-Visão. Desde então, vem escrevendo sobre televisão em diversas publicações especializadas. É autor do livro “Tele-Visão: A Televisão Brasileira em 10 Anos”, publicado pela E. B. Ações Culturais e Clube de Autores. Leia todos os textos do autor