Promover a Dança dos Famosos em 2020 foi um completo equívoco da Globo

20/12/2020 às 0h09

Por: Sergio Santos
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A força da “Dança dos Famosos” é de conhecimento geral. A competição de dança virou o grande trunfo do “Domingão do Faustão e sempre faz sucesso, mesmo em temporadas mais fracas. O próprio Fausto não esconde o entusiasmo. Porém, o esforço para a produção do quadro em 2020, diante da pandemia do novo coronavírus, se mostrou um grande equívoco.

Além das inúmeras dificuldades impostas pelos protocolos de segurança necessários para a prevenção da Covid-19, a décima sétima temporada ainda sofreu com uma boa dose de falta de sorte. Obviamente, houve uma dificuldade maior na seleção dos participantes.

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Afinal, muitos não quiseram se arriscar porque, mesmo com as medidas preventivas, o contato físico de professor(a) e aluno(a) é inevitável. Para culminar, entre os poucos que aceitaram, vários sofreram acidentes ou ficaram doentes.

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Inicialmente, o time seria composto por Henri Castelli, Isabelli Fontana, Danielle Winits, André Gonçalves, Guta Stresser, Luiza Possi, Bruno Belluti, Lucy Ramos, Giullia Buscacio, Felipe Titto, Zé Roberto e Marcelo Serrado.

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Antes mesmo da edição começar de fato, Henri largou a disputa porque sofreu um corte no pé. O ator até mostrou uma foto em suas redes sociais para comprovar. Acabou substituído pelo também ator Juliano Laham. Todavia, o substituto nem chegou a estrear. O intérprete descobriu um tumor e precisou ser operado às pressas. Tem se recuperado bem, mas ficou de fora e não houve um terceiro substituto.

A temporada, enfim, foi iniciada e causou estranheza os participantes e seus professores de máscara durante as apresentações, enquanto jurados e apresentador sem qualquer proteção. Mas na hora de conversarem com Faustão tiravam a máscara.

Como assim? Pareceu apenas uma ‘formalidade’ para causar a impressão de que cuidados estavam sendo tomados. A ideia não durou muito. Algumas rodadas depois, os competidores já não usavam mais máscara. A impressão é que nem os responsáveis da equipe sabiam muito bem o que estavam fazendo.

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Gabriela Baltazar, a professora de Zé Roberto, precisou ser substituída rapidamente porque contraiu o coronavírus. Mas o participante também teve que se afastar do quadro posteriormente por causa de uma lombalgia. Felipe Titto, o favorito do time masculino, foi outro que pegou a covid-19 e precisou sair da competição.

Já a favorita do time feminino, Danielle Winits, acabou afastada em virtude de uma lesão durante os ensaios. Faustão chegou a avisar que ela voltaria na repescagem. Mas outra surpresa negativa aconteceu: o cancelamento da repescagem. O apresentador optou pela franqueza e contou ao público que a tradicional volta de dois casais não aconteceria porque não havia um número de competidores suficientes.

Ao invés da tradicional disputa entre o time feminino em um domingo e o time masculino em outro, até a chegada da semifinal, os oito participantes restantes foram divididos em dois grupos de quatro, assim como aconteceu na primeira fase.

Dois homens e duas mulheres ficaram em cada grupo. Cada grupo dançaria dois ritmos diferentes. Dançaria… Isso porque outra leva de problemas ocorreu. Faustão chegou a se desculpar no dia 6 de dezembro. Afinal, apenas Dani Winits (que foi trazida de volta mesmo sem repescagem), Guta Stresser e Luiza Possi dançaram. Marcelo Serrado, Bruno Belluti e Lucy Ramos não apareceram e nenhuma satisfação foi dada. Ninguém soube se pegaram Covid ou não. Mas Lucy Ramos retornou na semifinal, domingo passado, e se classificou para a final. Ela, aliás, sempre foi uma das melhores.

A “Dança dos Famosos” continua merecendo elogios pela qualidade e segue como o melhor quadro do “Domingão do Faustão”. Mas é inegável o quão errôneo foi produzi-lo em 2020, diante de tantas dificuldades impostas pela pandemia do novo coronavírus. Os vários problemas causados acabaram esfriando a competição e tiraram a emoção da disputa em um ano já tão desgastante. Não precisava.

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