Os olhos claros e as expressões suaves fizeram com que o público o comparasse a Leonardo DiCaprio. Max Fercondini, que despontou para o estrelato em 2000, afastou-se da TV para se jogar numa experiência única: ele vive a bordo de um veleiro, passeando mundo afora.

Agora é que São Elas

Natural de São Vicente, litoral de São Paulo, Max Fercondini começou sua carreira aos 14 anos, quando foi convidado para viver Fred em Esplendor (2000).

No mesmo ano, ele deu vida a Fábio, em Laços de Família. Só que uma resolução do o juiz Siro Darlan, então da 1ª Vara de Infância e Juventude do Rio de Janeiro, tirou os menores da trama no momento em que o personagem dele ganhava destaque, graças ao envolvimento com Íris (Deborah Secco).

O sucesso na TV

Malhação - Max Fercondini

A volta ao vídeo se deu na oitava temporada de Malhação (2001), quando interpretou Léo. Então protagonista, o jovem mobilizou a atenção do público ao disputar, na ficção, a amiga Nanda (Rafaela Mandelli) com o irmão Gui (Iran Malfitano). Posteriormente, Léo se envolveu com Bia (Fernanda Nobre).

Agora É que São Elas (2003), Um Só Coração (2004) e Começar de Novo (2004) foram os trabalhos seguintes de Max, que, em 2006, voltou a atuar às 21h e numa novela de Manoel Carlos, autor de Laços de Família.

Em Páginas da Vida, ele encarnou Sérgio, irmão de Nanda (Fernanda Vasconcellos), que dá total apoio a ela – grávida de gêmeos e longe do pai da criança – e bate de frente com sua mãe Marta (Lília Cabral), a vilã da trama. As paixões pela prima Kelly (Sthefany Brito) e por Sabrina (Leandra Leal) também chamaram a atenção.

Longe do vídeo, perto do mar

Max Fercondini

Max Fercondini também esteve no elenco de Sete Pecados (2007), Ciranda de Pedra (2008), Viver a Vida (2009), Morde e Assopra (2011) e Flor do Caribe (2013), sendo esta, até o momento, sua última participação em uma novela. Além de ator, ele foi apresentador do Globo Ecologia durante cinco anos.

Em 2016, o ator acabou se afastando da televisão e passou a viver longe das câmeras e da cidade. Max optou por viver em um veleiro curtindo a vida em alto-mar.

“Moro há dois anos e meio a bordo do meu veleiro e essa é a experiência mais incrível que eu já tive. Não tenho planos de largar esse estilo de vida tão cedo. Sempre tive vontade de fazer expedições pelo mundo”, revelou o ator ao GShow em 2020.

Essa não foi a primeira vez que ele se aventurou mundo afora… O ator também conheceu as estradas da América do Sul a bordo de um motorhome:

“Já cruzei o Atlântico duas vezes, em um total de 40 dias no mar, nas duas travessias. Estar confinado durante tanto tempo, sem acesso à internet e sem contato com qualquer ‘pedaço’ de terra é uma prova de que os seres humanos são capazes de se adaptar a qualquer situação e lograr sucesso em isolamento. A solidão pra mim não existe”.

“Mesmo assim, não tenho nada a reclamar. Meu veleiro não é luxuoso, mas é muito confortável. Tenho três cabines e dois banheiros, além de uma sala de estar ampla com ar-condicionado e aquecedores, cozinha com micro-ondas, geladeira e freezer e uma área externa muito agradável, onde eu opto por fazer minhas refeições do dia a dia. Quando chove, passo a maior parte do tempo dentro de ‘casa’, mas nada que um filme na TV ou uma boa música não ajudem a esperar o tempo melhorar”, destacou, em entrevista à revista Quem.

Além de velejar, Max Fercondini também pilota um monomotor. Recentemente, ele realizou um trabalho para a Globo atrás das câmeras. Foi o ator quem gravou várias imagens aéreas utilizadas na novela Nos Tempos do Imperador (2021).

Max, aliás, tem um plano em outra área, além das que já atua: o de escrever um livro sobre suas aventuras sobre o alto-mar.

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Fábio Marckezini é jornalista e apaixonado por televisão desde criança. Mantém o canal Arquivo Marckezini, no YouTube, em prol da preservação da memória do veículo. Escreve para o TV História desde 2017 Leia todos os textos do autor