Promover a Dança dos Famosos em 2020 foi um completo equívoco da Globo

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A força da “Dança dos Famosos” é de conhecimento geral. A competição de dança virou o grande trunfo do “Domingão do Faustão e sempre faz sucesso, mesmo em temporadas mais fracas. O próprio Fausto não esconde o entusiasmo. Porém, o esforço para a produção do quadro em 2020, diante da pandemia do novo coronavírus, se mostrou um grande equívoco.

Além das inúmeras dificuldades impostas pelos protocolos de segurança necessários para a prevenção da Covid-19, a décima sétima temporada ainda sofreu com uma boa dose de falta de sorte. Obviamente, houve uma dificuldade maior na seleção dos participantes.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Afinal, muitos não quiseram se arriscar porque, mesmo com as medidas preventivas, o contato físico de professor(a) e aluno(a) é inevitável. Para culminar, entre os poucos que aceitaram, vários sofreram acidentes ou ficaram doentes.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

LEIA TAMBÉM!

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE


Inicialmente, o time seria composto por Henri Castelli, Isabelli Fontana, Danielle Winits, André Gonçalves, Guta Stresser, Luiza Possi, Bruno Belluti, Lucy Ramos, Giullia Buscacio, Felipe Titto, Zé Roberto e Marcelo Serrado.

Antes mesmo da edição começar de fato, Henri largou a disputa porque sofreu um corte no pé. O ator até mostrou uma foto em suas redes sociais para comprovar. Acabou substituído pelo também ator Juliano Laham. Todavia, o substituto nem chegou a estrear. O intérprete descobriu um tumor e precisou ser operado às pressas. Tem se recuperado bem, mas ficou de fora e não houve um terceiro substituto.

A temporada, enfim, foi iniciada e causou estranheza os participantes e seus professores de máscara durante as apresentações, enquanto jurados e apresentador sem qualquer proteção. Mas na hora de conversarem com Faustão tiravam a máscara.

Como assim? Pareceu apenas uma ‘formalidade’ para causar a impressão de que cuidados estavam sendo tomados. A ideia não durou muito. Algumas rodadas depois, os competidores já não usavam mais máscara. A impressão é que nem os responsáveis da equipe sabiam muito bem o que estavam fazendo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE


Gabriela Baltazar, a professora de Zé Roberto, precisou ser substituída rapidamente porque contraiu o coronavírus. Mas o participante também teve que se afastar do quadro posteriormente por causa de uma lombalgia. Felipe Titto, o favorito do time masculino, foi outro que pegou a covid-19 e precisou sair da competição.

Já a favorita do time feminino, Danielle Winits, acabou afastada em virtude de uma lesão durante os ensaios. Faustão chegou a avisar que ela voltaria na repescagem. Mas outra surpresa negativa aconteceu: o cancelamento da repescagem. O apresentador optou pela franqueza e contou ao público que a tradicional volta de dois casais não aconteceria porque não havia um número de competidores suficientes.

Ao invés da tradicional disputa entre o time feminino em um domingo e o time masculino em outro, até a chegada da semifinal, os oito participantes restantes foram divididos em dois grupos de quatro, assim como aconteceu na primeira fase.

Dois homens e duas mulheres ficaram em cada grupo. Cada grupo dançaria dois ritmos diferentes. Dançaria… Isso porque outra leva de problemas ocorreu. Faustão chegou a se desculpar no dia 6 de dezembro. Afinal, apenas Dani Winits (que foi trazida de volta mesmo sem repescagem), Guta Stresser e Luiza Possi dançaram. Marcelo Serrado, Bruno Belluti e Lucy Ramos não apareceram e nenhuma satisfação foi dada. Ninguém soube se pegaram Covid ou não. Mas Lucy Ramos retornou na semifinal, domingo passado, e se classificou para a final. Ela, aliás, sempre foi uma das melhores.

A “Dança dos Famosos” continua merecendo elogios pela qualidade e segue como o melhor quadro do “Domingão do Faustão”. Mas é inegável o quão errôneo foi produzi-lo em 2020, diante de tantas dificuldades impostas pela pandemia do novo coronavírus. Os vários problemas causados acabaram esfriando a competição e tiraram a emoção da disputa em um ano já tão desgastante. Não precisava.

Autor(a):

Sair da versão mobile